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A natureza do ego é julgar [Olga Borges Lustosa]

A natureza do ego é julgar


Não julgar os outros. Isso é obviamente mais fácil falar do que praticar. Muitas pessoas alimentadas pela insegurança desdenham o trabalho dos outros, vêem erros, culpas e má-fé em tudo. Isso os faz pensar que fariam melhor, que produziriam melhores resultados, mas será que a estratégia de colocar os outros para baixo para construir a própria auto-estima dá certo? Dificilmente.

Eu não acho que alguém vai eliminar completamente o hábito de julgar os outros em suas mentes, mas é possível alterar a velha fórmula de expressar julgamentos através de ataques verbais e sarcasmo, tornando-se útil. Em vez de aceitar incondicionalmente as pessoas por quem eles são, optamos por julgá-las. Há muitas razões que nos levam a cair nessa armadilha. Podemos julgar os outros porque não compartilhamos o mesmo pensamento; porque esperamos o pior e, na maioria das vezes, porque queremos prejudicar alguém.

Quase todos os pontos mencionados expressam uma visão negativa, pessimista ou fatalista, porque o julgador não espera as coisas fluírem para avaliar, ele não tenta entender o mecanismo de funcionamento do sistema. Precipitadamente ele enxerga o caos porque no fundo ele quer mesmo que tudo dê errado. Há sempre quem culpar. Somos rápidos para encontrar defeitos nos outros e pronunciar o nosso julgamento sobre eles, sem levar em conta os nossos próprios defeitos ou lidar com nossos problemas, quando somos confrontados.

O ideal seria não julgar ninguém, tampouco a nós mesmos. Devemos ser encorajados a melhorar nossa própria performance diante dos outros e nos nossos afazeres e gastar menos tempo julgando, tentando corrigir ou alterando o que não se encaixa nos padrões que determinamos como corretos.
Sempre que você se pegar julgando, criticando, tente uma abordagem diferente: aceita, entenda e coopera. Isso pode levar a alguns resultados bem mais positivos.

Isto pode ser aplicado a qualquer coisa que você faz: seja com as outras pessoas no trabalho, na política e na mídia. Quando as pessoas dispõem de fórum para debates e não utiliza as ferramentas adequadamente, partindo para o julgamento peremptório ou afobado, incorre em erros, se deixa levar e não contribui. O que faz alguém crer que apenas ela tem o poder de ver o que está errado? Um visionário?

Às vezes somos rápidos para julgar ou formar uma opinião sobre os outros, sobretudo quando nós não conhecemos as motivações. Julgamos e condenamos antes de conhecer os fatos ou verdades sobre um assunto. Há uma citação de Booker T. Washington, que diz: “Eu não permito a nenhum homem diminuir e degradar minha alma fazendo-me odiá-lo”. É isso que às vezes fazemos quando julgamos os outros, degradamos a nossa própria alma. Devemos nos importar pouco com o Julgamento dos outros. Os homens são tão diversos quanto contraditórios e é impossível atender as suas demandas vaidosas e satisfazê-los.

Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro. Esqueça a plateia, as bravatas e não discuta os erros dos outros apenas para sentir-se a melhor pessoa do mundo. A tendência de julgar uma pessoa como alguém que não tem qualidades positivas é uma estratégia do ego para evitar sentimentos desconfortáveis, são falas para provocar reações emocionais. Não percamos de vista o que é realmente valioso em um nível pessoal.

Se você julga as pessoas, você não tem tempo para amá-las, teria dito Madre Tereza de Calcutá.


Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente no blog  do Romilson toda terça-feira 
olga@terra.com.br


Um comentário

Anônimo disse...

"...aceita, entenda e coopera..." Para refletir e aplicar. Mais um ótimo artigo, Olga, parabéns!