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Jania Souza - [Poeta Brasileira]

Jania Souza, escritora, poeta e artista plástica potiguar. Sócia-fundadora da SPVA/RN - Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN. Sócia da UBE/RN, AJE/RN, APPERJ, Clube dos Escritores de Piracicaba. Participação em várias exposições coletivas e duas individuais. Participação em coletâneas nacionais e internacionais. Organizou os 05 volumes da Antologia Literária da SPVA/RN. Em 2007, lançou Rua Descalça com o selo Edições Bagaço/RE; em 2009, lançou as obras Fórum Íntimo (poemas) e Magnólia, a besourinha perfumada (prosa infantil) na 55a. Feira do Livro de Porto Alegre pela Editora Alcance. Contato:  http://www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com/ ;  
http://www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com/
http://www.spvarn.org/
http://www.apperj.com.br/ ( Delegada Regional da APPERJ)
http://www.blocosonline.com.br/
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1905
http://www.ubern.org/
http://editoraalcance.com.br/
http://abrace.org/, Representante do Movimento aBrace em Natal/RN, Brasil



"Natal, um Mar de Poesia e Paz"

Grito perdido

...........
quem dera que tanques de guerra
fossem leves bandejas de prata
a saciar a fome às desamparadas crianças
com guloseímas e doces balas de amor...
.............

mas, a triste imagem revelada na TV
choca do incrédulo ao homem de fé
na indiferença de quem só cobiça poder...
............
sob fogo cruzado
cai o pássaro despedaçado.
Seu ninho não resistiu as bombas implacáveis
no céu, não são nuvens cinzas a fertilizar a terra
na realidade, são nuvens de fumo no cogumelo da morte.
Fumo da destruição
a arrancar pedra por pedra
frágeis corações.
O cachorro nem latir sabe mais
seu dono não o alimenta mais
(nem mesmo a própria alma)
seu corpo não resistiu ao ataque...
A alcatéia de tanques
avança implacável sob os destroços
ruínas da já fantasma cidade.
Os lírios não perfumam mais os campos
a morte apoderou-se com seu cheiro acre
canto a canto de toda cidade...
Nem o sonho do povo
sobreviveu a devassa dos perdidos estilhaços.
Os sinos calaram-se
como emudeceram o sorriso
secando o lamento do choro
a recordar dias festivos
de afeto e fanfarra
dos que antes viviam...
.............
Agora, só resta o eco de um sepulcro
a emudecer a cidade que, antes, era dos vivos.

***

Menino livre no livro da vida
carrega poesia na palma da mão.
Ingênuo pingo d'água da lida
na semeadura de frios corações...

***

De alegria, vesti o circo da melancolia.
Sem aviso, roubei, ao som do bem-ti-vi
o charme fagueiro às xananas da rua.

***

Só você explodirá teu fogo secreto
no gelo infindo do porto da vida...

***

Mulher, teu leite é seiva
do cajado do sábio
no equilíbrio do mundo
***

De majestoso explendor
no alto do firmamento
lua cheia provoca ciúmes
à solitária amante.
***

Epitáfio

... quando o dia já for
e eu não mais me lembrar de estar
já serei outra vez poeira de estrela
na fonte da qual brotei em pureza.
Não derrameis vossas preciosas
lágrimas por mim
pois fiz da minha jornada
paraíso inconteste de venturas.
Provei de tudo que desejei provar
até encontrar a fonte da qual jorra
o embriagante vinho da felicidade
berço do meu desvairado ser.
Escalei precipícios sem alpinista ser
no desafio à gravidade do sêrmen do tempo.
Dancei entre estrelas varrendo o vendaval do meu íntimo.
Então, saborei como os deuses
o divino presente da vida...
Agora, ao completar meu ciclo
mergulho consciente da minha completude
e abraço num vôo profundo à eternidade
de ser outra vez, poeira de estrela!

(livre, gargalho das peraltices
do gênio criador da vida...)

 
Carrossel da Irmandade da Vida


Em borbulhas de amor, dedo da Criação

descerra névoa da escuridão na revelação dos dias.



Seu sopro, berço suntuoso da vida

abre as páginas da poesia

escrita com a raridade e a perfeição ímpar

do Idealizador da beleza da diversidade da vida.



Formas multiplicam-se do uni ao pluri

em bandejas, verdes matas cerradas

desertos de areia, de sal, de gelo e até de almas...



A vida espalha-se por terras, rios e ar
na enchente de viventes sobre campos, oceanos, montanhas

até nas profundezas desconhecidas por todos os mortais

donde se ouve o silêncio do canto das flores

sepultura da paz, outrora reino do horizonte sem fim

no abraço à eternidade em pleno arrebol de alegria infinda.


Gotas de orvalho são lágrimas de prazer

sobre a magia debulhada da diversidade da vida.


A passarada entoa convite à reflexão sobre caos no planeta.



O arco-íris, essência da própria felicidade, sorri
e todos se encantam com a mensagem das cores

e o milagre da vida repete-se simples, constante, sem fim.



Tórrido vendaval esse amor aos sentidos

secreto segredo da abelha rainha

imã na atração à beleza da diversidade da vida.

Seu vôo ébrio entre aromas sensuais e díspares

polemiza luxúria no mágico distúrbio de infindos tons

irresistível porta aos pecados humanos mundanos

rico oceano em fulgor, variedade de infinitas espécies

empréstimo ao brilho da harmonia do poder do universo.



Nem mesmo os parcos jardins de espinhos e egoísmo ego

(veneno aterrador a devastar a vida no eco-sistema)

conseguem destruir a força da restauração dos sábios dedos das crianças

resistência aguerrida na preservação de todas as espécies.



Ante a resposta dos vivos à necessidade da vida

a Criação em sinfonia rejubila-se

com a variedade diversa da vida

numa beleza de encanto único, imperdível!



Maravilha magnífica de todos os sentidos sensitivos

a relação de baleias, homens, rouxinóis, andorinhas

comunhão do cosmo com o carrossel da irmandade da vida.

Jania Souza, escritora e poeta potiguar, socia fundadora da SPVA/RN
Todos os direitos autorais reservados a autora.

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