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DEZ HISTÓRIAS POR TRÁS DE QUADROS FAMOSOS

 

Dez histórias por trás de quadros famosos

Seja por terem sido roubadas, proibidas ou por terem pertencido a Hitler, além da qualidade artística, outros motivos podem colaborar para a celebridade de uma pintura.
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Madona Sistina

Rafael Sanzio. 1512. Óleo sobre Tela. 265 x 196 cm. Pinacoteca dos Mestres Antigos, Dresden, Alemanha
Todos os anos, centenas de milhares de pessoas vão a Dresden ver a "Madona Sistina", uma das principais obras do Renascimento, pintada por Rafael Sanzio em 1512. Em 1754, o rei Augusto 3° a comprou de monges italianos, trazendo-a para a Saxônia. Após a guerra, a obra foi levada para Moscou, onde permaneceu por mais de uma década. A fama da pintura, no entanto, se deve a outro motivo. Na parte inferior do quadro, Rafael pintou seus famosos anjos (Os Anjos Rafaelitas) de forma bastante humana, quase como crianças sem fazer nada e dando espaço a várias interpretações. E logo os querubins apareceram em caixinhas de joias, ou até mesmo como dois porquinhos na propaganda de um açougue em Chicago no fim do século 19, sem falar de camisetas, papéis de carta, bolas de natal, embalagem de chocolate...

(Anjos rafaelitas)


"Autorretrato com orelha cortada" 

“Autorretrato com a orelha cortada”, de Van Gogh. 1989,Óleo sobre tela, ost, 60 X 49 cm.
 Instituto Courtauld de Arte, Londres

Na véspera de Natal de 1888, Vincent van Gogh foi encontrado ensanguentado em sua casa no sul da França. Ele havia cortado parte da orelha esquerda e entregue a uma prostituta em Arles, onde dividia um ateliê com Paul Gauguin. Este autorretrado foi pintado em 1889 e testemunha o desequilíbrio de Van Gogh diante da partida do amigo. Pela posição da orelha, o quadro foi feito diante de um espelho.


"A arte da pintura"

Johannes Vermeer. 1668. Óleo sobre tela. 120 x 100 cm. Museu de História da arte em Viena.

Jan Vermeer foi um mestre da encenação, não somente pela cortina em "A arte da pintura", onde retrata a si mesmo e a Clio, musa da história, e um mapa da antiga Holanda unida. Um apelo nostálgico, pois o quadro foi pintado entre 1664 e 1673, após a divisão do país. A obra pertenceu a Adolf Hitler, que a havia comprado de um conde austríaco. Após a guerra, foi devolvida à Áustria pelos americanos.


"Mona Lisa"
                   
Leonardo da Vinci. 1519. 77 x 53 cm. Óleo sobre Tela. Museu do Louvre

Desde o fim do séc. 18, a "Mona Lisa" está no Museu do Louvre. Mas de lá sumiu em 1911. E a suspeita recaiu sobre Pablo Picasso e o poeta Apollinaire, que estiveram envolvidos num furto de esculturas do museu. Mas a culpa deles não pôde ser comprovada e o quadro foi encontrado só dois anos depois. Ele fora roubado por um operário italiano que trabalhava no Louvre e que tentou vendê-lo na Itália.


"Mar de gelo"

Caspar David Friedrich.1823-1824. 96,7 x 126,9 cm. Óleo sobre Tela. Kunsthalle Hamburg, Hamburgo, Alemanha

Apesar de ter vivido há 200 anos, o fato de ter produzido quadros completamente artificiais faz do alemão Caspar David Friedrich um pintor muito moderno em tempos de mundos virtuais. Sua pintura "Mar de gelo", executada em 1823/1824, poderia ter saído da tela de um computador e comprova que o Romantismo está mais atual do que nunca numa sociedade marcada pela necessidade de segurança e intimidade.


"A lição de anatomia do Dr. Tulp"

Rembrandt. A Lição de Anatomia do Dr. Tulp. 1632. 216 x 169,5 cm. Óleo sobre Tela. Mauritshuis

Diz-se que a violência é para nossos dias o que a sexualidade foi para época vitoriana: outra obra icônica e bastante atual é "A lição de anatomia", pintada em 1632 por Rembrandt. Na época, só era permitida uma dissecação pública por ano, realizada no inverno para melhor conservação do corpo, que tinha de ser de um criminoso executado. Por serem raros, tais eventos eram acontecimentos sociais.



"Melancolia"

Albrecht Dürer. Melancolia I. 1514. 18,8 x 24 cm. Gravura. 
Kupferstichkabinett (Museu de Gravuras) Berlin,  Alemanha

Na Idade Média, a melancolia foi um pecado capital. Ela abatia não só pessoas normais, mas também religiosos, que não conseguiam encontrar mais em Deus a resposta para todos os seus problemas. Assim, nada mais que um anjo caído e triste na gravura "Melancolia I", executada em 1514 por Albrecht Dürer, para anunciar o Renascimento e o fato de, a partir daí, a humanidade estar estregue à sua sorte.


"A origem do mundo"

Gustave Coubert. A Origem do Mundo. 1866.  46 x 55 cm. Óleo sobre Tela. Museu de Orsay

Gustave Courbet pintou este quadro em 1866 para um diplomata turco e não se sabe quem lhe serviu de modelo. Mas retratar seus órgãos genitais sem nenhum filtro mitológico foi ato decisivo rumo ao modernismo. A obra pertenceu ao psicanalista francês Jacques Lacan e foi mostrada ao público pela primeira vez somente em 1988. Ela está, hoje, no Museu d'Orsay, em Paris, com direito a vigilante próprio


"Guernica"

Pablo Picasso. Guernica. 1937. 349 x 776 cm. Óleo sobre tela. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia

Picasso retratou em "Guernica" o bombardeio da cidade basca pelos alemães em 1937. Consta que, ao ver uma pequena foto do quadro no estúdio do pintor em 1944 na Paris ocupada, um oficial alemão perguntou: "Foi você que fez isto?", no que ele respondeu: "Não, foram vocês." Picasso determinou que a obra ficasse sob a guarda do MoMA de Nova York até que a democracia fosse restaurada em seu país.


"Abaporu"

Tarsila do Amaral. Abaporu. 1928. Óleo sobre tela. 85x73 cm. Colección Costantini (Buenos Aires, Argentina)

Pintado em 1928 por Tarsila do Amaral, o "Abaporu" (homem que come gente, em tupi-guarani) não é somente a representação pictórica do modernismo brasileiro, mas também o carro-chefe do acervo do museu Malba, em Buenos Aires. É triste, mas é verdade. Ele não está mais no Brasil. Foi vendido em 1995 para um colecionador argentino, já que na época, não se encontrou um comprador brasileiro.


REVISTA BIOGRAFIA.

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