Euler de França Belém
Artigo publicado Jornal Opção
Livros, bons livros, são verdadeiros diamantes para o
cérebro ou, se se quiser, para a alma. Aliás, até maus livros, se bem lidos, se
tornam pelo menos uma vistosa bijuteria. No Natal, período de festas, os
brasileiros presenteiam livros, quase sempre lançamentos. Nesta lista,
idiossincrática como qualquer outra, menciono livros que, em geral, foram
editados no Brasil há alguns anos. Mas poucos estão fora de catálogo. Os que
estão podem ser encontrados em sebos — caso da obra-prima “Paradiso”, romance
do Lezama Lima. Quando Fidel Castro for um rodapé na história de Cuba, daqui a
55 anos, Lezama Lima permanecerá sendo lido.
Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe
O livro de Johann Wolfgang von Goethe “criou”, segundo
Marcus Vinicius Mazzari, “o gênero que mais tarde foi chamado de ‘romance de
formação’ (Bildungsroman), a mais importante contribuição alemã à história do romance
ocidental. (...) Goethe empreendeu a primeira grande tentativa de retratar e
discutir a sociedade de seu tempo de maneira global, colocando no centro do
romance a questão da formação do indivíduo, do desenvolvimento de suas
potencialidades sob condições históricas concretas”. (Editora 34, tradução de
Nicolino Simone Neto).
A Consciência de Zeno, de Italo Svevo
Svevo às vezes é mais citado como “o” amigo italiano de
James Joyce. O irlandês foi seu professor de inglês. Poucas vezes um burguês
foi retratado com tanta felicidade quanto neste romance. Zeno, um fumante
inveterado — nada politicamente correto —, submete-se à psicanálise e, em
seguida, desiste, porque deixa de acreditar na “ciência” de Freud. O livro é de
1923. Zeno, grande personagem, faz um mergulho poderoso na sua própria vida.
Otto Maria Carpeaux qualificou o romance de “genial”. (Tradução de Ivo Barroso.
Editora Nova Fronteira.)
Folhas de Relva, de Walt Whitman
Walt Whitman não é “um” e sim “o” poeta
norte-americano. Segundo Otto Maria Carpeaux, é um “poeta para poetas”. Dado o
uso intensivo do verso livre, que ele “criou” como um método — então novo e
rebelde em relação à poesia metrificada —, o poema longo de Whitman deveria ser
de fácil acesso. Se fosse russo, seria cantado nas ruas, como se faz com
Púchkin. A dificuldade teria a ver mais com o poema longo do que com o poema em
si? Pode ser. O que a poesia de Whitman exige é um leitor atento. Harold Bloom
o apresenta como “fundador” da poesia americana. “O” poeta. Há algumas
traduções no Brasil. As mais citadas são as de Bruno Gambarotto (Hedra),
Rodrigo Garcia Lopes (Iluminuras) e Geir Campos (Civilização Brasileira). Há
uma da Editora Martin Claret.
A Montanha Mágica, de Thomas Mann
É o segundo grande romance de formação alemão. O livro
conta a história do jovem Hans Castorp, que, ao visitar uma clínica para
tuberculosos na Suíça, amadurece, participa de debates filosóficos. Enfim, vive
e cresce. Mann escreveu: “E que outra coisa seria de fato o romance de formação
alemão, a cujo tipo pertencem tanto o ‘Wilhelm Meister’ como ‘A Montanha
Mágica’, senão uma sublimação e espiritualização do romance de aventuras?”
(Nova Fronteira, tradução de Herbert Caro.)
