CLÁUDIA DE VILLAR - Nascida em Porto Alegre/RS
aos cinco minutos do dia 11 de abril de 1972, Cláudia Oliveira de Villar é
filha de Tânia Maria Santos de Oliveira e Geraldo Perla de Villar. Cláudia tem uma irmã, Bianca Villar e dez
lindas cachorrinhas. Apaixonada por animais e simpatizante da Causa
Animal, a escritora, a partir do momento
ao qual decidiu colocar nos papéis as suas ideias, não teve como fugir de seu
destino: escrever livros com personagens voltados aos cachorrinhos. E assim surgiu o seu 1º livro pela Editora Manas:
"Bola, sacola e escola". Mas
Cláudia não parou por aí. Ela continua escrevendo e tem outros animais como
personagens de seus livros: burros, papagaios, sabiás, gatos, coelhos, peixes,
cavalos e por aí vai.
A escritora e oficineira
cursou Magistério no colégio Nossa Senhora da Glória em POA/RS, formou-se em
Letras, pela FAPA e é especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar,
pelo IERGS, além de vários cursos de atualização na área da Literatura
Infantojuvenil. Atualmente, faz parte da equipe de colunistas do site Homo
Literatus, atua como cronista e colunista do Jornal de Viamão/RS, tem uma
coluna no site sobre Literatura e Educação, Literárias Mosqueteiras e assina
também uma coluna no site Artistas Gaúchos, além de ser associada da AGES desde
2013.
No início, ela apenas
sonhava... Inventava amigos imagináveis/invisíveis, como o
"Louquinho", o "Nonó" e a "Exibida" (há quem diga
que havia uma tal de "vassoura"). Assim que aprendeu a ler, passou a
"devorar" muitos livros. A sua primeira leitura foi "Pluft, o
fantasminha", de Maria Clara Machado, em 1980 - presente de um amigo de
seu pai. Foi na 4ª série na escola Dr.
Pacheco Prates - POA/RS, a partir de uma atividade escolar, que ela escreveu o seu
primeiro livro e ilustrado por sua mãe. Esteve, em seguida, um pouco afastada
das leituras, mas retornou quando ainda era uma adolescente e os livros
voltaram a ser a sua companhia. Gostava tanto de ler e "dar pitacos"
sobre as obras que lia que resolveu escrever também. E, a partir daí, nunca
mais parou.
Livros:
Textos:
Para ser feliz
Vovó Guilhermina queria
aprender a dominar o seu computador. Afinal, aprender é preciso e sua netinha
Anna vivia repetindo que a tal da internet era necessária a todas as pessoas
para ter uma vida completa e feliz.
- Vovó, primeiro a senhora
tem que dominar esse quadradinho aqui embaixo.
- Que quadradinho? –
pergunta a avó, colocando os óculos.
- Esse... Aqui a senhora
coloca o dedo e vai deslizando e assim vai guiando aquela setinha ali na tela.
A avó tenta, mas não
consegue. As mãos, calejadas com os as tarefas do campo não conseguem firmar-se
e demonstrar o mínimo de motricidade fina.
- Vó... É aqui oh... Presta
atenção, não precisa colocar toda a mão é só um dos dedos. Vai mexendo com o
dedo e a setinha vai respondendo ao comando.
A avó tenta.
- Pare de olhar para o seu
dedo, a senhora tem que olhar para a tela! – irrita-se a neta.
- Mas se eu olhar para a
tela, como vou mexer esse negócio aqui?!
- Mas é assim que funciona,
a senhora mexe o dedo e olha pra tela.
A avó não entende. Aprendeu
a olhar para tudo que fazia. Como mexer o dedo e olhar para outro local?
A neta perde a paciência.
Resolve ir buscar o mouse. A avó mexe o dedo e olha pra tela. Mexe o dedo e
olha pra tela. Era um tal de olha pra baixo, olha pra cima. Sente-se tonta.
Procura a neta. Percebe que a neta saiu de perto e decide fazer do “seu” jeito.
Vira a cabeça de lado,
procura manter um olho no dedo e o outro na tela. Revira-se na cadeira. E
pensa: “Agora, como vou digitar se uma das mãos está ocupada?”
A neta retorna ao local com
o mouse. Encaixa o ‘bichinho’ no note e começa:
- Vamos esquecer esse
quadradinho. Coloca a sua mão aqui agora.
Tenta explicar para a avó
como lidar com o mouse.
- Vó, a senhora tem que ir
mexendo a mão que aquela setinha ali na tela começa a mexer do mesmo jeito.
