Deixe tudo muito claro!
Se você voltar a se relacionar, mais intimamente com alguém do passado, deixe bem claro, a partir do seu retorno, o que espera encontrar dessa pessoa depois que os anos se passaram. Talvez sua expectativa seja ver nela, alguém renovado, mas por falta de esclarecimento, não perceba que a mesma continua exatamente como sempre foi e, com isso, a historia fatalmente voltará a se repetir. E você estará fadado a se repetir também.
Para que não haja retorno de antigos problemas, não adie clarificar as coisas para com seu velho afeto. Principalmente sobre questões pendentes que não foram resolvidas e superadas, por ambas as partes no tempo vivido junto, e que por isso podem emergir desse passado a qualquer momento. Estou me referindo às lembranças de comportamentos que, para você, são intoleráveis e a pessoa parece nunca ter calculado a dor que sempre lhe causou. Ou talvez até saiba, mas não consegue controlar seus impulsos em direção a outro jeito de ser e estar mais positivo em relação a si mesmo e aos outros. Pode ser alguém que você descobriu, faz tempo, ser incapaz de perceber como é difícil tolerar a repetição constante de atos considerados para você nocivos ao crescimento pessoal. Talvez perceba, mas aquela pessoa querida não consegue se descontruir e se reconstruir numa terapia, por exemplo, e você assiste impotente, a sua autodestruição sem poder fazer nada. Quem não viveu uma situação como esta? A pessoa parece não estar absolutamente interessada em mudar e não aceita ajuda, pois não se considera enferma. E o tempo vai se passando... Então você evita tocar naquele assunto difícil e se deixa levar pelo efeito secundário da relação, que pode ser prazeroso, mas encobre algo que, mais cedo ou mais tarde, se tornará insuportável! Deixa-se levar pelo encanto sedutor do reencontro, pelos momentos deliciosos vividos juntos em doces anelos e tudo fica do mesmo tamanho.
Mas se você sabia disso, porque retornou? Você deixou claro no momento do retorno para ele ou ela, que não mais admitiria aquela convivência que acaba por lhe exaurir? E que não acrescenta, mas subtrai? Não. Não deixou claro. Omitiu. Fingiu que o problema não existia. Não interessa porquê. O erro foi seu em deixar passar o momento em que deveria ter elucidado as coisas. O erro não foi do outro, já que você talvez tivesse mais consciência disso, sentindo-se a parte mais forte do relacionamento. E com ainda remota pretensão de mudar as coisas. Retornou errado. Com sua aparente aceitação de todas as dores que aquela re-união outrora provocou
Pior! Sua não clareza pode ter levado ao ente querido, um sentimento de que fora traído e abandonado por você. Talvez, em sua concepção, retornando a ele, estaria implícito que agora você o aceitaria com todos os seus defeitos, vícios e limitações. Não é bem assim. Tudo isso por causa do seu silêncio. Por falta de transparência. Retornar por fraqueza da carne ou por amor mesmo, não justifica silenciar, ocultando do outro o que deveria ter sido antes re-velado. Por que o deixou pensar que seu amor seria incondicional a ponto de se adaptar a viver com ele ou ela , às cegas, em tais circunstâncias? Mesmo que você tenha evitado falar no assunto para não feri-lo, não seria motivo para permanecer calado. De repente, a reincidência daquele comportamento desagradável, que você bem conhece, conduziu-o a péssimas lembranças e daí a enorme reação de intolerância, rompeu bruscamente o relacionamento, sem que ele ou ela estivesse preparado para isso. Eu me refiro a palavras ácidas que você nunca quis pronunciar para não machucá-lo e acabou soltando com ar revoltado. Tudo isso poderia ser evitado se você tivesse sido mais transparente, mais claro em seus propósitos em relação àquela pessoa. Agora você sente que foi desastroso e não haverá muito jeito de voltar atrás. No frigir dos ovos, a única pessoa a ser perdoada por você, é você mesmo!
É sempre bom repetir: Deixe bem claro as suas limitações acerca do que o incomoda no outro. Avalie até que ponto poderá se aprofundar na relação, tolerando tais e tais defeitos ou vícios da pessoa em questão. Faça um exame de consciência e verifique o que, em você também pode incomodá-lo e a pessoa nunca lhe disse. Uma conversa franca teria impedido tal situação. Mas agora mágoas e ressentimentos não mais permitem que tal aconteça. E você se sente frágil frente a situação que criou.
Avalie se você queria mesmo que a relação fosse caminhando para aquele nível mais profundo sabendo, de antemão, que não ia dar certo, mas querendo viver o momento. Pode ser que você estivesse procurando apenas afeto, calor humano, afagos, contato corporal sem consequências. Uma vez resolvido dentro de você, clarifique sua posição para a pessoa e veja se esse sentimento é reciproco.
A conduta desastrosa de não clareza traz consequências cruéis para ambos. Principalmente se, no meio disso tudo, existia uma grande amizade! Um relacionamento afetivo talvez de longa data! Expor impulsivamente sua insatisfação, assim de repente, ignorando tudo o quanto antes existiu de bom na relação, ocasiona sofrimento para ambas as partes. E alguém, que poderia ser sempre seu eterno amigo, bate em retirada, partindo-lhe o coração.
Na verdade sempre existe um “ex” nos relacionamentos do passado, mas amigo deveria ser como filho. Não existe ex filho. Não deveria existir ex amigo. Fique atento! Seja claro, sempre!
Escolhi Serviço Social como profissão. Com toda esta incursão no mundo das artes, descobri que não podia viver longe desse cenário. A literatura havia brotado cedo. Desde menina, sou fascinada pela palavra.
Ingressei na REBRA, onde recebi incentivo e divulgação do meu trabalho e resgatei alguns textos que foram escritos no desenrolar da minha existência, aos quais não dei muito valor na época em que foram produzidos. Recomecei a escrever poesias, crônicas e livros infanto-juvenis.
Publiquei cinco obras infanto-juvenis, ao longo dos últimos anos: O menino do velocípede, A incrível estória de amor de Mimo e Dedé , ilustrados pela autora, ambos esgotados. O anjinho que queria ser gente, que está na 2ª edição e O pardalzinho desconfiado, com ilustrações de Josias Marinho. Os dois últimos pela Mazza Edições de Belo Horizonte. Em 2008, foi lançada em Portugal outra obra de minha autoria por essa Editora: A sementinha que não queria brotar, com ilustrações de Regina Miranda. Este livro foi adotado pela Prefeitura de Belo Horizonte para as crianças da rede escolar.
Participei de duas Antologias a convite da Editora Rosane Zanini: "A cidade em nós" - em três línguas (2010)," Um dia em minha cidade"(2012). Ambas com crônica. Neste último ano, participei da Antologia: "L´indiscutable talento des Écrivaines Brésiliennes" pela REBRA, com poesia.
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