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Arahilda Gomes - [Poeta Brasileira]

Arahilda Gomes

Mineira-de Uberaba-há várias décadas,caminho pelos caminhos equilibrando-me na ARTE tocando a sensibilidade com alma romântica e buliçosa-herdada de meus pais-Alaor Gomes e Adelaide Cicci Gomes. Na caminhada,aos tropeços a redefinir caráter de pessoa desafiando preconceitos, a cantar pelos caminhos e recriando. Artes: escrevo, declamo, poeto, canto, componho, danço, viajo e até ópera montei com declamações líricas em portugues e árias no original de obra de Mozart (pioneirismo na terrinha!)na conquista de público novo.Na catarse de um viver intenso e corajoso, retrato minha identidade nos olhos,na fala,no gesto e na alma procurando,no convívio de amigos, a paz e o bem .

Afinal, sou cônsul dos Poetas del Mundo-ID:1211 e articulista há vinte e cinco anos dos jornais locais; escrevo nos blogs de amigos ,em coletâneas e meu "opus número 01 "intitula-se"A voz que pensava demais...


Texto de Arahilda Gomes

A costela, que não é “sopa ”

Se Adão emprestou a sua coluna vertebral para que Deus moldasse uma Eva escultural, que logo, logo o fez pecar, são mil tratados para estudos. Tanto, que no reino da bicharada irracional, se o macho é mais bonito, que a fêmea, talvez, porque viu que o inverso acarretaria situações difíceis de sanar. Daí, levar até Adão, uma Eva nua de paixões, enquanto o fazia dormir e sonhar. Colocou-lhe frutas nobres - a maçã e a uva - sem ainda ter nascido o vinho e saber que a folha de uva, que cobriu Eva, seria de mil utilidades na cozinha árabe.

A cobra, na macieira enroscava-se qual parafuso apertando os “parafusos” soltos da cabeça de Adão. A língua - veneno, que não era nenhuma menina veneno da cobrinha, dançava em pirotecnias ressoando, ou melhor, azucrinando em labaredas, na “Dança ritual do fogo”,bem antes do espanhol De Falla a compor...

O paraíso era um oásis entre folguedos e carícias, com o vento assoviando mil canções de amor e na “Fascinação” sonhava sonhos e quimeras mil em castelos erguidos.

Águas corriam em cascatas cristalinas, sem enxurradas e catástrofes, porque a humanidade não acordara para a devastação e os maus-tratos para com a natureza dadivosa. Os animais brincavam aos pares ouvindo diversos timbres do “ Carnaval des animaux,”do francês Saint-Saens insinuando ao homem inocente,que tais folguedos não eram para seu enxerido septo nasal,que só tinha o hábito de cheirar as madeixas cacheadas de Eva,tão loiras,que ofuscavam a luz solar. “As quatro estações”, que Vivaldi,o mestre italiano do dissertativo poema sinfônico comporia,estavam bem pinceladas nas paisagens ante a primavera e o outono, que disputavam os melhores “embalos de sábado á noite” ensaiando coreografias aos primeiros habitantes boiando nas águas azuis-turquesa oceânicas,em correto verão,não fora a primavera cacheada e o outono frutífero trazerem os frutos do pecado.

O paraíso era tão “sopa” de lá morar, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven com seu “ Canto da Alegria” ecoando ecologicamente na natureza em constante “Sagração da Primavera”, do russo vanguardista Stravinsky,que dormia séculos antes de vislumbrá-la. Acordemos Adão. Deixêmo-lo admirar Eva, tão sincera como a Aurora de outros carnavais.

A cozinha do paraíso de Adão, de variados cardápios, produzia acepipes naturais sem agrotóxicos, não aumentavam as gordurinhas da bicharada. Eva, que viera de DNA do homo-sapiens nascera sabida fugindo aos lipídios e glicídios e vida sedentária, que lhe pudessem derrubá -la com AVC,câncer e diabetes. Doce, a Eva esculpida por Deus dava-lhe atributos angelicais e lábios de mel, mais doces que o de Iracema, a que José de Alencar criaria para superar Eva. Um coração e uma cabeça que batiam arritmicamente para que um não entrasse na sintonia do outro provocando avassaladoras paixões e compaixões.

E no sono aconchegante da mulher cultivando todas as outras, através de mutações recriando novas características, cresce em sabedoria e idade, beleza e atributos mil. A fêmea-mulher, tão especial, juntou graça e vontade de criar muitas outras Evas: artistas, mães, amantes, cozinheiras, executivas, ruralistas, falantes e sagazes havendo necessidade de se criar o Dia Internacional da Mulher, que não dá “sopa” tendo doçura e força, poderes mágicos na valorização de sua costela!

Arahilda Gomes Alves.
Todos os Direitos Autorais Reservados a Autora 

Um comentário

Justaluasossegorima disse...

SÃO OS TESOUROS DE MINHA TERRA QUERIDA , RELUZINDO PELO MUNDO .
ABRAÇOS!!
EVALDO
http://justaluasossegorima.blogspot.com.br/2012/07/o-diva-de-papel.html