Bernardo Dourado surpreendeu
os pais com a ideia de levar seus livros para outras crianças
Publicado no site R7
Há cerca de dois meses, o
pequeno Bernardo Dourado, de quatro anos, surpreendeu os pais com um pedido:
ele queria montar uma biblioteca comunitária destinada para crianças.
Acostumada às ideias “mirabolantes” do filho, Daniela Mascarenhas levou um
tempo para entender que o garotinho não desistiria fácil do projeto, que dizia
ser “seu compromisso”.
— Ele é pequeno, mas é
terrível! Quer morar no Japão, quer passar férias na Alemanha, enfim. Um dia
ele chegou e falou que não queria mais ter só a biblioteca do quarto dele, queria
que eu colocasse um armário com os livros no passeio do prédio, queria que
fosse comunitário. Ele falou que era o compromisso dele e repetiu isso umas mil
vezes, dizendo que a gente não entendia.
Evento tomou proporções maiores graças à divulgação de amigos
/ Divulgação
Intrigada, a mãe ainda
questionou Bernardo o que significava este compromisso. Imediatamente, ele
disse que era fazer “alguma coisa para alguém”. Logo, Daniela descobriu de onde
veio tamanha motivação: em um fim de semana, ele mostrou para ela uma
propaganda na TV, que tratava justamente de iniciativas bacanas feitas por
crianças ao redor do mundo.
Convencida de que valia a
pena ajudar o filho em sua boa ação, ela arregaçou as mangas e conseguiu
autorização para promover a “Bibliotequinha do Bê” neste sábado (16), no Parque
Aggeo Pio Sobrinho, no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte, a partir
de 9h30. Era para ser um piquenique entre amigos, para dar à Bernardo a
sensação de dever cumprido ao seu compromisso, mas o evento tomou proporções
maiores.
Graças à divulgação de amigos
e familiares, haverá música e a apresentação de um palhaço durante o
piquenique, além de medição de pressão oferecida por um laboratório da cidade.
Daniela ressalta que o filho teve a quem puxar a paixão pela literatura, já que
a avó era escritora e destaca a importância da leitura na criação de “Bê”.
— A gente sempre leu para
ele desde bebê e, mesmo ainda não sabendo ler, ele sabe quais são as letrinhas,
gosta de ver as figuras e cria as histórias do jeito dele. É bonito ver que tão
pequeno ele já está disposto a ajudar.
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