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Maia de Melo Lopo [Artista Plástica, Poeta e Escritora Portuguesa]

Maia de Melo Lopo (Benvinda da Conceição de Melo Lopo) é Delegada Acadêmica Correspondente Internacional da Febacla para Lisboa - Portugal.

Embaixadora da Paz pelo Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix Suisse / France
Artista plástica, escritora e poetisa, participou de diversas antologias no Brasil.

É poeta presente na Antologia Alimento da Alma organizada por Jane Rossi

Esteve no Brasil e guarda na lembrança a beleza e o encanto da terra Brasileira
Autora do Portal CEN - Brasil Portugal
Vive em Lisboa.




Além de poetisa, escrevi contos de ficção, Peça de Teatro e dois livros de ficção que estão em alteração, todos os argumentos estão registrados no Direito de Autor mas não foram ainda publicados. Paralelamente faço carreira profissional como Artista Plástica desde 1982. 

Curso Artes Gráficas-1969-1974/ Curso pintura mestra alemã Maria Luíza Perlt Hebehart 



QUERO GRITAR                                     

Quero gritar á chama longínqua, que se espalha como uma viajante, mas vive trancada nas grades do coração e o coração é um animal desenfreado, intranquilo, que vai aos lugares mais loucos e secretos da crueza humana. No orgulho ou desprezo de palavras vãs e banais se contradizem, sem vergonha da razão criam dúvidas sobre nós, com astúcia e mesquinhez desmentem-nos, confundem a marcant
e verdade, arrastam-nos na lama e no movimento da eternidade.

Quero gritar aos corações de malícia, que rasgam a carne viva no maldizer e se aproveitam de todos os vírus da alma, traem o perdão, distorcem os nossos sonhos, são vira-casacas a fazerem ruir o encanto na face, fingidos traidores fungam lágrimas de vítimas e que lhes tomem as dores, serem recompensados do pouco que são, ignorantes que cegam e deliram, armam ciladas e intrigas, humilham na malvadez venenosa, e na avareza injustamente nos desacreditam sem honradez.

Quero gritar ao essencial amor-próprio para resistir a chantagens de quem confiámos e desonestamente em doentes queixumes nos avaliam mal, na cobardia fazem-se despercebidos, simulam que não duvidam de nós, extraem o disfarce no egoísmo, exibem-se, riem da nossa mãe e fingem gostar dela, soltam raiva sem se libertarem da mentira, tomam partidos, economizam a severa vingança só para nos monopolizarem a mente, fazerem-nos tristes afectivos, culpados e ridículos.

Quero gritar às gotas de sangue que bombeiam a dor de muitas feridas, apaziguam o tormento dos pobres infelizes, pois sentir-nos amados pelo Universo é uma coisa, sermos amados é outra. Só Ele nos conforma as razões da alma e nas farpas o poder de tolerar, considerar, ver a dança da borboleta, ao longe o fascínio da bela pomba, o grito alegre da pura criança, a amiga iludida que se perde na melodia de um perfume, a luz da paz que nos vigia e a bênção do amor ao abandono.


Tema exigido para o poema da Revistinha, publicação do poeta Marcos Toledo./Rio de Janeiro.



PALAVRA POETA

Há um exército de poetas, consomem-se em quadras e ténues estrofes, sussurros de solidão se perdem no delírio, diante repousos longínquos, e loucas amantes fugitivas em noites aéreas que despontam docemente,
lá vão no embalo do silêncio, silenciosas em íntimos lirismos flamejantes, no gelo o bordel do vento acaricia a palavra vadia e a lua em movimento,
oh poetisa, marchas em famintas desventuras, sombrias dores, palpitantes.

Não sei dizer como minha alma dormitou, em chama ela não descansa,
Em soluços meus beijos vigiam mágoas, sentinelas do amor e do luar,
É a pomba que esvoaça nas cóleras das paixões, e a raiva a transbordar,
Na mais bela luz dá brilho ao destino, envolve o doce perdão, fica em paz,
Reconhece no império do céu a lágrima do universo, fôlego do poeta,
Jaz nos cerros a giesta de pranto, em suplício tão distinta, singela, secreta.


No calor da tormenta vamos marchando a meditar, meu rosto cansado,
Incógnito e junto contigo em vícios delicados, lábios roçam, falam vão pregar,
vergonhas fervem em tronos que levitam, dormiram sonos no teu olhar,
amada a voz rouca que me acorda, língua da poesia declama, grita, chama,
vem, corre solta, me prende em abraços e se cala a palavra já em pedaços,
minha boca morde agora, te emprenha, e meu coração te engole, te ama.










Fonte:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_b/Benvinda_da_Conceicao_de_Melo_Lopo.htm http://omundodedoloresquintaojardim.blogspot.com.br/2012/10/maia-de-melo-lopo.html

Maia de Melo Lopo
Todos os direitos autorais reservados a autora.

3 comentários

Dolores Jardim disse...

Ah que felicidade, eu sinto quando vejo talentos serem reconhecidos, além das fronteiras de sua terra.
Maia, é uma pessoa que merece sem dúvida todos os louros dessa conquista.Sinto-me ainda muito mais feliz, por ter incentivado esta pessoa maravilhosa a partilhar as suas obras com todos nós.
É incrível, mas é fato, ela é muito humilde, e nunca me deixava mostrar nas redes sociais, ou mesmo no meu blog,os escritos dela.
Participou no Projeto Delicatta de Luiza Moreira, sendo apresentada por mim a mesma, e posteriormente a Jane Rossi, idealizadora da Antologia Alimento da Alma. Através de Jane Rossi, tem sido lindamente laureada com diversos títulos, que bem os merece.

Por isso, me sinto extremamente feliz com esta linda reportagem em tão maravilhosa Revista Biografia do poeta, escritor, meu amigo Daufen.

Bem hajam todos.
Muito sucesso.
Beijos, abraços fraternos!

Marcos Toledo disse...

Agradeço à artista Maia de Melo Lopo por ter mencionado o motivo da redação do seu texto
"Quero gritar".
A Minirrevista Literária Contando e Poetizando, que edito, é impressa e nela são publicados, gratuitamente, textos de autores consagrados ou iniciantes. Todos são valorizados, porque contribuem para o engrandecimento da Arte Literária.
Marcos Toledo, advogado, escritor e editor da Minirrevista Literária Contando e Poetizando

Unknown disse...

Parabenizo a artista Maia de Melo Lopo a quem conheço através de sua participação na Minirrevista Literária Contando e Poetizando de Marcos Toledo da qual também participo.
Cibele Carvalho- RJ- Brasil