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IVAN BELÉM, ATOR, ESCRITOR... ARTISTA BRASILEIRO


Ivan Belém, Ator, Escritor... Artista Brasileiro


Ivan Belém. Filho de um cuiabano e uma mimoseana, Ivan Belém nasceu no Pantanal mato-grossense, mas sempre viveu em Cuiabá, mais especificamente no bairro Lixeira, onde vive até hoje. Aprendeu a ler e a escrever assim que entrou para a escola. Lia tudo o que via pela frente e se alegrava por descobrir esse mundo que se descortinava. Escrever é uma das suas grandes paixões, desde a infância. Nessa época, quando não havia papel por perto, escrevia até na parede. Se não havia caneta, escrevia no ar. Mais tarde passou a escrever para jornais, tendo sido cronista e articulista nos principais veículos impressos de Mato Grosso.

Na adolescência conheceu o teatro, outra grande paixão da sua vida. Foi um dos fundadores do Grupo Gambiarra, o primeiro grupo de teatro de rua de Mato Grosso. Ao lado de Liu Arruda tornou-se um dos atores mais populares do Estado. Atua também em outras linguagens, como circo, vídeo, rádio, televisão e cinema. É adepto da Internet, onde costuma se manifestar através do seu blog e das redes sociais. É funcionário efetivo da Secretaria da Cultura de Cuiabá, há mais de trinta anos. Já coordenou a Casa Cuiabana, o Museu do Rio Cuiabá e o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá. Sua trajetória acadêmica se dá toda ela na Universidade Federal de Mato Grosso, onde cursou a faculdade de História, o mestrado em Educação e atualmente cursa o doutorado em Educação. É ainda militante do movimento negro e professor, com experiência nas áreas de arte-educação ambiental, educação de jovens e adultos, educação étnico-racial e educação a distância.


Ivan Belém
* Museu da Imagem e do Som de Cuiabá - 3617-1288
*Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA/UFMT
*Rede Axé Dudu - Coletivo Negro e Ambiental

Site: http://ivanbelem.blogspot.com/



Textos de Ivan Belém


Tchupa essa laranja e engole o bagaço, by Creonice*

Taí, é por isso que eu nem tchum pra Copa do Mundo... Da Copa eu só gosto do feriado e da oportunidade de comer água. Não entendo nada de futebol mesmo... Aliás, não consigo entender patavina. Quanto mais eu assisto, mais fico sem entender. Como é que pode um país inteiro parar pra ver um bando de homem correndo atrás de uma bola? As repartições públicas fecham no dia de jogo, os motoristas saem bêbados pelas ruas, as autoridades fingem que não vêem... O povo ri, chora, infarta, briga, sai louco pelas ruas, parecendo um bando de bobó tchera-tchera, figa! Desfilam pra lá e pra cá com a bandeira brasileira, dependurada nos carros... A tudo isso dão o nome de "patriotismo"... Que patriotismo é esse que só aparece de quatro em quatro anos? Se a seleção perde, as bandeiras desaparecem todas. Tem gente que até queima a pobrezinha... Patriotismo... Patriotismo meu cesso...Ai, gente, eu não aguento os brasileiros! Ainda por cima, acreditam que o Brasil continua bom de bola. E que a nossa grande inimiga em campo é a Argentina. Ora, qualquer timinho de várzea que joga malemá tenteano é inimigo da nossa seleção. E os nossos inimigos em campo vão só aumentando, a cada Copa. Daqui a pouco não vamos mais nem poder frequentar a ONU. Quá, já fomos bons de bola um dia. Agora já era. Futebol virou negócio. Não tem mais raça, não tem mais amor à camisa. O negócio é bom pra quem ta no campo. É bom também pras biscates, que agora ganharam o nome de "Maria Chuteira", aquele bando de mulher ocia atrás de um jogador rico pra emprenhar elas, garantindo uma pensão bem gorda. Antigamente os pais sonhavam em ver os filhos médicos. Agora o negócio é ter filho ou genro jogador de futebol. Não precisa nem estudar. Basta fingir suar a camisa. Desculpem a ignorância, mas essas coisas não entram mesmo na minha cabeça. Pensando bem até acho bom não entender, senão eu tava que nem vocês, depois da derrota contra a Holanda: com cara de bunda. Mas não se preocupem sis criança: se não foi na Copa passada e nem nesta, vamos esperar a de 2014... Se não der em 2014, tem a de 2018, a de 2022, a de 2026... E assim nós vamos tomando até encostar!


