Francisco Charneca é natural de Portugal. Nasceu em
Évora em 11 de setembro de 1959 e imigrou com os pais para Moçambique onde
morou até aos 15 anos. Aos dois anos de vida começou a desenhar. Lápis e papel
eram seus brinquedos preferidos na infância. Com nove anos realiza sua primeira
exposição. Mais tarde, dedica-se ao estudo dos grandes mestres da pintura
mundial, em especial aos clássicos Michelângelo, Leonardo da Vinci, Carravagio,
Pedro Paulo Rubens, Rembrandt Van Rijn. Entre os contemporâneos a principal
influência foi de Salvador Dalí.
Em Moçambique, Charneca estuda no Colégio Marista Pio XII, dirigido e ensinado
por professores brasileiros, e conhece a cultura brasileira. Em 1975 regressa a
Portugal, e ensaia uma nova expressão da arte: a banda desenhada e a
caricatura. Em 1979 ingressa na Universidade de Évora no Curso de Arquitetura
Paisagista. Sua primeira exposição individual foi realizada no Museu Nacional
de Évora em maio de 1984. Todas as obras foram vendidas no primeiro dia do
evento, registrando o início de uma carreira de sucesso.
Em 1996 faz sua primeira exposição em Mato Grosso e fixa raízes no Estado. A inesperada
mudança deve-se, em especial, à paixão pela mato-grossense Eva Helena Arruda
Gomes. Charneca rende-se aos encantos da bela morena pantaneira, nascida em Várzea Grande, com
quem se casa e vive desde 1996. Em seguida, inicia em sua casa uma Escola de
Arte onde realiza trabalhos em aquarela, carvão, pastel, óleo e escultura. Em
97 é premiado pela capa da Listel, uma importante publicação anual nacional, de
circulação no Estado.
Charneca cria a Escola de Artes Plásticas e promove cursos na capital Cuiabá e
em diversos municípios mato-grossenses. O artista foi fundador da F. E. Galeria
de Arte onde foram realizadas nove exposições, com mais de seiscentas obras
entre pintura, escultura e fotografia. Elias Santos - escultor
várzea-grandense, foi lançado pela galeria. Clóvis Irigaray, Victor Hugo, Sati
Yamamoto, Pedro D’Alcântara (membro da Academia Brasileira de Belas Artes) destacam-se
entre os artistas que participaram das exposições.
Charneca foi o primeiro artista de Mato Grosso a assumir uma cadeira da
Academia Brasileira de Belas Artes.A linguagem adotada pelo artista parte do
realismo, passa pelo hiper-realismo e chega ao abstracionismo. Além de
esculturas, em suas telas – aquarelas, óleos ou acrílicos -, predominam a
multiplicidade e os contrastes de temas universais e regionais que retratam
desde a natureza a instantes de comportamentos cotidianos do ser humano.
De 1975 a 1984, Francisco
Charneca abandona a escultura tendo apenas executado o busto de Sua Santidade o
Papa João Paulo II, por ocasião da sua primeira visita a Portugal.
Durante esta fase inicia uma busca por um estilo e uma afirmação estética por
entre os "ismos" da pintura. Assim, percorre do classicismo ao
expressionismo, impressionismo, cubismo, abstracionismo fixando-se no
surrealismo figurativo de Dali, mais virado até para o simbolismo. Participa,
entretanto em várias exposições coletivas, uma vez que a sua indefinição
estética não o satisfazia a ponto de arriscar uma exposição individual.
Em 1979 ingressa na Universidade de Évora no curso de Arquitetura Paisagista
que frequenta com aproveitamento até ao 3º ano, concluindo todas as cadeiras de
formação estética do curso, nomeadamente História da Arte.
Em 1983, participa pela primeira vez num concurso de artes plásticas - o
concurso de âmbito nacional para a elaboração de um painel cerâmico para um
jardim na cidade de Grândola - Portugal, e obtém o 2º prêmio.
Em 1984 dá-se a grande viragem da sua carreira. Inicia-se na Aquarela, optando
claramente por um estilo figurativo realista, que alguns críticos de arte
chegam a qualificar como hiper-realista. Esta opção de estilo, só era habitualmente
executada em pintura a óleo, pelo que constituiu novidade no meio artístico em
que se inseria.