A Lebre Com Olhos de Âmbar, de Edmund de Waal
O romance de Wall parece, à primeira vista, um trabalho
de arqueologia literária escrito por uma sensibilidade do século 19. Há, aqui e
ali, uma percepção meio proustiana da vida. Porém, a obra é de 2010. O
belíssimo livro, escrito por alguém que tem a percepção de que Deus às vezes
está nos detalhes, ganhou elogios de pesos pesados. “De maneira inesperada,
combina a micro arte das miniaturas com a macro história, em um efeito
grandioso”, disse Julian Barnes. “Uma busca, descrita com perfeição, de uma família
e de um tempo perdidos. A partir do momento em que você abre o livro, já está
numa velha Europa inteiramente recriada”, afirma Colm Tóibín. (Tradução de
Alexandre Barbosa de Souza. Editora Intrínseca.)
Guerra e Paz, de Liev Tolstói
Se tivesse lido cuidadosamente o romance “Guerra e Paz”
— literatura e história —, Adolf Hitler não teria invadido a União Soviética,
em 1941, ou seja, 129 anos depois, mas com os mesmos resultados funestos das
tropas de Napoleão Bonaparte. Liev Tolstói examinou a história cuidadosamente e
escreveu um romance poderoso a respeito da invasão napoleônica de 1812. Seu
trabalho literário rivaliza-se com as melhores histórias sobre o assunto.
Detalhe: além da guerra, ele examina minuciosamente a vida civil do período.
Como complemento, o leitor pode consultar “1812 — A Marcha Fatal de Napoleão
Rumo a Moscou”, de Adam Zamoyski. (Tradução de Rubens Figueiredo, a única feita
a partir do russo. Editora Cosac Naify.)
Paradiso, de Lezama Lima
Trata-se do mais importante romance escrito por um
cubano. Lezama Lima é o James Joyce ou o Guimarães Rosa de Cuba. Sua prosa
barroca é densa, às vezes de difícil apreensão, mas uma leitura cuidadosa,
observando-se seus vieses, leva o leitor ao paraíso. Julio Cortázar escreveu
sobre o livro: “‘Paradiso’ é como o mar... Surpreendido em um começo,
compreendo o gesto de minha mão quando toma o grosso volume para olhá-lo uma
vez mais; este não é um livro para ler como se leem os livros, é um objeto com
verso e reverso, peso e densidade, odor e gosto, um centro de vibração que não
se deixa alcançar em seu canto mais entranhado se não se vai a ele com algo que
participe do tato, que busque o ingresso por osmose e magia simpática”.
(Brasiliense, com tradução de Josely Vianna Baptista. A poeta refez a tradução,
mas um imbróglio jurídico a impede de publicá-la.)
Enquanto Agonizo, de William Faulkner
“O Som e a Fúria”, de William Faulkner, é o “Ulysses”
norte-americano. Mas o escritor que resgatou a história do sul profundo dos
Estados Unidos por meio da literatura tem um romance menor (em tamanho) e de
alta qualidade — “Enquanto Agonizo”. Neste livro, todos os personagens têm
vozes, apresentadas em igualdade de condições. As vozes parecem um coro e as
pessoas estão carregando um caixão, com o corpo da matriarca da família, mas é
como se não saíssem do lugar. (Tradução de Wladir Dupont, L&PM.)
Aquela Confusão Louca da Via Merulana, de Carlo Emilio
Gadda
James Joyce “inventou” clones em alguns países: William
Faulkner, nos Estados Unidos, e Guimarães Rosa, no Brasil, são, quem sabe, os
mais conhecidos. Chamá-los de clones contém um certo desrespeito, mas, sem
Joyce, Guimarães Rosa certamente teria sido um José Lins do Rego melhorado.
Assim como Faulkner seria um Mark Twain mais denso. Mas pode-se falar num Joyce
italiano? É possível. Carlo Emilio Gadda, autor de “Aquela Confusão Louca da
Via Merulana” (Record, tradução de Aurora Bernardini e Homero de Freitas
Andrade), é uma espécie de Joyce que “canibalizou” Rabelais. É visto como
intraduzível. Acima de tudo, é um belíssimo escritor, autor de histórias fortes
contadas de modo inventivo e de uma maneira às vezes frenética.
