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Abilio Pacheco - [Poeta Brasileiro]

Abilio Pacheco morou em Coroatá (MA) e em Marabá; hoje reside em Belém (PA). Cursou Licenciatura Plena em Letras na UFPA-Marabá (durante a qual foi bolsista de Monitoria e de Iniciação Científica), duas especializações na área e Mestrado em Estudos Literários pela UFPA-Belém (Dissertação: Por pesar de você a manhã se tornou outro dia: cidade, utopia e distopia em Benjamim, de Chico Buarque). Lecionou na ETRB e no CEFET-PA (hoje IFPa), onde atuou ajudou a implantar o curso de Letras e atuou no Ensino a Distância e na Especialização em Educação para as Relações Étnico Raciais. Atualmente é professor da UFPA-Bragança e líder do Grupo de Pesquisa Narrativas de Resistência - Narrares. Aos 17 anos obteve o primeiro destaque em certames literários com o poema “Elegia de Maria”. Publicou Poemia (poesia – semiartesanal) em 1998; Mosaico Primevo (poesia) em 2008; e Riscos no Barro: ensaios literários (2009). É membro correspondente da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense (com sede em Marabá) e um dos organizadores da Antologia Literária Cidade.

Abilio Pacheco, nasceu em Juazeiro (BA), viveu a primeira infância em Coroatá (MA), dos 07 aos 27 morou em Marabá, e hoje reside em Belém (PA). Cursou Licenciatura Plena em Letras na UFPA-Marabá e Mestrado em Letras – Estudos Literários na UFPA-Belém. Lecionou por cinco anos no CEFET-PA (hoje IFPa). Atualmente é professor da UFPA - Bragança. Aos 17 anos obteve o primeiro destaque em certames literários com o poema “Elegia de Maria”. Publicou Poemia (poesia – semiartesanal) em 1998; Mosaico Primevo (poesia) em 2008; e Riscos no Barro: ensaios literários (2009). É um dos organizadores da Antologia Literária Cidade.

Abilio Pacheco, nasceu em Juazeiro (BA), viveu a primeira infância em Coroatá (MA), dos 07 aos 27 morou em Marabá, e hoje reside em Belém (PA). Estudou Eletricidade no SENAI-Marabá, fez Magistério na Escola Estadual Dr. Gaspar Vianna, cursou Licenciatura Plena em Letras na UFPA-Marabá e Mestrado em Letras – Estudos Literários na UFPA-Belém. Trabalhou como eletricista, foi bibliotecário por cinco anos e há 11 anos atua no magistério. Trabalhou 05 anos no CEFET-PA (hoje IFPa), onde ajudou na implantação do curso de Letras e foi coordenador do mesmo. Atualmente é professor da UFPA, Campus de Bragança. Aos 17 anos obteve o primeiro destaque em certames literários com o poema “Elegia de Maria”. Publicou Poemia (poesia – semiartesanal) em 1998; Mosaico Primevo (poesia) em 2008; e Riscos no Barro: ensaios literários (2009). É um dos organizadores da Antologia Literária Cidade. É membro correspondente da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense com sede em Marabá. É também contista e cronista, e está com um projeto de narrativa longa ‘em gestação’.

