Miguel
Almeida - escritor e poeta Portugues, nasceu em Rãs, pequena aldeia do concelho de Sátão, distrito de Viseu,
em 1970.
Licenciado em Filosofia (Variante de Filosofia da Ciência) pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também fez o Mestrado em
Filosofia da Natureza e do Ambiente, exerce actualmente funções docentes na
Escola Secundária Cacilhas-Tejo, em Almada.
Vive na Costa da Caparica, com a mulher,
Carla, e o filho, Gabriel, na proximidade poética da família e do mar.
Obras
Publicadas:
*Um Planeta Ameaçado: A Ciência Perante o Colapso da Biosfera
(Esfera do Caos, 2006),
*A Cirurgia do Prazer: Contos Morais e Sexuais (Esfera
do Caos, 2010),
*O Templo da Glória Literária: Versão Poética (Esfera do Caos,
2010),
*Ser Como Tu (Esfera do Caos, 2011).
*Chireto: Uma Semana de Histórias
para Contar ao Deitar (Lua de Marfim, 2011).
Publicou também, desta vez em
co-autoria, a obra Já não se fazem Homens como antigamente (Esfera do Caos, 2010). Coordenou ainda a obra Palavras Nossas: Colectânea de Novos Poetas Portugueses
(Esfera do Caos, 2011).
Próximas publicações: O Lugar das Coisas (Esfera do
Caos, 2012),
Contos do Nosso Tempo (Esfera do Caos, 2012), como coordenador,
prefaciador e co-autor.
São seis livros, 5 deles publicados no último ano,
num registo literário diversificado, que vai do ensaio técnico à poesia, da
prosa de ficção à literatura para crianças.
Um Planeta Ameaçado:
A Ciência Perante o Colapso da Biosfera
Miguel
Almeida
Esfera do Caos EditoresLisboa, Maio de
2006
Prefácio
“Se fosse necessário encontrar uma definição condensada da
presente obra que Miguel Almeida oferece aos leitores, diria que se trata de um
notável fresco de uma das mais importantes facetas do mais gigantesco drama
alguma vez ocorrido na história humana. Um drama em que nos encontramos todos
mergulhados e de que somos, quer o queiramos ou não, actores urgentemente
convo-cados… Este é um livro que nos convida a entrar no seio da crise
contemporânea, explicando-nos as razões que nos devem levar a considerar o
ambiente como o ponto nodal, ontológico, onde se jogam os futuros possíveis.”
(Viriato Soromenho-Marques)
Sobre a obra:
As ameaças ambientais e ecológicas de carácter global têm de ser combatidas com
medidas urgentes, concertadas e corajosas, já que afectam o funcio¬namento do
ecossistema planetário, pondo assim em causa a própria sobrevivência da
civilização.
Esta obra diagnostica e denuncia, com rigor, propõe tarefas e
abre janelas de esperança, com realismo, devendo então ser encarada como uma
valiosa ferramenta de apoio à tomada de consciência, à identificação das causas
do descalabro a que todos assistimos e à reflexão em torno das soluções
A moralidade e a sexualidade, a realidade e a ficção, a
descrição e a reflexão, exploradas em cada personagem, em cada atmosfera, em
cada situação, em viagens sensuais que procuram alcançar o centro da comédia
humana e o sentido existencial do Homem no mundo.
Diz-se que “em Portugal escrevemos pouco sobre
sexo e nem sempre sai grande coisa”. E acrescenta-se: “Não é fácil encontrar
na literatura portuguesa bons nacos de prosa ou passagens poéticas com conteúdo
sexual, talvez porque as palavras do nosso português não ajudam”. Pois bem,
este livro dá uma resposta estrondosa a estas lamentações. É um exemplo
luminoso de boa literatura com conteúdo sexual e erótico ― usando a nossa
língua: aquela que nos ensinaram na escola primária! Se os brasileiros
conseguem, há portugueses que também lá chegam...
Citações Extraídas da Obra
"Então, presta lá atenção», pediu-lhe Venâncio Epifânio. «O
sexo feminino é muito gráfico. Um triângulo, um risquinho ao meio, que podemos ou
não cobrir e entreabrir. Mas repara que este sexo está coberto de pêlo e
entreaberto, em posição frontal. E repara ainda nos olhos da mulher. No fundo,
são pormenores como estes que determinam a nossa avaliação», disse-lhe de
seguida, com o dedo indicador espetado nos pormenores mais impudicos do
desenho.
