Por Daiana Geremias
O “Próxima Parada” de hoje
vai levar você até a Polônia, país da Europa Central que faz fronteira com a
Alemanha, a República Tcheca, a Eslováquia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a
Lituânia e a Rússia. Desses países vizinhos, a Alemanha é a que tem maior
número de imigrantes poloneses. Aliás, estima-se que 35% dos poloneses do mundo
vivam em outros países, sendo que a maior concentração de imigrantes se dá na
Austrália, nos EUA, no Canadá, no Reino Unido e, lógico, no Brasil.
Hoje talvez essa questão dos
imigrantes poloneses no Brasil já não seja assim tão forte, mas a cultura
polonesa ainda é amplamente praticada e difundida entre os descendentes desse
povo, que, em domingos de família reunida, ainda fazem o bom e velho pierogi
para servir na hora do almoço.
História
Um dos fatos mais marcantes
da História do país é, certamente, a invasão dos nazistas alemães, que durante
a Segunda Guerra Mundial transformaram Auschwitz em um campo de concentração –
lá, 1.350.000 judeus foram assassinados juntamente com 100 mil outras vítimas não
judias.
Com o fim da Segunda Guerra,
parte da Polônia foi tomada pela União Soviética, a pedidos de Joseph Stalin,
líder da URSS. A situação mudou na década de 1980 e, em 1989 a Polônia se
tornou o primeiro país da região a derrubar o regime comunista. A década
seguinte foi marcada por uma verdadeira revolução econômica, que acabou levando
o país a fazer parte da União Europeia em 2004.
Um pouco antes, em 1999,
passou a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. A
medida acabou valorizando o posicionamento internacional do país, que passou a
apoiar as forças militares dos EUA no Iraque
– em setembro de 2003, 2.400
soldados poloneses ficaram encarregados de assumir a responsabilidade pelo
centro-sul do Iraque.
Turismo
Melhor do que relembrar
alguns pontos da História de um país é poder conhecê-lo de perto, visitar seus
pontos turísticos e mergulhar na cultura local.
Confira algumas dicas de
lugares para visitar:
Castelo de Wawel: erguida no
século XIV, a construção gótica é hoje a única edificação da coroa judaica
totalmente preservada no país. O castelo fica em Cracóvia e, certamente, vale a
pena ser visitado.
Auschwitz: por mais que a
região tenha uma história muito triste, ainda assim é um local que vale a pena
ser visitado, principalmente se você tem interesse em História. A primeira
impressão dos visitantes é o espanto pelo tamanho do local, que conta também
com um memorial e um museu. O antigo campo de concentração já foi visitado por
mais de 25 milhões de pessoas.
Dunas de Slowinski: as dunas
fazem parte do Parque Nacional de Slowinski, que fica ao norte do país, na
costa do Mar Báltico. Se estiver nessa região, aproveite para conhecer o museu
ao ar livre da cidade de Kluki – um ótimo lugar para comprar souvenirs. Quanto
às dunas, prepare-se para uma quantidade gigantesca de areia, formando
montanhas de até 30 metros de altura. As formas mudam de tempos em tempos,
principalmente por causa do vento, então muitas pessoas chamam de “dunas
móveis”.
Castelo de Malbork: fundado
em 1274 pelos cavaleiros teutônicos que lutavam contra os poloneses na
tentativa de conquistar territórios na região do mar báltico, o castelo foi
ampliado diversas vezes para abrigar o número cada vez maior de cavaleiros.
Hoje é o maior ponto turístico da cidade de Malbork.
Mina de sal Wieliczka:
considerada uma das empresas mais antigas do mundo, essa mina foi fundada no
século 13, e conta com uma grande região subterrânea, esculpida em pedras de
sal. Embaixo da terra, nessa cidade de sal, há também uma capela, conhecida por
ter a melhor acústica de toda a Europa.
Cidade histórica de Gdansk:
por estar localizada na região do mar Báltico, a cidade também foi ocupada por
cavaleiros teutônicos no século XIV, sendo que muitas das construções da época
acabaram sendo demolidas posteriormente. Ainda assim, a “Cidade Velha”, como
também é conhecida, atrai turistas de todo o mundo.
Varsóvia: na capital
polonesa, não deixe de conhecer o mercado central da cidade, que foi
parcialmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial, mas reconstruído logo
em seguida. Na praça do mercado, não deixe de ver a escultura de bronze da
sereia de Varsóvia, símbolo da cidade.