Abilio Pacheco, nasceu em Juazeiro (BA), viveu a primeira infância em Coroatá (MA), dos 07 aos 27 morou em Marabá, e hoje reside em Belém (PA). Estudou Eletricidade no SENAI-Marabá, fez Magistério na Escola Estadual Dr. Gaspar Vianna, cursou Licenciatura Plena em Letras na UFPA-Marabá e Mestrado em Letras – Estudos Literários na UFPA-Belém. Trabalhou como eletricista, foi bibliotecário por cinco anos e colaborador do Jornal O Correio do Tocantins. Como professor trabalhou em escolas particulares de Marabá (A Fazendinha e Colégio Alvorada) e públicas federais em Belém: dois anos e meio na Escola Tenente Rego Barros (ligada a Aeronáutica) e cinco anos no CEFET-PA (hoje IFPa), onde ajudou na implantação do curso de Letras e foi coordenador do mesmo. Atualmente é professor da cadeira de Literatura Brasileira da UFPA, Campus de Bragança. Aos 17 anos obteve o primeiro destaque em certames literários com o poema “Elegia de Maria”, na mesma época obteve destaque num concurso de redação do SENAI e foi primeiro lugar num concurso de Redação organizado pelo Rotary Club de Marabá para alunos de Ensino Médio de escolas públicas (mais de 600 participantes). Na década de 90, editou os fanzines Estigma-sia e Mosaico, juntamente com Eliton Moreira. Organizou as miniantologias poéticas Mosaico (formato semiartesanal) e alguns concursos literários. Foi membro do Conselho Municipal de Cultura de Marabá. Teve poemas musicalizados por Paulo Cardoso, tendo participado do Festival da Canção de Marabá numa das suas últimas edições. Publicou Poemia (poesia) em formato semiartesanal em 1998, Mosaico Primevo (poesia) em 2008, e Riscos no Barro: ensaios literários (2009). É um dos organizadores da Antologia Literária Cidade. É membro correspondente da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense com sede em Marabá. Participa de várias antologias literárias e é um dos organizadores da Antologia Literária Cidade. É também contista e cronista; está com um projeto de narrativa longa ‘em gestação’ e com a perspectiva de lançar um novo livro de poemas em 2010, baseado em parte no Salmo 137.

Abilio Pacheco é de Marabá(PA), mas reside em Belém(PA). É professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Pará, tendo, pela mesma instituição, graduação e especialização em Letras, além de mestrado em Estudos Literários. Como escritor, teve seu primeiro destaque aos 17 anos, tem 3 livros publicados (Poemia – 1998; Mosaico Primevo – 2008; Riscos no Barro: estudos literários – 2009). É um dos organizadores da Antologia Literária Cidade e membro correspondente da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense (com sede em Marabá).

No Prelo


Se a minha palavra é a minha busca
de uma vida inteira, em todo mundo
e ela dorme encantada à sombra
de um livro raro, quiçá
encontrá-la-ei num alfarrábio,
num sebo, numa biblioteca pública...
Quem sabe minha resposta ainda
esteja no prelo.
mosaico primevo 15 abilio pacheco



Escritura
(A Eliton Moreira e Ademir Braz)

Tecer versos é, por força, fazer sulcos em penedos,

Singrar as pedras todas do mar de si ao avesso,

Derramar suores em gotas no fero vigor do remo.



É ferir, à quilha da fragata, as artérias espumosas

Das altas internas vagas. É navegar por entre as rochas

E extrair exangues lascas — vergões por dentro e por fora.



É talhar a cerrados pulsos as pedras finas, mas duras.

E lapidar relevos pulcros em fendas pouco profundas.

É um árduo trabalho infruto, que só lega palmas sujas.



Mas é preciso fazê-lo! Alguém deve abrir as ostras

Abismadas em seu peito para juntá-las a outras

Iguais na casca e no meio, mesmo que estejam ocas.



Por fim: crer que vale a pena mineralizar as lavras

Como fulcros ao poema e inertes todas deixá-las

Inativas pelas fendas — palavras amortalhadas.



Para que tu, só tu possas sugar o cerne dos versos

Acumulados em poças pelos teus olhares tétricos

Que desmineram as horas e se desmentem eternos.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 16.)


Tessitura Noturna
(A João Cabral de Melo Neto)

Um latido apenas

não protege a rua

ele precisará sempre

que os cães o apanhem

e o lancem a outros cães

e a outros latidos

tal que somados todos

(latidos e cães) na noite

formem (no arcabouço

da matilha)

uma redoma protetora

em torno da rua.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 18.)


(Retrato II)
(A Cecília Meireles)

Eu também não tinha este rosto

assim tenso, assim denso, assim calvo,

nem olheiras e rugas

nem cabelos alvos.