*Creonice Belém do Pará é prima em segundo grau de Ivan Belém e, não sei se vocês perceberam, não é muito chegada em futebol


 
Síndrome de Coisa Ruim - by Comadre Creonice*

Vou falar uma coisa procês: eu posso não ser entendida de pintura como minha comadre Aline Figueiredo... Essa sim é digoreste, entende pra catiça desses negócios. Mas também não sou igual aquela mulher que uma vez procurou Gervane de Paula e queria um quadro que combinasse com o sofá dela. Não sou dessas, não. Sou daquelas... Êah, mas porque mesmo estou falando disso? Ah, sim, é por estar pasma com a malvadeza feita à Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, no Museu do Louvre, em Paris. Vocês souberam? Uma turista russa jogou uma caneca de cerâmica contra a pobrezinha. Felizmente a velhinha não sofreu nenhum dano, pois está protegida por um vidro à prova de bala. Só assim pra Siá Gioconda, como ela é apelidada, agüentar o tranco. Ela é uma velha muito velha, tem quase a idade do Brasil. Da Vinci começou a pintá-la em 1503 e foi terminar por volta de dois anos depois. E ela sempre com o mesmo sorriso... Não perdeu nenhum dente até hoje.

A turista que fez a malvadeza deve ser rica, pois não foi considerada vândala. Chamaram o médico e, segundo ele, a criminosa deve estar com uma tal de Síndrome de Sthendal, doença rara que faz com que algumas pessoas fiquem gira de uma hora pra outra e ataquem obras de arte. Quá, cada doença que aparece!

Já ando preocupada com o surgimento de tanta doençaiada, e agora mais essa... Isso me deixa preocupada com algumas pessoas de Cuiabá, entre elas amigos meus, que mais se parecem uma obra de arte ambulante. Vai que encontram algum Sthendal por aí... Cruz credo!E olha, sis crianças, podem tirar seus cavalos da chuva, pois não vou citar nome de seu ninguém. Vocês sabem muito bem de quem estou falando... Raciocinem comigo – opa, comigo não! Raciocinem sozinhos. Vocês têm cabeça pra quê?

A russa diz que tem Síndrome de Sthendal, por isso quis danificar Siá Mona Lisa, mas e quem sai por aí dando veneno para os pombos da Praça Alencastro... Esses têm o quê, Síndrome de Coisa Ruim??? Isso dá cadeia! Os motoristas de táxi já não agüentam mais recolher pombos mortos todos os dias. Se estão incomodados com os bichinhos, chamem as autoridades. Ou nesta cidade não tem autoridade?

Estou aqui defendendo Siá Mona Lisa e os pombos da Praça Alencastro e já ia me esquecendo de defender Cuiabá. Nossa cidade também é outra vítima de ataques absurdos, principalmente na Internet. Esses dias me falaram que tem um site detonando Cuiabá e os cuiabanos. Entrei lá pra ver e quase tive um siricotico. Cada piada de mal gosto... Até uma amiga minha entrou na dança, coitada... Nem me lembro o nome do site, não adianta me cutucar. Sei que segue a linha do tal de Wikipédia: qualquer um chega e vai escrevendo o que quer e anonimamente. É uma versão anarquista, me disseram. Ruuummm...Anarquista, meu cesso! Vou fazer que nem aquela candidata a deputada, falando para os adversários: “Querem meter pau? Metam pela frente, cambada de veaaaaaadoooooo”!


*Creonice Belém do Pará se deu muito mal como produtora de soja e, à falta de melhores opções, resolveu ser cronista e atriz, seguindo os passos de Ivan Belém, seu primo em segundo grau.



Alguns vídeos de Ivan Belém atuando










Algumas imagens de Creonice- Personagem de Ivan Belém







 

Ivan Belém
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

Um comentário

Cezario Aschar disse...

Permitam-me confessar publicamente: sou fã de carteirinha dessse moço chamado Ivan Belém.
Comadre Creonice é digoreste!