Três Tristes Tigres, de Guillermo Cabrera Infante
O livro é uma orgia linguística e, por isso, às vezes
assusta o leitor desavisado. Mas, se passar da página 50, o leitor não vai mais
parar a leitura deste livro de arquitetura perfeita, que não se revela assim,
dada sua fragmentação. Cabrera Infante diverte o leitor, em cada página, ao
resgatar, com precisão, a oralidade e a vida comum e a vida cultural de Cuba.
Logo no início, no qual há mistura de línguas, Carmen Miranda e Joe Carioca são
citados. Oswald de Andrade veria, neste belíssimo romance, a antropofagia
trabalhada com mestria. (Luís Carlos Cabral traduziu o romance com rigor,
decifrando ao máximo suas muitas dificuldades linguísticas e culturais. José
Olympio Editora.)
A Branca Voz da Solidão, Emily Dickinson
Esclareça-se: a poeta norte-americana Emily Dickinson
não publicou nenhum livro. Seus quase 2 mil poemas foram publicados depois de
sua morte, em 1886. Ela tem sido bem traduzida no Brasil, desde Manuel Bandeira
até Augusto de Campos e Aíla de Oliveira Gomes. Mas ninguém fez tanto pela
poesia de Emily Dickinson no Brasil quanto José Lira, tradutor desta coletânea.
Lira não introduziu sua poesia no país, mas pode-se dizer que a consolidou —
tanto com as traduções inventivas quanto com a crítica refinada. Outro livro
traduzido por ele: “Emily Dickinson: Alguns Poemas”. (Editora Iluminuras.)
“Vida Querida”, de Alice Munro
Alice Munro é uma das maiores escritoras canadenses. É
considerada como a Tchekhov da América, embora seja menos ousada do que o
russo. Seus contos são romances em miniatura, amplamente desenvolvidos e, às
vezes, sutis. Neste livro, além dos contos, há narrativas autobiográficas — um
artifício inteligente no qual se usa a ficção para iluminar pedaços sempre
escuros da vida dos indivíduos. (Tradução de Caetano W. Galindo, Companhia das
Letras)
“Sagarana”, de Guimarães Rosa
Todos sabem: a obra-prima de Guimarães Rosa é “Grande
Sertão: Veredas”, o romance brasileiro que mais dialoga com a literatura
internacional — e sem submissão. Nos contos não há a mesma invenção, aquela
linguagem rodopiante, que às vezes deixa o leitor tonto. Ainda assim, os contos
de “Sagarana” merecem uma leitura atenta, alguns são “Pequenos Sertões:
Veredas”. Alguém é capaz de ler e esquecer, por exemplo, “A hora e a vez de
Augusto Matraga” e “Corpo Fechado”? (Editora Nova Fronteira)
Memorial de Aires, de Machado de Assis
Se der ouvidos a certa crítica, o leitor patropi
passará a acreditar que Machado de Assis só escreveu três romances: “Dom
Casmurro”, “Quincas Borba” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. O mago dos
contos raramente é citado, exceto por alguns especialistas, como o inglês John
Gledson. Mas há um “romancinho” de Machado de Assis que é maravilhoso.
“Memorial de Aires” é muito bem escrito. É de uma sutileza rara no panorama
cultural brasileiro. E, claro, é divertido, talvez porque menos “pretensioso”
(a grande arte é sempre pretensiosa) do que as obras-primas “Dom Casmurro” e
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
“Reparação”, de Ian McEwan
Pense em Ian McEwan como uma espécie de Henry James
modernizado, pós-jazz e pós-rock. O autor, talvez o mais refinado escritor
inglês vivo — acima de pares como Martin Amis e Julian Barnes (este, às vezes
subestimado, ao menos no Brasil) —, aparentemente mistura, aqui e ali, tanto
Virginia Woolf quanto Henry James em suas histórias. Mas sua dicção para
mostrar a ambivalência dos indivíduos é moderna, não é do século 19, quando
James, o Henry, se formou. McEwan conta, em “Reparação”, uma história
extraordinária, mas o modo como a relata, com personagens “manipulados” pelo
meio e pelas próprias personagens, ou por uma delas, é que torna o romance
interessante. Fica-se com a impressão de que há duas histórias — uma dominante
e uma alternativa. O que é e o que poderia ter sido.