Eu não tinha estes olhos de agora

tão rubros, tão turvos, tão vagos,

nem esta mão incerta,

nem dedos fracos.



Mal venho notando esta mudança

que lenta, constante e suave

do espelho vem desbotando

a minha face.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 23.)


Memórias de Março
(A Paulo Cardoso)

Quando amanheço... leito manso e lento

Nesta manhã sob este sol silente

A cidade desperta calmamente

Ao meu olhar atônito e em tormento.



Uma canoa tangida pelo vento

Com as lembranças da última enchente

Em mim desliza e a cidade sente,

À margem, nos degraus, um leve alento.



Mas a tristeza morre neste instante

Quando, no Pontal, o Itacaiúnas

Vem, farto de canoas, desaguar...



E sou, portanto, este olhar brilhante

Cheio de lembranças, de botos, de buiúnas...

Que corre lento assim de encontro ao mar...

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 30.)



Revisita à Casa Bipaterna
(Aos meus pais-avós Ezequiel e D. Nenê)

A mesma rua ainda observa imóvel porta,

janela e paredes da casa,

onde moram os nossos velhos, pai e mãe,

onde as aranhas pacientes esperam, à teia urdida intacta,

pelos insetos que tardam a vir,

onde pandora parece nunca ter aberto sua caixinha,

onde, porém, o relógio de hora em hora

nos lembra que tempo passa,

onde nós moramos sempre meninos

a brincar de enterrar tesouro,

fazer mapas, armar arapucas e pegar pombos,

onde à tarde ouvimos as histórias

que nosso velho sargento ainda conta,

onde há galinhas, marrecos, patos, perus,

capotes, porcos, cães, gatos

e uma garça de asa quebrada,

onde há uma laranjeira, uma mangueira, um jenipapeiro,

uma só saudade dentro de dois corações

e uma solidão abissal, que só eles conhecem.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 33.)



Inteligência Artificial
(ou Pinóquio pós-moderno)

Minha fada cor de céu,

Por mil pares de anos

Repito-te o mesmo pedido:

Faze comigo o que fizeste

com o filho de Gepeto.



Mas, acima de nossas cabeças

Toda nova era glacial passou

E com ela os filhos de Japeto.

Por mil pares de anos te peço...

Para que me transformes no que sempre fui,

Sem que nunca tenha sido de verdade.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 34.)


A demanda do Pássaro Azul



Pela floresta de grutas e rochedos,

noite a dentro, vida a fora, ambas inteiras,

comigo meus cães, meus gatos, meus medos e desejos

e do candeeiro, a luz, em corpo esguio de mulher.

Onde o pássaro azul?

No cemitério? No vale? Nalgum arvoredo?

A coruja sábia... silente.

Os mortos sonsos... sabentes.

O pássaro em canto algum da floresta,

ou da noite, ou da vida.

Sequer uma dica, sequer uma pista.

E durante a noite toda, a busca vã.

Mas, pela manhã, bem à vista

no lugar de sempre – engaiolado

e tímido, o pássaro – em casa.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 35.)



Luzes da Cidade
(A Charles Chaplin)


Deambulo em trapos pelas ruas...

E vejo você, serena e cega, alva e bela,

com uma cesta plena de flores claras.



Súbito amo-te! como uma criança a outra.

Simples como a rosa branca

que recebo e ponho na lapela.



Faço de tudo para que

— mesmo vendo-me trapalhão —

você contemple as luzes da cidade.

(In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.
pág. 49.)



Elegia da Noite


Entre penumbras e sombras

sobras e restos de cores

de luzes ausentes...



abertas asas de ave em

secreto luar de estrelas



: vives!



Entre orvalhos de aurora

cantares de galos e galos

em matinais cores...



claros horizontes abertos

estrelas falecidas


(In: morres!
In: Pacheco, Abilio. Mosaico Primevo. Belém: Ed. do autor. 2008.)

Abilio Pacheco
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

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