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Mirela Janotti é publicitária, trabalha como redatora de propaganda e atua em projetos e campanhas esclarecedoras sobre o câncer de mama.
Aos 39 anos, Mirela tinha acabado de se separar, perdeu o emprego e em seguida descobriu que estava com câncer.
Passou um ano se tratando e resolveu que tudo seria mais ameno se encarasse o momento com seu lado bem humorado. Além de consultas, exames e 2 cirurgias, Mirela passou por 8 sessões de quimioterapia, 25 de radioterapia e diversas outras situações nas quais ela sempre se comportou de forma positiva e não se deixando abater.
"Em 2006, cheguei ao fundo do poço. Meu casamento de 12 anos acabou. Fiquei sozinha com uma filha. Alguns meses depois, perdi meu emprego numa grande agência de propaganda. E, para fechar o ano com chave de ouro, em novembro descobri um câncer de mama em estágio avançado. Ao receber a notícia, pensei logo em morte. Senti muita pena de mim mesma. Não haveria mais viagens, nem dias ensolarados na praia, um novo emprego e muito menos um novo amor. Quem seria o louco de me querer sem peitos, careca e moribunda? E o que seria de minha mãe e de minha filha sem mim?
Minha mãe, Lenir, que era incapaz de dirigir até um bairro vizinho, acabou tomando a frente de tudo. Minha filha Larissa, na época com 11 anos, me deu uma lição de força e coragem. Descobri que não somos nada sem a família, sem os amigos, sem uma fé. Cada cliente do salão de beleza da minha mãe me trazia um santinho, uma oração. Rezávamos tanto que confundíamos os santos. Um dia, rezando para Nossa Senhora Aparecida, prometi ir até Fátima.
Foi de tanto rezar e acreditar nas palavras positivas das pessoas que decidi vencer essa batalha. No início achava que poderia morrer a qualquer momento. Pensava nisso ao ir dormir. Aos poucos percebi que morrer não é tão fácil assim. Ainda bem! Minha mãe me dava muita força. No dia em que os últimos fios de cabelo da minha cabeça caíram por causa da quimioterapia, minha filha disse: “Para de chorar! Além de careca vai ficar com a cara inchada!”. Soltei uma gargalhada e comecei a curtir meu novo visual. Decidi enfrentar tudo perfumada e de salto alto. Comprava lenços dos estilos mais variados. Saía de muçulmana ou de vendedora de acarajé.
No meio do tratamento, fui com um de meus lenços a uma entrevista de emprego. O dono da agência de propaganda (João Lino) nem titubeou em me chamar. Eu estava ali, careca, me curando de um câncer, e fui contratada.
Um dia coloquei uma peruca loira e sexy e fui a uma festa. O lugar era escuro e me aproximei de um implantodontista que se encantou com meu corte de cabelo. Evitei dançar para que a peruca não voasse. Não resisti aos beijos. Só recusava a mão dele na minha nuca para a peruca não sair do lugar. Parecia um cavalo arisco. No final da noite, confessei que meu cabelo era um aplique. Achei que ele nunca me ligaria. Mas ligou no dia seguinte e no outro dia também. Hoje, ele é meu marido.
Acredito que isso aconteceu porque nunca me julguei menos mulher que as outras. Ele, bonitão e recém-separado, poderia ter muitas mulheres com peitos lindos e cabelão. Mas fui sua escolhida. Sensualidade não está num corpo perfeito. Vejo muitas mulheres lindas e problemáticas. Sensualidade tem a ver com simpatia, bom humor, inteligência e criatividade. Com lenços coloridos, maquiagem, perfume e salto alto, voltei a viver tudo a que tinha direito, mesmo quando a morte ainda rondava. Acho que ela se cansou de ser ignorada e acabou saindo do meu pé.
Escrevi um livro contando minha experiência com o tratamento, a mastectomia dos dois seios e os implantes. Ele serve de consolo a muitas mulheres que passam pelo mesmo problema. Um dia, recebi um convite para dar palestras. Desde então, faço palestras por todo o Brasil. O limão azedo virou mais que uma limonada. Virou uma caipirinha de vodca importada, com fatias fininhas de gengibre e muito gelo. E como eu fiz? Fiz com fé em Deus e com a ajuda de muita gente."
“Força na Peruca” é muito mais do que um incentivo para quem está passando por um problema de saúde. É uma dose extra de coragem, otimismo, perseverança e muito bom humor para enfrentar qualquer adversidade da vida.
E quem não tem as suas?
O livro emociona, diverte e motiva os leitores a ver a vida de forma positiva!
Se isso ajuda? No caso da Mirela está aqui a prova!
Autora: Mirela Janotti Edição: 2ª Ano de publicação: 2012 ISBN:978-85-8009-043-7 (Carlini & Caniato Editorial) 978-85-64861-18-3 (Just Editora) Tamanho: 13,8 x 20,8 cm Número de páginas: 144 Gênero: Depoimento / Autoajuda Peso: 211 gramas Editoras: Carlini & Caniato e Just Editora
“Usei o humor contra o câncer”- Mirela Janotti
Trechos do Livro Força na Peruca
Mirela Janotti em entrevista ao Happy Hour - GNT
Matéria na Revista Bons Fluidos de Setembro de 2012
Médicos de todo o mundo não se cansam de dizer: querer superar a doença, viver e ser feliz é um bálsamo. Nunca se deixando de lado um bom tratamento, obviamente.
Então caro leitor, que os ora dramáticos, ora hilariantes relatos de minha querida amiga Mirela o informem, o divirtam, mas acima de tudo o façam enxergar que podemos superar adversidades de forma mais leve e divertida. E que assim tudo fica mais fácil de se vencer!
Boa leitura e “força na peruca”! Elaine Caniato Amiga e Editora
Acabei de ler o livro! Muito bacana!Parabéns! Estou com câncer retirei toda mama esquerda e esvaziei a axila. sobrou 7 de 27. Estou na recuperação quimio e depois rádio. Sigo otimista ��. Adorei seu livro muito esclarecedor,divertido.Sucesso! Vivaaaaa!! Dias bons, dias não tão bons. Mas com muita fé, paciência, ��❤️
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Um comentário
Acabei de ler o livro! Muito bacana!Parabéns! Estou com câncer retirei toda mama esquerda e esvaziei a axila. sobrou 7 de 27. Estou na recuperação quimio e depois rádio. Sigo otimista ��. Adorei seu livro muito esclarecedor,divertido.Sucesso! Vivaaaaa!! Dias bons, dias não tão bons. Mas com muita fé, paciência, ��❤️
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