Ulysses, de James Joyce
É o romance dos romances. Não é à toa que o
idiossincrático Harold Bloom — que avalia que Shakespeare é Deus, e não apenas
da literatura, pois teria inventado o homem que se tem hoje nas ruas —
considere James Joyce como um par do autor de “Hamlet” e “Rei Lear”. “Ulysses”
reinventa o romance moderno, tornando os posteriores espécies de sombras, não
raro pálidas. Mesmo quem não o segue, rumando para outra estética, acaba se
tornando tributário. As três traduções são de Antônio Houaiss (Civilização
Brasileira), Bernardina Pinheiro (Objetiva) e Caetano W. Galindo (Companhia das
Letras).
São Bernardo, de Graciliano Ramos
O romance mais importante de Graciliano Ramos é “Vidas
Secas? Sem dúvida. Mas, num tempo de hegemonia dos estudos de gênero — que
matam a literatura em nome de uma ideologia primária —, nada mais significante
do que indicar “São Bernardo”. Este livro, se as feministas atuais lessem — as
que leem são exceções —, se tornaria uma bíblia. Mas uma bíblia sem concessões
moralistas. Poucos autores patropis, mesmo entre as mulheres, construíram tão
bem um homem autoritário, até totalitário, quanto o Velho Graça. (Editora
Record)
Retrato de uma Senhora, de Henry James
Mestre da ambiguidade, Henry James construiu romances
de alta voltagem sobre grandes mulheres, americanas ou inglesas. Pode-se dizer,
até, que suas mulheres, sempre mais sutis, são mais bem construídas do que as
personagens masculinas. Neste romance, há uma grande personagem, Isabel Archer.
O leitor poderá sugerir: “Mas ela é enganada por um homem”. Por certo, é. Mas
permanece como uma grande personagem. Este livro — ao lado de “As Asas da
Pomba” — deveria ser lido por todos os leitores, sobretudo pelas mulheres. Os
homens deveriam amarrá-las para que lessem esta obra-prima? Nem tanto. É crime.
A Lei Maria da Penha é um perigo. (Companhia das Letras, tradução de Gilda
Stuart.)
Conversa no Catedral, de Mario Vargas Llosa
O percurso literário de Vargas Llosa é curioso. Começou
como um autor inventivo, na linhagem de Faulkner, e se tornou, nos romances
mais recentes, um escritor mais tradicional, tão límpido quanto, digamos,
Flaubert. Tornou-se um grande narrador clássico, mais acessível. Seu romance
mais experimental é “Conversa no Catedral”, no qual diálogos de personagens
diferentes são misturados, numa bela orgia linguística. É como se o Nobel de
Literatura nos dissesse que a Linguagem é uma personagem tão ou mais importante
do que Santiago e Ambrosio. (Alfaguara, tradução de Ari Roitman e Paulina
Wacht.)
A Segunda Guerra Mundial, de Antony Beevor
Antony Beevor é um dos maiores historiadores ingleses
da atualidade, ao lado de Ian Kershaw, Richard Evans e Richard Overy. Seu livro
“A Segunda Guerra Mundial” amplia o espectro da batalha, mundializando-a mais
do que outras histórias. Ele sugere que a Segunda Guerra não começou em 1939,
com a invasão da Polônia pelos nazistas da Alemanha. Desloca o início da guerra
para a Ásia, destacando os conflitos entre chineses e japoneses. Há uma edição
portuguesa, mas não uma brasileira. (Editora Bertrand, tradução de Fernanda
Oliveira.)