Cracóvia: se estiver de
passagem pela cidade, não deixe de conhecer a Praça do Mercado, na região da
Cidade Velha. Construído no século XIII, a praça é cercada de construções
antigas, palácios e igrejas. Não deixe de visitar o Palácio do Pano,
reconstruído em 1555 em estilo renascentista.
Pratos típicos
O prato polonês mais famoso
é, sem dúvida, o pierogi, que é uma espécie de pastel cozido. No recheio, os
poloneses variam entre requeijão com batata, repolho azedo e feijão. Na hora da
sobremesa, que tal experimentar o paczki? A delícia é uma espécie de bolinho,
tradicional no país há pelo menos três séculos.
Os poloneses gostam muito
também da zapiekanka, que é um lanche típico de rua: é uma baguete aberta, com
queijo derretido, cogumelos e ketchup. Outro tira-gosto típico fica por conta
das conservas de pepino, repolho e cebola.
Mais curiosidades
O nome “Polônia” tem origem
na tribo “Polanie”, e significa “pessoas vivendo em campos abertos”;
Entre 1600 e 1945, a Polônia
foi invadida e lutou por liberdade em insurreições pelo menos 43 vezes;
Se você estiver dentro de um
elevador na Polônia, repare que o que seria o nosso 1º andar é o andar 0 –
portanto, para ir ao 2º andar, aperte 1;
Os índices de educação no
país estão muito bem: 90% dos poloneses completam pelo menos o ensino médio e
50% têm diploma universitário;
Cada polonês bebe, em média,
92 litros de cerveja por ano – a bebida, aliás, já estava presente durante o
reinado de Boleslaw I, o Bravo (992 – 1025);
Aliás, na Polônia é bem
provável que você encontre pessoas bebendo cerveja com canudinho – a bebida é
geralmente acompanhada de suco de framboesa ou de groselha. No inverno, os
poloneses bebem cerveja quente com cravo-da-índia, canela e mel! Que mistura,
hein!
Mas não é só de cerveja que
se faz um bom porre na Polônia. A produção de vodca é tradicional no país,
famoso pela bebida há pelo menos 500 anos;
17 poloneses já receberam um
prêmio Nobel – desses, quatro foram da Paz e cinco de Literatura;
Cracóvia foi a capital
polonesa de 1038 até 1596, quando Varsóvia passou a ocupar a posição;
O país foi por muito tempo
considerado o centro judeu da Europa;
A cidade de Breslávia conta
com o restaurante mais antigo do continente europeu. O Piwnica Swidnicka foi
inaugurado em 1275!
Ainda que o número de judeus
mortos durante o holocausto seja grande, a nação polonesa conseguiu salvar pelo
menos 450 mil judeus da morte – isso deu aos poloneses o título de maior número
de pessoas por nacionalidade a resgatar judeus durante o regime nazista;
Mais de 50 mil poloneses
foram mortos por tentarem salvar judeus;
A Polônia foi o único país
europeu que nunca colaborou com os nazistas de forma alguma;
Os poloneses almoçam
geralmente às 14 horas – antes da refeição, escolhem sempre um bom prato de
sopa;
Entre os poloneses famosos
estão o astrônomo Nicolau Copérnico; o compositor Frederic Chopin, nascido em
Zelazowa Wola; Marie Curie, que foi a primeira e única pessoa a receber duas
premiações do Nobel e também foi a primeira mulher a dar aulas na Universidade
de Sorbonne; e João Paulo II, o papa que conquistou o mundo todo com seu
carisma;
A religião predominante na
Polônia é a católica;
O Dia de Todos os Santos,
comemorado no 1º dia de novembro, é uma data importante aos poloneses, que
visitam túmulos de parentes e amigos mortos – como acontece aqui no Brasil no
dia 2 de novembro;
Na Polônia ainda é muito
comum que as pessoas se cumprimentem e beijem as mãos umas das outras;
O festival Przystanek Woodstock acontece todos os anos, com atrações musicais gratuitas – é o maior
festival a céu aberto da Europa;
***
E aí, você já foi ou tem
vontade de ir para a Polônia? Conte para a gente nos comentários!
Fonte(s)
National Geographic
Weekend Notes/Lionel
BBC
Tour Opia
Random History
Imagens
Pixabay
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Nenhum comentário
Postar um comentário