A avó tenta. Mas a bendita
motricidade fina... Fora criada para carregar coisas pesadas. Não tinha jeito
para algo tão delicado.
- Vó, vai devagar! Não precisa
mexer rápido assim! Calma! A senhora não tá vendo! Vai acabar estragando o meu
mouse! – grita a neta.
Os olhos da avó enchem-se de
lágrimas. Maldita motricidade fina.
A neta desiste da avó.
Guarda tudo na pasta. Diz que amanhã ela tentaria novamente. Por hoje chega!
- Quem sabe a gente desiste
dessa coisa toda? – indaga a avó.
- Desistir? Jamais! Bem se
vê que a senhora está por fora das coisas... Não sabe que para ser feliz hoje
em dia a gente tem que dominar a tecnologia?! – dizendo isso ela se afasta da
avó.
“Pra ser feliz a gente tem
que dominar a tecnologia”. Não a avó não sabia. O que ela aprendeu com a vida é
que para ser feliz era preciso do carinho e compreensão dos netos.
Cláudia de Villar
http://www.jornaldeviamao.com.br
Presente de amor
Um casal estava a caminhar
pelo centro da cidade na semana do Dia Dos Namorados quando a moça pergunta ao
rapaz:
- Rubens, Você não acha
lindo aquele colar ali na vitrine?
O rapaz que não tinha visto
nem a vitrine, quanto mais o colar, responde:
- Que colar? Ah, aquele ali!
– aproxima-se da vitrine e continua – Nossa, fofura, que caro! Com esse
dinheiro eu poderia dar entrada numa moto!
Mais adiante, a moça retoma
o assunto:
- Rubens, olha que lindo
aquele novo celular!
Novamente, o rapaz,
aproximando-se da vitrine, responde:
- Que horror, paixão! Com
esse dinheiro dá pra comprar um fogão novo!
Umas duas quadras adiante, a
moça já quase desistindo, fala:
- Rubens, olha que show
aquelas flores ali!
O namorado, olhando para o
outro lado da rua, responde:
- Eu sou alérgico a flores,
lindinha. Ainda bem que estarei morto no meu funeral! – brincou ao final do seu
triste comentário.
A namorada desiste de dar
“pistas” para o seu presente de amor e decide mudar de tática:
- Aonde nós iremos amanhã,
RUBENS?
- Amanhã? Que dia é amanhã,
belezura?
- Quarta-feira... – mas será
que nem o nome dela ele não sabia?
Sem nem terminar a frase,
ele a interrompe e responde:
- Quarta-feira?! É dia de
jogo, florzinha! Bem capaz que vou sair no dia do jogo? Por quê?
Por fim, a namorada desiste
“das pistas” e decide falar abertamente:
- Amanhã é dia 12 de junho,
pô! Você não vai fazer nada, não vai comprar nada? Não vai me levar para algum
lugar?
- Bah, querida, dia 12, você
sabe que eu recebo somente no final do mês!!!
A namorada, exasperada com a
resposta, dá um longo suspiro ao qual o namorado interpreta à sua maneira e
retoma o assunto:
- Querida – começou o
namorado -, se você está querendo ir a um motel, vou logo dizendo, nas quartas
não dá. Lá em casa também não dá, pois a sua futura sogrinha não gosta, também
no início do mês eu tô sem grana e...
A namorada nem o deixa
terminar a frase e fala:
- Rubens querido, amor da
minha vida! Você me ama?
- Claro!!! I love you, baby!
- Então eu vou te dar um
presente de amor.
- Oba, princesinha!!! –
exclama o namorado, já imaginando qual seria o presente de amor, assim de uma
hora para outra, sem “nenhuma data especial”.
- Vamos por partes.
Primeiro: vou te dar um xarope de ‘simancol’, pois estamos na semana do Dia Dos
Namorados. Segundo: sua mãe não será a minha sogrinha! E, terceiro: NO DIA 12
DE JUNHO NÃO TE DAREI NENHUM PRESENTE DE AMOR. NÃO DOU NADA, NADA E NADA, VÁ
COMEMORAR O DIA DOS NAMORADOS NO ESTÁDIO DE FUTEBOL COM OS SEUS AMIGOS! Ah, e o
meu nome é Rose!!!
E assim, seguem alguns
casais...
Homens sem perceber o que as
mulheres falam nas entrelinhas (atenção, homens, mulheres falam nas
entrelinhas!) e mulheres disputando o lugar com o futebol.
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