A Anatomia da Influência, de Harold Bloom
“A Anatomia da Influência — Literatura Como Modo de
Vida” mantém as obsessões de Harold Bloom, que muitos consideram como o mais
importante crítico vivo. Bloom avalia que tudo advém de Shakespeare. Este é uma
espécie de Deus, e não apenas literário, uma vez que inventou o homem moderno,
e não apenas o dos livros. A arte, por assim dizer, refaz a vida. Neste belo
livro, tão idiossincrático quanto qualquer outro, com a diferença de que Bloom
admite isto, valoriza-se outros gigantes, como Dante, Milton, Proust, James
Joyce e Samuel Beckett (este, na minha opinião, nem tão gigante assim). Bloom
conhece teoria e cita críticos que avalia que contribuem para explicitar a
literatura dos grandes autores. Mas ele aprecia fazer a leitura direta, sua, e
não apenas bibliográfica, tanto que não faz citações extensas.
Churchill, de Roy Jenkins
Há pouco, um filósofo-pangloss disse que o maior
político do século 20 foi Charles de Gaulle. Há quem avalie que foi Franklin D.
Roosevelt. Papo furado. Enquanto Roosevelt se “escondia” na segurança dos
Estados Unidos, aceitando as pressões dos conservadores, que não queriam o país
participando da Segunda Guerra Mundial, e enquanto De Gaulle batalhava para
organizar a Resistência e Stálin era aliado de Hitler, o primeiro-ministro da
Inglaterra, Winston Churchill, pelejava praticamente sozinho contra a Alemanha
nazista. “Churchill”, de Roy Jenkins, é o livro ideal para quem quer conhecer o
líder inglês de maneira mais ampla possível. (Nova Fronteira, tradução de
Heitor Aquino Ferreira.)
Poesia 1930-1962, de Carlos Drummond de Andrade
O poeta Carlos Drummond de Andrade talvez tenha apenas
dois rivais em língua portuguesa — Camões e Fernando Pessoa. No Brasil, quem
mais se aproximou, a uma distância de 10 mil quilômetros, foi João Cabral de
Melo Neto. Ninguém mais. “Poesia 1930-1962 — Edição Crítica” contém o que há de
melhor do escritor mineiro. É, digamos, sua bíblia. Aí está o Drummond, modernista
total, de corpo e alma. Como presente de Natal, o preço é salgado, 179 reais,
mas a edição, caprichada, vale a pena. O preço será esquecido, mas o
presenteador e o livro decerto jamais serão olvidados. (Editora Cosac Naify)
O Deserto dos Tártaros, de Dino Buzatti
O maior crítico brasileiro Antonio Candido aponta o
romance do escritor italiano como um dos mais importantes da história da
literatura. Fica-se com a impressão de que a história não anda, ou que anda
para trás, ou melhor, que a personagem central, o tenente Giovanni Drogo,
espera tanto que insinua-se paralisada, como se a história estivesse estancada.
De permeio, a linguagem refinada de Dino Buzatti. (Editora Nova Fronteira,
tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero de Freitas Andrade.)
Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
Harold Bloom percebe Marcel Proust como o maior
escritor francês, acima de Flaubert, o “santo” de devoção de Mario Vargas
Llosa. Proust não sabia avaliar se “Em Busca do Tempo Perdido” era um romance,
ou algo mais. Talvez seja muito mais do que um romance. Quiçá uma bíblia da
civilização humana, mais do que da francesa. Ciúme, memória-tempo, amizade,
sexualidade — eis alguns dos temas candentes do escritor. Duas editoras se
encarregaram de traduzir a obra-prima, a Globo e a Ediouro. No time de
tradutores da Globo estão Mario Quintana, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de
Andrade, entre outros. Fernando Py enfrentou solitariamente as centenas de
páginas de um autor de prosa densa (quem só defende literatura concisa não sabe
a delícia que é Proust). Mario Sergio Conti prepara a terceira tradução para a
Companhia das Letras.
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