Anônimos e belos! A poesia
detrás das janelas. (Publicação X - Geraldo Trombin)
A poesia detrás da janela visitou, hoje, um grande amigo, parceiro e talentoso poeta e o trouxe para que os leitores da Revista Biografia viajem e saboreiem os seus poemas e trovas. Poeta generoso e de alta
sensibilidade, tem um sorriso que ilumina a alma. É conhecido de concursos
literários de todo o Brasil, o que já lhe rendeu vários prêmios e gravou a
sua marca na poesia contemporânea! Nessa postagem iremos navegar nos versos e trovas do poeta Geraldo Trombin.
Geraldo
Trombin - Nascido em Americana, em
01 de abril de 1959, filho de Alcides Trombim e Pierina Olivatto Trombim.
É redator e diretor de
criação em agência de propaganda.
durante 8 anos participou do “Espaço Literário Nelly Rocha Galassi” (Americana,
SP). É colaborador do jornal “O Liberal” (Americana, SP) e colunista dos blogs
ContemporArtes e BDE (Bar do Escritor). Lançou em 1981 “Transparecer a
Escuridão”, produção independente de poesias e crônicas, e em 2010 “Só
Concursados - diVersos poemas, crônicas
e contos premiados”.
Tem mais de
425 classificações conquistadas
em inúmeros concursos realizados em várias partes do país e trabalhos editados
em mais de 125 publicações.
Seu poema em formato de
trova "Anzóis" levou o primeiro lugar na categoria
"Nacional/Internacional", onde competiram 166 poetas trovadores do
Brasil e de Portugal, num total de 489 trovas.
Anzóis
Somos todos nessa vida
Pescadores de ilusão
Dedicando a nossa lida
Aos anzóis de uma paixão
"Já
fiz poetrix, haicai, aldravia, soneto e indriso. Há pouco mais de um ano
comecei a exercitar a trova, essa composição poética que, aparentemente
simples, acho bem complexa e difícil de fazer, pois você tem que se expressar
em apenas quatro versos setessilábicos, rimando o primeiro com o terceiro e o
segundo com o quarto, tendo um sentido completo", explica o poeta.
"Errei muito, demorei a entender a técnica, às vezes ainda tenho dúvidas
quanto à elaboração, mas, pelo resultado desse concurso, acredito que estou no
caminho certo do aprendizado".(GT)
No emaranhado dos fios
dessa história mal tecida,
encontrei nos desafios
a minha linha da vida.
Daquele nosso passeio,
não sobrou nada de
nada; (Menção Especial Nova Friburgo
2014)
Eta amor de veraneio,
que põe logo o pé na
estrada!
REFLEXÃO
Olho no espelho
E não me vejo.
Estou sem reflexos.
O Chico Anísio partiu,
não restou sequer
Fumaça. (M. Especial Maranguape 2012)
Nosso sorriso sumiu,
o mundo perdeu a graça.
Tem dias de guarda-chuva,
tem dias de guarda-sol;
uns caem como uma luva,
outros não têm semancol!
Eu vivo me perguntando,
só perguntas sem
respostas;
no meu destino não mando,
só faço as minhas apostas!
Cultivo o chão do abecê,
sou homem de muita lavra;
quero colher pra você
a mais bonita palavra!
O meu mar não tem mais
onda
nem meu bar tem mais bebida,
mas a trova, quando ronda,
estremece a minha vida!
Cofrinho
magrinho
O porquinho, coitadinho,
Até o rabo contorceu
Com o mal que o acometeu.
O cofrinho-poupança meu,
De tanto que emagreceu,
Definhou e jamais se
restabeleceu
Eros
uma vez
Era uma vez...
Boleros.
A dança dos corpos.
O lero-lero sincero.
O corpo-a-corpo,
O ritmo invadindo,
O íntimo sentindo,
Deitando e rolando
Na pista de dança.
O auge do toque
No pecado da carne.
Eles caídos ao chão.
A trilha caindo para bg.
Ela, o rosto feliz,
Na boca, nos olhos, o
retoque.
Ele, o prazer de
Eros...uma vez...
Fantasia
Quatro dias de fantasia,
O maior carnaval.
Vida vestida de alegria,
Máscara da felicidade
Cobrindo rostos,
Sem distinção de sexo ou
idade,
Jogando confetes no amor.
Quatro dias de fantasia,
O maior carnaval.
Na avenida e nos salões
Transpirando a emoção
Em blocos de foliões.
Quatro dias de fantasia,
O maior carnaval.
Porta-bandeiras, pierrôs,
colombinas.
Serpentinas colorindo o
céu.
No embalo, reco-reco que
contagia.
Quatro dias de fantasia,
O maior carnaval.
Samba tomando corpo,
Passista-primeiro
Da escola da vida,
Sambando problemas,
Lançando perfume.
Quatro dias de fantasia,
O maior carnaval.
No fim das matinês e dos
bailes
O despontar da madrugada,
Cinzas bailando o sonho do
Brasil.
O brasileiro numa outra
marcha,
Sem fantasias, nem brilhos
nem lantejoulas.
Dançando apenas uma música
Chamada realidade.
Que baila a gente o ano
todo,
Até chegar o próximo
carnaval.
Céu
verde
Que belo dossel!
Sonhar é não mais tirar
Os olhos do céu!
Nem
tanto ao céu, nem tanto amar
Estrela da noite
Ou estrela do mar?
Sereia!, serei eu
Faceiro cavalo marinho
Suas águas a cavalgar?
Ou, Celeste!, lépido
anjinho
Seu coração a estrelar?
Hummm! Nem tanto seu,
Nem tanto meu,
Nem tanto amar,
Porque sei o meu lugar!
Emocionante este encontro
com os poemas e trovas do poeta Geraldo Trombin! Que venham novos concursos, que seu poetar possa alçar
voos maiores aterrissando nos corações dos seus leitores!
Fonte:
Ivana Schäfer
- Pedagoga com Habilitação em Orientação Educacional, Especialização em
Psicopedagogia e Cerimonialista. Sou Cuiabana de "tchapa e cruz", amo
minha terra, meu povo e a nossa cultura. Sou do Mato ....de Mato Grosso.
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