Eduardo Censor, Venâncio Epifânio e a Genitália, a Coisa
Bruta."
"Desde os gregos e dos egípcios que há toda a espécie de
actividade sexual, com notável abundância de vaginas e de falos. As
representações de Pompeia, por exemplo, aquelas que tiveram a sorte de
sobreviver ao Vesúvio, são fantásticas. E até no Oriente, a coisa não se passou
de maneira diferente», disse-lhe Venâncio Epifânio, um pouco excitado com o
rumo que a conversa agora estava a tomar.
Eduardo Censor, Venâncio Epifânio e a Genitália, a Coisa
Bruta."
"Vê lá, então, se estás de acordo com aquilo que agora te
vou dizer. Eu penso que temos algo pornográfico quando o sexo é exposto em si e
por si, sem qualquer outra razão ou intenção, sem qualquer outro objectivo e
finalidade», começou por lhe dizer Venâncio Epifânio. «Nesse caso, penso que se
trata da absoluta e completa exposição orgânica. E quando é apenas isso que
acontece, quando aquilo é apenas e só aquilo, entendo que estamos a nível da
pura e simples genitália. É apenas a coisa bruta, que aparece e se mostra em si
e por si», acrescentou a seguir, com algumas pausas pelo meio, aproveitadas
para poder respirar e pensar.
Eduardo Censor, Venâncio Epifânio e a Genitália,
a Coisa Bruta"
O Templo da Glória Literária
Esta é uma obra sobre os poetas e o que de melhor nos
legaram, de Homero a Dante, de Cervantes a Neruda –Convocados para serem
lembrados e homenageados. Não é uma colectânea de poemas de autores célebres.
È
um conjunto de poemas, escritos por Miguel Almeida, inspirado-se em Poetas Imortais.
Sinopse da obra:
A ideia central que percorre toda esta obra é a de que
algures ― talvez na mente de cada... um de nós, fruto das leituras que fazemos
e guardamos para sempre ― existe um templo, O Templo da Glória Literária. O
critério que presidiu à escolha dos poetas que são convocados, como fonte de
inspiração, é o da fama e da glória literária, na expressão máxima da sua
actualidade e perenidade, da sua eternidade e imortalidade. Homero, Píndaro,
Virgílio, Ovídio, entre outros grandes nomes da poesia da Grécia e da Roma
Antigas, mas também Dante, Petrarca, Camões, Cervantes, Shakespeare, Goethe,
Byron, Baudelaire, Rimbaud, Yeats, Pessoa, Eliot, Lorca, Brecht, Neruda,
Sophia, O’Neill, entre muitos outros dos maiores vultos da poesia de todos os
tempos.
Um poema, dedicado a Pablo
Neruda
NEFTALÍ RICARDO REYS BASOALTO
(1904 – 1973)
O NOME DO POETA
“Coube-me sofrer e lutar,
amar e cantar; couberam-me, na partilha do mundo, o triunfo e a derrota, provei
o gosto do pão e o do sangue. Que mais quer um poeta?”
Neruda, Pablo, Confesso que
vivi.
Oculta na escolha de um nome,
a escolha de ser poeta
Um ser outro, que nos outros
se aprecia
E que até se elogia, por
vezes
Mas que não queremos que seja
a escolha dos nossos.
Mas olhai! Olhai bem! Pensai
um pouco!
«Que mais quer um poeta?», se
perdido no anonimato de um nome
Entra no labirinto das
palavras, e vencendo por elas
Se acolhe num povo, que em
breve se fará do tamanho do mundo!
«Que mais quer um poeta?», se
na mina de carvão de Lota
Sob o pleno do sol abrasada,
na cova escavada da falésia
Encontra um homem, que no
rosto traja o trabalho terrível
E pelo fundo escuro dos
olhos, com um brilho faiscante
Aquele lhe diz, Irmão, já te
conhecia há muito tempo!
«Que mais quer um poeta?», se
pelas mãos enegrecidas
Entre calos e rugas, achando
entre si as suas
Esse homem lhe diz, Irmão, já
te conhecia há muito tempo!
O Templo da Glória Literária, p. 135.
Já não se fazem homens como antigamente
Apresentem-me um homem que a partir de uma
certa idade não se canse de ser velho e eu dar-vos-ei uma história diferente.
Com a velhice perde-se a força nas pernas, a habilidade e a destreza nas mãos e
nos pés, e até o coração, tão depressa acelera como logo a seguir falha e
parece "pifar", como um motor que já está para além do prazo.
