Blogs
e sites, que são empresas, devem cobrar por serviços prestados.
por Eldo Gomes
Na era do empreendedorismo digital e do novo
jornalismo, que surge com a escassez de vagas nas redações cada vez mais
enxutas. O profissional de comunicação que mergulha na produção de conteúdo
independente e na massificação do seu trabalho através das redes sociais,
precisa tabelar os serviços prestados.
Os serviços prestados em canais de comunicação
independente (sites, blogs e portais) devem ser precificados e bem elaborados.
Seja a tradicional mídia de banners, o marketing de conteúdo (tendência na era
dos links patrocinados), nas coberturas patrocinadas (há um custo de gasolina,
fotógrafo, honorários de comunicação e edição), nas matérias patrocinadas
(conteúdo do cliente, pronto) e também nas campanhas de ‘testei’, que foi um
fenômeno no ‘boom’ dos blogs amadores de 2010.
Atualmente, com o exorcismo de ‘campanhas adds’ feita
em google, facebook, etc, muitos saíram dos 2 mil para os 200 mil
fãs/seguidores. Então, o retorno de campanhas veiculadas nas redes sociais de
determinados personagens podem ser efetivamente volúveis e o retorno é muitas
vezes imediato. Porém, a confiabilidade do produto ainda está na referência que
um comunicador digital, com público assíduo e fiel, ainda ‘recomenda’ e pede
pro seus afiliados/seguidores comprarem determinada ideia.
O jornalismo de blogs está fadado ao fim e pode ter um
‘banho de enxurrada’ da grande mídia, que o tempo inteiro compra blogueiros,
cria novos sites, portais e estruturas digitais de conteúdo cada vez mais
elaboradas com o objetivo de dominar também a internet. Mas, na rede tudo é
possível e um anônimo pode se tornar uma ‘web celebridade’ da noite pro dia,
como o caso da jovem brasiliense ‘Amanda Valverde’, que estourou no carnaval
2014 cantando a música ‘resposta do Lepo, lepo’ e atingiu mais de 3 milhões de
visualizações em menos de um mês. Se tivesse uma e-commerce por trás deste
talento do youtube poderiam converter todo esse resultado em dinheiro.
O mercado de blogs, sites, youtubers, vlogs e
produtores de conteúdo para plataformas digitais está em um momento de
transição. É possível visualizar o que será das redes em 2020? Se começarmos a
analisar como será a evolução desta comunicação, séria e que pede cada vez mais
recursos audiovisuais e interativos, observamos uma sede de inovação continua
dos internautas.
Por isso, aproveitem a era da ‘sociedade dos cabeças
baixa’ e venda. Venda publicidade, serviços, marketing de relacionamento,
palestras e fature dinheiro com seu site/blog de forma ética e justa. Afinal,
quem produz conteúdo na rede faz porque gosta e diferente de um grande veículo,
que manda um ‘repórter em determinado evento’, de parceiro ou de assessoria de
imprensa que fez um bom ‘follow’ os produtores de conteúdo independente não tem
equipe grande, um enorme departamento comercial e muito menos grandes
apoiadores para fazer graça pra empresário que não investe em sites.
Eldo Gomes é jornalista e blogueiro. Fundou em 2007
o site AconteceBrasilia.com.br, que mantém um programa de rádio, ao vivo e de
‘TV no youtube’ em seu canal Youtube.com/blogueirodeBrasilia –
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