Rubens de Mendonça [Poeta, Historiador e Jornalista Brasileiro]
Exerceu os cargos de Escriturário da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional e Delegacia Regional do Imposto de Rendas, foi Avaliador Judicial da Comarca da Capital, jornalista profissional.
Redator da 2ª Divisão da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, Chefe do Escritório Regional da SUDAM,
Sob. Nº. 3773, do Ministério de Educação e Saúde. Poeta e historiador. Pertenceu à Associação de Imprensa Mato-Grossense.
Fundou e dirigiu os seguintes jornais: “O Trabalhista”, “Brasil Oeste”, “O Social Democrata”, foi secretário do jornal “A Batalha” e redator de “O Correio da Semana”, redator chefe do jornal “O Estado de Mato Grosso”, ainda colaborou no “Jornal do Comércio”, de Campo Grande, “Atualidades”, de Corumbá”, “Novo Mundo”, de Guiratinga, “Folha Literária”, de Cuiabá, “Sací”, “Arauto de Juvenilia”, “Sara”, “Ganga”, “Mato Grosso Ilustrado”, “Mato Grosso em Revista”, “Diário de Cuiabá” e “Correio da Imprensa”.
Fundou com Gervásio Leite e Euricles Mota “O Movimento Graça Aranha”. Representou Mato Grosso no I Congresso Nacional de Jornalistas, realizado
*“Aspecto da Literatura Mato-Grossense”, 1938;
Avenida Rubens de Mendonça (Cuiabá) |
Bodas de Prata |
Rubens de Mendonça tinha visão dupla, contava histórias com poesia e poetizava as histórias que contava. Essa destreza cultural, é coisa de família, é hereditária. Seu pai foi Estevão de Mendonça, talvez esse nome lhe seja familiar, é até nome de biblioteca, aliás, é uma que fica num prédio histórico da capital do estado, chamado Palácio da Instrucção, Nada mais justo.
Há algo que ainda não contei durante esta história. Rubens de Mendonça era mato-grossense, e logo se descobre isso, observando seu primeiro livro (de poesia), que se chama “Garimpo do meu sonho”. Nestas páginas agora amareladas, repousam versos e histórias deste poeta, sentimos o gosto da terra de onde saiu o ouro mato-grossense e as tais páginas, não são amarelas por conta do tempo, mas pela poesia rara (como ouro) que elas contam.
Após a criação e publicação de uma revista chamada “Pindorama” em 1939, e o movimento “Graça Aranha”, que tinha o objetivo de renovar nossa literatura, Rubens presencia o surgimento de grandes poetas, numa época que foi marcada pelo modernismo. Poetas do calibre de Manoel de Barros estão entre eles.
Cabe á um desbravador, fazer história, para que depois possam contá-las aos próximos, mas neste caso, quem desbrava é quem conta (o oposto também vale). Com seu movimento constante, Rubens dá a Mato Grosso o movimento inebriante da poesia modernista e com luva de pelica desafia os velhos aforismos e aplica nova geografia á escrita.
A breve história que conto aqui, agora, diz respeito á um homem que fez história nesta terra de memórias. Talvez durante sua poesia, você se lembre de mais alguma avenida, mas garanto-lhe que essa via é expressa e poderia acabar em outra pista, e outra, e mais outra…tão grande é maestria com que o poeta descreve sua vida (escreve a sua escrita). Não nos esqueçamos de que o homem em questão, sabe das histórias e não são feitas de simples imagens ilusórias, o poeta Rubens de Mendonça é verídico (documental) e conta em versos o que aprendeu nos livros(pesquisas) e assim nos ensina os rumos do enredo desta estória de poeta-escritor-historiador e ainda vivo, com seus textos autênticos, legítimos e rítmicos. Suas narrativas são intensas e incisivas. Veja por si mesmo.
Eis sua obra, que parece mais um hino, e que deve (não ser lida), mas cantada aos delírios, tão musical é…"
“Cuiabá”
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