Em
parceria com Daniela Pereira, João Pedro Duarte e Pedro Miguel Rocha e com
prefácio de Luís Miguel Rocha
"Os
autores definem a sua obra de forma inequívoca: Queremos
rir, queremos fazer pensar, talvez queiramos mesmo um olhar diferente para esta
sociedade que esmaga os sentimentos com camiões de areia. Vamos espreitar a
felicidade dos outros?"
José
Fernando Vasco
Ser como tu
Numa
frase célebre, o poeta russo Osip Mandelstam disse que “na poesia é sempre de
guerra que se trata”.
Num
registo diferente, Carl Von Clausewitz diz-nos que “a paz é a continuação da
guerra por outras formas”. E esse também se pode dizer que é o ponto de vista
assumido em Ser Como Tu,
o novo livro de poesia do escritor e nosso colega Miguel Almeida, que irá estar
disponível nas livrarias de todo o país, já a partir do próximo mês Abril.
Em
guerra incessante consigo próprio, o Eu que está por detrás dos poemas de
Miguel Almeida mostra-nos que as piores guerras, as mais constantes e
perigosas, não são as que travamos com os outros, mas as que travamos connosco
próprios e com as nossas circunstâncias. Mas estas também são as guerras que
nos trazem as conquistas mais importantes e decisivas.
Os
poemas de Miguel Almeida transportam-nos por anseios e receios, por opções,
feitas ou que ficam por fazer, que valem como outras tantas viagens de um Eu,
numa busca constante de sentido para si próprio e para o Mundo. Eis um poema
deste novo livro:
Viagem
à volta de mim
Numa
procura de quem se busca, fiz de mim mesmo uma nau
E
embarquei, na viagem.
Desfraldadas
aos ventos, ofereci as velas ao Norte e ao Sul
Ao
Este e ao Oeste, entreguei ao não sabido o meu eu.
Embarquei,
naveguei e deixei-me ir.
Vi
cidades onde estive, mas não gostei
Vivi
nelas, paredes meias com a dor
Em
rostos, que não quis conhecer
E
de quem, na verdade
Quis
fugir.
Caras
tristes, com marcas tristes
Visíveis,
como casas sem inquilinos.
Suspensão
de mim a meu ser,
Distância
(in) finita,
Quis
perder-me, para me achar
Quis
procurar-me, para me encontrar.
Perdido,
vagueei em busca de mim
Mas
no fim, nau fundeada
Num
cais, com velas ancoradas
Já
gastas, procurei viver esta viagem.
Ser
Como Tu, pág. 90
Chireto
O texto que reproduzo a seguir,está
na Contracapa deste belo livrinho.
"Deus, isto é, a perfeição, costuma-se ouvir dizer, é
grande, mas habita nos (por) menores. Vem isto a propósito de uma das últimas
leituras que fiz de Chireto. Durante a leitura, feita essencialmente com os
propósitos de “ca...ça-à-gralha” e – ou de limar um ou outro aspecto literário
menos claro no meu texto, dei comigo a pensar. Deixo-vos o meu pensamento em
jeito de questão, para vos poder espicaçar a reflexão:
A situação rotineira de se contar aos nossos filhos uma
história ao deitar não deveria ser assumida apenas como uma questão ética,
moralista e moralizante, como sugere o texto de Chireto, mas antes como uma questão
legal, de direito, portanto, de nós para com os nossos filhos, de todos os
adultos para todas as crianças do mundo?
Entretanto, falam-me do tempo … da falta de tempo …
No
entanto, como escritor e sobretudo como pai, eu prefiro falar do tempo bem gasto,
nessas pequenas fracções do tempo sem tempo em que a intimidade acontece e a
magia aparece …"
Palavras Nossas
Palavras Nossas prima pela novidade e diversidade. Novos
temas, novas abordagens, estilos diferenciados, eis o que esta Colectânea de
Novos Poetas Portugueses tem para oferecer. Trata-se de uma autêntica
"lufada de ar fresco" no panorama da poesia em Portugal.