Como temática, opta pela monumentalidade da paisagem urbana da cidade de Évora
cuja beleza lhe conferiu o direito a ser classificada "Cidade Patrimônio Mundial".
Arrisca então a sua primeira exposição individual no Museu Nacional de Évora,
sob a douta mão do Dr António Pestana de Vascocellos, Diretor do Museu, de
trinta e uma aquarelas, em Maio de 1984, que resultou no sucesso que marcou o
seu percurso artístico durante os anos que se seguiram.
É autor das capas das Listas
Telefônicas da Listel de 1998 de Cuiabá Várzea Grande, e estadual de 2000, bem
como das capas do Guia Cidade de 1999 e 2000 de Cuiabá - Várzea Grande e Guia
Cidade de Campo Grande - MS - 2000, e de âmbito nacional desde esse ano.
Em 1999 é selecionado para representar Mato Grosso na mostra de artistas
brasileiros em Londres na Canning House em Londres, e pelo trabalho apresentado
recebe uma Menção Honrosa da Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio de
Janeiro, com uma tela em óleo sobre tela representando as canoas da Praia
Grande - Várzea Grande, em estilo hiperrealista.
Em 24 de junho de 1998 inaugura com sua esposa a F. E. Galeria de Arte, na Av.
da FEB em Várzea Grande,
que merece da Câmara Municipal um voto unânime de regozijo.
Dia 14 de Maio de 2000, Francisco Charneca recebeu na Câmara Municipal de
Várzea Grande o Titulo de Cidadão Várzea-grandense.
Em 2004 encerra as atividades da F. E. Galeria de Arte, e abre seu Atelier em
Cuiabá, centrando suas atividades na sua produção artística.
Em 2006 ministra por um ano o Curso de Teologia e Aprofundamento Catequético na
Paróquia de São José Operário - Comunidade de São João Batista.
Dia 29 de Novembro de 2006 recebe o título de Cidadão Matogrossense, outorgado
por unanimidade pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso, por proposta do
Deputado Estadual Ságuas Moraes.
No mesmo dia toma posse como Membro da Academia Brasileira de Belas Artes, como
Acadêmico Livre, cadeira n° 15 - patronímica de Antônio de Sousa Vianna
(pintor), sendo nomeado orador em nome dos novos acadêmicos na cerimônia solene
de posse realizada no auditório do SENAI - Tijuca - Rio de Janeiro.
Em Novembro de 2006 propõe o artista Cacerense Sebastião Mendes para passar a
constituir o Corpo Acadêmico da Brasileira de Belas Artes, para o grau de
Acadêmico Livre, processo que se encontra em tramitação, e que tudo indica
levará mais um matogrossense à imortalidade do Olimpo das Artes Brasileiras.
Em Dezembro de 2006, na qualidade de curador do acervo de Iracy Carise
(presidente da ABBA), iniciam os contatos com a UNEMAT para a doação de espólio
artístico da artista à universidade, e futura criação do maior centro de
investigação de Arte Negra da América do Sul - o Centro de Estudos e Pesquisa
Iracy Carise - CEPIC, e criação do Museu de Arte Negra Iracy Carise - MANIC -
primeiro do gênero na América do Sul, ambos a situar no município de Cáceres -
MT.
Desde Junho deste ano é membro do conselho consultivo da Academia
Brasileira de Belas Artes.
Francisco é um desses artistas raros, com uma delicadeza e
precisão de ar água na boca, seu trabalho tem a medida exata do toque surrealista.
(http://falandodearte.arteblog.com.br/26484/FRANCISCO-CHARNECA)
Contato:
No Brasil:
Ateliê Escola Francisco Charneca
Rua Oslo, 25, Jardim Tropical, Cuiabá
Mato Grosso, Brasil
Telefones: 55 (65) 3634-2108/1191/Celular
9919-0507
Em Portugal:
Ana Luísa Charneca Marchand d´Art de
Francisco Charneca
Bairro da Malagueira
Rua Maria Lamas, n. 6
7000-384 Évora Portugal
Telemóvel: +351 964.261.377
Fonte:
Francisco Charneca
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
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