Se você pensava que Henry Miller, Charles
Bukowski ou Dan Brown haviam
esgotado todas as maneiras de narrar como homens e mulheres
se entregam
sem censura ao amor e ao sexo, precisa conhecer Jim
Carbonera e sua"Divina Sujeira", que foge dos padrões comerciais que
infestam a
literatura atual.
O livro é provocante, ousado e sensual. Dizem que a poesia é um discurso
sobre a verdade. Até que ponto o que se denomina poesia faz de sua matéria
a vida, para alcançar essa verdade que se estende ao discurso, é a questão
que me ficou após a leitura do livro Divina Sujeira de Jim Carbonera.
Jim, escreve como quem olha nos olhos do leitor. E fala de coisas que faz
muita gente desviar o olhar: A sexualidade.
Sem qualquer autocensura, seus contos são de forma Crua e Sarcástica, com
pimenta e bom humor, histórias que, para os "puritanos", não recomendo a
leitura!
É o tipo de leitura da qual não se sai ileso, por que o próprio poeta, ao
transformar o vivido em matéria explícita da poesia acaba por se enredar
nos poemas, como se através deles se fizesse representar para apresentar uma imagem.
Jim, mostra que escrever contos não é o mesmo que escrever um diário.
Jim Carbonera é da mesma estirpe de autores que tratam a vida com deleite.
Propõe uma arte livre da moral e da castidade, o que não significa
necessariamente imoral, mas apenas amoral.
(Laura Brandão, designe gráfica e proprietária do blog Humor Negro Sem
Censura.
Reside na cidade de Serrinha - Bahia)
Nem toda sujeira merece estar na lata do lixo
Divina Sujeira. Pelo nome, este que vem aos
nossos olhos, notamos que todas as coisas que nos pertence pode ter as
duas conotações bem definidas.
Rino Caldarola, protagonista principal da obra,
explora com a mais sábia percepção o mundo perverso, apaixonante e
sujo que nos rodeia, misturando a delicadeza sentimental nele embutida.
Nas páginas de Divina Sujeira encontraremos
entrelaçadas frases de manifestações de luxúria com humor sarcástico,
mostrando o lado de uma sociedade muitas vezes superficial, explorando
os caminhos de diferentes psicologias humanas.
Em um dos contos do livro, o autor Jim
Carbonera coloca seu personagem numa espécie de máquina do prazer que
imita perfeitamente o órgão sexual feminino, dando a comparação e sua
substituição aos relacionamentos concretos existentes. Em outro, sua
personalidade é testada quando é submetido a trabalhar como garçom,
passando por humilhações nas beiradas de mesas.
O personagem principal também percorre um dos
pontos turísticos principais de Porto Alegre, a Redenção, expõe o lado
emocionado dos apaixonados e chega até a relatar a troca de papel do
ponto de vista feminino, sendo ela a parte dominadora da relação.
Lendo e relendo, obtive a sensação de uma obra bem
produzida. Onde as histórias são interpretadas rapidamente pela ajuda da
imaginação. É um livro que mexe com nossa visão de mundo particular
(Divina) e relata os acontecimentos que muitas vezes não enxergamos ou
fingimos não notar (Sujeira), mas sabemos que está ao nosso alcance
para transformarmos tudo em uma Divina Sujeira.
(Tiago Correa, natural de Porto Alegre, proprietário do blog Teclas Literárias
e estudante do curso de letras)
Literatura de pulso, sem hipocrisia ou demagogia
Divina Sujeira é uma obra na qual nos
identificamos, onde as histórias se dão em torno de personagens
verossímeis, fazendo com que qualquer um possa vivenciar a situação
descrita no livro.
A obra expressa sentimentos variados. São
contos que abordam o lado obscuro do caráter humano, dos quais não
gostamos de revelar.
Divina sujeira confronta os tabus sociais.
Histórias sérias, com personagens sérios,
porém irônicos, fazendo com que suas desgraças os impulsionem para
continuar vivendo. Eles não se abatem por elas. E o mais empolgante
para mim, ao ler o livro, são as mulheres fortes, que não se deixam
submeter aos homens. Mulheres independentes, cheias de vida e de
vontade, que não aceitam imposições arbitrárias masculinas. Lutam pela
sua independência e não trocam sua dignidade por um simples pênis duro.
Divina Sujeira, retrata a parte obscura da sociedade de
uma forma escrachada, nos fazendo rir até nas piores situações,
prendendo a nossa atenção até a última linha.