Sonhos
revelados sob a forma de poemas. Sonhos concretizados através de uma primeira
publicação. Sonhos revelados e concretizados…
Os autores:
Adélia Vaz • Alexandrina Coelho • Álvaro José Ferreira
Gomes • Ana Maria Domingues • Ângelo Fitas • António Borrego • Armindo Loureiro
• Bode Ranhoso do Marão (aliás Carlos Coelho) • Bruno Miguel Inácio • Catarina
Teixeira • Céu Cruz • Cristina Correia • Gabriel Rito • Guiomar Casas Novas •
Isabel Vilaverde • João Carlos Silva • José António da Piedade • José Gabriel
Duarte • Libânia Madureira • Maria Helena Almeida Lopes • Maria João Nunes •
Marta Guerreiro • Nanda Rocha • Noélia de Santa Rosa • Pedro Martins • Ramiro
Morais • Ricardo Bernardo Valez • São Reis • Victor Cohen • Xico Mendes.
Crítica
Literária de "Palavras Nossas",coordenado por Miguel Almeida
Contos do Nosso Tempo
Contos do Nosso Tempo, uma "obra colectiva", de
que sou coordenador e co-autor. Neste livro vão encontrar excelentes
contos/conjunto de contos de 21 co-autores, a saber:
O Lugar das Coisas
Deixo-vos
com "Ser Poeta", um poema de "O Lugar das Coisas", o meu
novo livro de poesia, que vai aparecer nas livrarias de todo o país já em Maio.
Eu
quero tudo,
A
luz do Sol,
...
O brilho da lua,
E
o manto das estrelas,
À
noite, no seu lugar
A
cintilar;
Eu
quero tudo,
O
verde viçoso das ervas,
As
árvores despidas
E
as folhas mortas,
Libertas,
no ar
A
esvoaçar.
Eu
quero tudo,
A
jovialidade dos anos,
Sem
idade, o seu poder
Mais
ao saber e à paz,
Dentro
de mim,
A
dominar.
Eu
quero tudo,
Eu
quero mesmo tudo,
Eu
quero que a vida seja só,
Uma
imensa Primavera, a passar
Porque
esse é o querer do poeta,
Querer,
Querer
só,
Apenas
querer,
Querer,
que em tudo
Haja
agora só Primavera,
Uma
Primavera, que se dá na vida
Com
tudo sempre, apenas só, a desabrochar.
Miguel
Almeida, O Lugar das Coisas, ed. Esfera do Caos, Abril 2012.
Miguel Almeida
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
4 comentários
Para mim foi uma surpresa, mas também motivo de grande satisfação ver a minha obra divulgada através da Revista Biografia. Uma amabilidade da minha Grande e Boa amiga Ivana Schafer. Graças à sua amabilidade, os meus livros estão agora acessíveis a um público mais vasto, nomeadamente no Brasil, onde tenho esperanças/na verdade é um sonho que tenho, de ver as minhas obras publicadas. Bjinho, Ivana, e um enorme cumprimento para o Brasil, esse Grande País Nosso Irmão.
“A VITÓRIA PERTENCE AO MAIS PERSEVERANTE..
“O SUCESSO É A SOMA DE PEQUENOS ESFORÇOS”...
Parabenizo e homenageio por meio deste o ESCRITOR MIGUEL ALMEIDA e toda a equipe pelo lançamento do livro “SER COMO TU”. Parabéns pelo EXCELENTE TRABALHO, DETERMINAÇÃO E PROFISSIONALISMO, realizado neste belíssimo trabalho e um brinde pelo SUCESSO! O potencial de trabalho de vocês é de grande valor para a comunicação brasileira. Recebam esta singela homenagem com meus sinceros votos de muitas realizações e planos futuros. Desejo nestas poucas palavras votos de muita SABEDORIA, CONHECIMENTO, ENTENDIMENTO e principalmente DISCERNIMENTO em todos os seus caminhos. Acabei de depositar na conta de vocês a importância de muitos DIAS, SEMANAS, MESES E ANOS DE FELICIDADE E PROSPERIDADE, SAÚDE, PAZ, AMOR e que Deus estenda às mãos sobre vocês e toda sua família e acrescente 100 por cento de juros em cima de tudo isso.
“A MAIOR RECOMPENSA PELO TRABALHO NÃO É O QUE A PESSOA GANHA, MAS O QUE ELA TORNA- SE ATRAVÉS DELE.”
DESEJO SUCESSO!
PAULINHO Solução
www.paulinhosolucao.blogspot.com
paulinhosolucao@gmail.com
pssolucao@hotmail.com
Salto/SP
Já li um dos seus livros. Foi um livro como já não lia há bastante tempo! tem o dom de por o leitor a "saborear" o que escreve. Gostei muito!
Já li um dos seus livros. Foi uma leitura como já há muito não tinha! tem o dom de por o leitor a "saborear" o que escreve.
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