Sponsor

AD BANNER

Últimas Postagens

Copa de 2014: Do Sonho ao Fracasso [ Romulo Nétto]


imagem do google
COPA DE 2014: DO SONHO AO FRACASSO

Houve um tempo em que era fanático pelo futebol brasileiro. Flamenguista e cruzeirense roxo ficava tal e qual macaca de auditório diante da televisão, vendo as jogadas sensacionais de Zico, Andrade, Tostão, Piazza e Nelinho entre tantos outros craques. Hoje o cenário mudou, os jogadores trocam de camisa com a mesma facilidade que respiramos. A mola mestra é o dinheiro que entra fácil.

Garrincha, Pelé, Rivelino, Djalma Santos, Didi, Vavá, Amarildo, Belini não têm rivais no moderno futebol nacional. Eles jogavam com o coração, o dinheiro vinha em segundo plano e não faturava a exorbitância que os profissionais de hoje faturam. Qualquer perna de pau exige salário nunca inferior a cinquenta mil reais por mês.

E falando em futebol dá-me um arrepio só de pensar que essa seleção que anda por aí sendo espancada pelo México e Argentina fará o maior vexame em 2014.

Na Europa os campeonatos são disputados com times de alto nível. Além do mais lá existe uma Eurocopa, que nada mais é senão uma copa do mundo sem a presença da Argentina e do Brasil. 

Enquanto eles avançam, nós regredimos em progressão geométrica. A seleção brasileira é convocada, no máximo três dias antes de uma partida, não importa se o adversário é fraco ou forte.

E as arenas multiuso o que dizer delas? Em Brasília, no Rio Grande do Norte, no Amazonas e aqui em Mato Grosso, nossos times são agremiações de várzea.

Fala-se muito que elas serão utilizadas depois para diversos eventos, shows, principalmente, haja shows para pagar o milionário gasto com a construção de cada arena.

Não me iludo, a não ser que “comprem” a FIFA a seleção brasileira está fadada a nos dar o mesmo vexame da Copa de 1950, mas com uma diferença, naquele ano pelo menos tínhamos uma boa seleção, o que dificilmente podemos dizer hoje.



Romulo Nétto, mineiro radicado em Cuiabá há 35 anos. Graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade de Brasília,  veio para o Estado em 1971 para trabalhar como jornalista na Universidade Federal de Mato Grosso. Desde então nunca mais saiu, só quando se aposentou, aos 47 anos, e passou um período no Nordeste. Escritor, muito mais que jornalista, ele é daqueles sujeitos que não esquecem de onde vieram.
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

Um comentário

memórias de um esquizofrênico disse...

Eu também sou Flamenguista fanático, quer dizer era, hoje apenas sigo o time e torço para que ele se dê bem. Quem viu Zico jogar e hoje vê ronaldinho gaucho vibrando ao fazer um gol de penalty, fica muito decepcionado. A seleção então nem se fala. Todos os jogadores do time do Flamengo dos anos de 80 e 81 teriam vaga garantida na seleção de hoje. Claro que o futebol mudou, hoje o que prevalece é o físico, mas a cada jogo que vejo fico com menos vontade de torcer para o Flamengo. Acho que os ultimos grandes idolos que eram craques e honravam a camisa foram o Júnior e recentemente o Pet.