(Adri Courson,
gaúcha, estudante de biologia e fanática por literatura)
Não se deixe enganar
A obra de Jim Carbonera é estonteante. Nocauteia o leitor. É forte e
rebelde. O reflexo de uma sociedade à beira da loucura. Onde valores
morais são deturpados. É fascinante ler os contos relatados com minúcias e
bem articulados. É Excitante na medida certa. Gostoso de ler, instiga. E
acima de tudo, literário. Tem cacife de obra literária das boas.
Enquanto lia, imaginava às cenas, como filmes. Se tivesse sido editado na
época da ditadura seria censurado, como foram os melhores cantores,
escritores, jornalistas..., enfim.
O que faz o livro Divina Sujeira ser contagioso, é o fato de saber usar as
palavras, ditas vulgares, na medida da necessidade que o conto exige.
Então, não se deixe enganar pelas cenas explícitas. Há conteúdo por trás
delas.
(Marielsa Klatter Braga,
é natural de Cachoeira do Sul - Rio Grande do
Sul.
Escritora e advogada, lançou em 2011 o livro Violinos Vermelhos)
Livros de Jim Carbonera
Insana Loucura expõe as vísceras da realidade,
fervilhando palavras em forma de poesia contemporânea, em contraponto
àqueles que acreditam que a poesia está ligada apenas a saudade e amores
platônicos. O livro demonstra sem demagogia casos de relações proibidas
e estranhas, atos não pensados de personagens alcoolizados e encarnados
no território do subconsciente.
Sem se importar com cenários exalando odor
acre, os protagonistas exploram e arrebentam os tampões da sua válvula
de escape, partem as correntes do calabouço do pudor até aumentar as
satisfações em linhas e palavras escritas, rimadas ou não. Em vezes, o
timbre da música presente nos poemas compartilha e busca na integridade
pessoal, uma maneira de refletir sobre as centenas de almas perdidas que
obedecem àquele que possui centavos a mais.
Dividida em três partes, a obra destaca
sentimentos próprios de um protagonista feroz, consciências íntimas de
outrem, instigadas pelo meio que os cercam, e é finalizada salientando
relacionamentos interpessoais, umedecidas de libido flâneur.
Divina Sujeira. Em uma realidade crua e sarcástica, o autor explora
sem escrúpulos o interior de uma sociedade abstrata e distorcida, assim é
Divina Sujeira, um relato vibrante de um mundo onde as vitórias e as
derrotas caminham de mãos dadas.
O protagonista Rino Caldarola descreve
acontecimentos infames, alguns de sucessos e tantos outros para deixar
cair no esquecimento.
Dividido em 27 contos e orquestrado como um
romance, a narrativa apresenta mulheres sinuosas e independentes, homens
excêntricos e viris em histórias de amores simples, atitudes sórdidas e
finais inusitados. Com uma escrita vigorosa e direta, o autor conduz os
leitores aos mais variados sentimentos, revelando uma faceta
absolutamente sincera de um mundo sujo e repleto de pecados.
Contatos:
Site: http://www.jimcarbonera.com
E-mail: contato@jimcarbonera.com
Alguns poemas de Jim Carbonera (Livro Insana Loucura)
1.
poemas banais de um cotidiano fértil
Ruas escondidas
Caminhava sozinho pela rua
Noite, severidade, bucolidade
O álcool injetado nas veias
E a melancolia expressada no rosto
Agora estava parado
Comprou um baseado
Pagou e pegou
Foi embora
O baseado foi acesso
Uma punk pediu uma pitada
Queria fazer a cabeça
Estava louca, tremia-se
Ele se rendeu
Forneceu
Pediu uma chupada
Fodeu
Transaram chapados e loucos
Sem rima nem conforto
Caídos na sarjeta
Suando e gozando
O orgasmo chegou
Despediram-se
Foram embora
Nunca mais se viram
Foi o primeiro e último adeus.
Madrugada
a madrugada é minha vadia
dela faço gato e sapato
não pago
proponho um trato:
ela me inspira a escrever
e eu a deixo sobreviver.
Insana loucura
minha doce loucura
escrevo para ti
agora e sempre
você que me embriaga
e faz de mim seu servo.
transo por você
jorro meu esperma
para você.
minhas pequenas sereias
que me excitam
surgem das ilusões
que você cria.
insana loucura
é no bar
onde a encontro
onde a exploro.
alma vazia
cheia de graça
amamos isso
e nos sentimos sós.
solidão profunda
e fiel
amor burro
amargura insólita.
2.
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