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A neutralidade é um recurso de guerra [Olga Borges Lustosa]

A neutralidade é um recurso de guerra

A democracia é baseada na convicção de que há extraordinária possibilidade de mudança sempre que as coisas não estejam bem.
No próximo domingo, sete de outubro, lá estaremos nós, 140.646.446 brasileiros exercendo nossa cidadania, expressando nossa convicção política através do voto para prefeito e vereador. Em Mato Grosso, somos 2.170.993 e, em Cuiabá, 397.626 eleitores. O segundo turno ocorre apenas nas cidades que têm mais de 200 mil eleitores e se, nenhum dos candidatos a prefeito alcançar 50% mais um dos votos válidos. No Brasil, o segundo turno pode ocorrer em apenas 83 cidades; em Mato Grosso, apenas em Cuiabá.

O Brasil possui um sistema de votação rápido, moderno, desde que a urna eletrônica foi introduzida no processo em 1996, o que permite a totalização dos votos apurados, em poucas horas após o término da votação. Somos o terceiro país com o maior número de eleitores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Índia.
Ao aproximar-se o dia das eleições as pessoas assistem televisão, lêem os noticiários e podem estar perdidas num emaranhado de números que são divulgados a todo o momento, como pesquisas eleitorais e previsões de analistas políticos. É assim mesmo. Os números são de vital importância para avaliar o desempenho dos candidatos.

Você pode estar perguntando-se se o seu voto realmente pode fazer a diferença. Eu digo que sim. O seu voto é o passaporte para seu futuro pelos próximos quatro anos. Não votar ou tratar com displicência o voto é rejeitar sua capacidade de ter influência sobre a forma como sua cidade será administrada, é como dizer que você não se importa com o destino do lugar que você escolheu para morar. Na realidade cada voto conta porque você tem que lembrar que como um indivíduo seu voto pode parecer apenas um sussurro, mas quando o seu voto soma-se com os votos de outros que compartilham de seus pontos de vista, o sussurro ecoa e todos ouvem.

É claro que as divagações intermináveis sobre o pleito, as promessas infundadas e as trocas de acusações desanimam, mas creia votar é um tremendo presente. O dia da votação é o dia do eleitor. Permita-se caminhar altivo rumo a sua cabine de votação numa manifestação silenciosa de cidadania. Saiba que no dia da eleição igualamo-nos todos; pobres, ricos, brancos, negros, homens, mulheres, jovens e velhos. Há, contudo, espertos e desavisados por toda parte. Sejamos também fiscais do exercício pleno dos nossos direitos. No dia da eleição é proibido reuniões, grandes concentrações de pessoas, distribuição de comida, oferecimento de transporte, distribuição de material de propaganda, fazer carreatas, fazer boca de urna e coagir eleitores. Se você não encontrar seu título eleitoral, você pode votar apresentando documento de identidade com foto, até mesmo carteira de motorista, desde que seu nome conste no caderno de votação e no cadastro de eleitores da seção.

Enfim, o espírito da democracia não pode ser imposto por quem está de fora. Ele deve vir de dentro, como ensinou Mahatma Gandhi. Vote democraticamente, encoraje as pessoas a se envolverem no processo eleitoral. Dia 7 de outubro diga sim, eu me importo com o futuro da minha cidade!


Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente no blog  do Romilson toda terça-feira 
olga@terra.com.br

Um comentário

Anônimo disse...

Um dia em que somos iguais, realmente, e devemos também fazer valer tantos anos de luta, especialmente nós, mulheres, pelo direito ao voto. Não desprezemos tão grande conquista. Parabéns pelo artigo!