Mídia, Cinema e Violência
A nossa sociedade moderna é pautada demasiadamente em propaganda, a mídia dominou o ambiente áudio visual, virtual e todos os demais veículos.
Através desse excelente meio, podemos alavancar a carreira de alguém, mais ainda se for a destruição moral de uma pessoa, pois o que é ruim num instante se alastra.
A um tempo atrás, aqui no Brasil, no filme Matrix, um estudante de medicina entrou no cinema para matar as pessoas, armado de metralhadora; nos Estados Unidos, aconteceu recentemente na estreia do novo filme de Batman, onde todos gritaram desesperados, esperando apenas que o mocinho do filme saísse de dentro da película para salvá-los, ou pelo menos que a compaixão divina esteja apontada para aquela sala de sofrimento.
Muitos culpam o tipo de filme, outros encaminham o acontecimento como carma espiritual.
Todos nós sabemos que a nossa sociedade tem se modificado através do tempo, a população aumentando nos grandes centros, nos dá a impressão de fim de mundo com tanta violência.
A mídia trabalha como um pêndulo apontando para o bom e do mau caráter, contudo o que pensar sobre uma greve de professores que possa passar mais de cem dias e a imprensa não comenta diariamente cujo governo finge não acontecer nada?
Em contrapartida, quando aquele time de massa perde, o horror se estampa no rosto da torcida, pois podemos ficar cem dias sem educação, mas se o time do humilde ficar três partidas sem vencer, o mundo acaba. A imprensa vai diariamente às ruas para cobrir esse fato, até comediantes são contratados para isso.
O maior exemplo disso foi quando uma passeata como a que aconteceu na Avenida Sete de Setembro, há alguns anos, quando um “timeco” tricolorido estava na terceira divisão, gerou muito mais polêmica do que uma passeata de professores exigindo os seus direitos, cerceados pelo Estado, nesse mesmo palco de protestos.
O nosso país é desigual, a imprensa também é diferente, tem de todas as cores, algumas honestas e outras podres, ela tornou-se o quarto poder, onde um apresentador dramático, como aquele que finge chorar no seu programa, pode perfeitamente manipular telespectadores, que não têm poder de discernimento por não ter educação de qualidade, que agora praticamente inexiste e todas essas dificuldades podem perfeitamente criar mais um maníaco como esses que atiram em cinema, que graças a Deus, são poucos, mas não deviam existir propagadores de violência, entretanto o pior é que a nossa mídia passou a ser uma hipnotizadora de opiniões, de consumismo e de formação de caráter, tornando-se a verdadeira norteadora da comunidade onde “Tudo é Possível” basta ligar o canal e esquecer que o mundo existe e no outro dia e repetir tudo como se o mundo fosse acabar se a gente começasse a pensar...
Marcelo de Oliveira Souza: Pseudônimo SOM, natural do Rio de Janeiro, Professor de Língua Portuguesa, formado na Universidade Católica do Salvador. Pós-graduado pela Faculdade Visconde de Cairu com convênio com a APLB/UNEB; Membro titular do Clube dos Escritores de Piracicaba; da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências; da União Brasileira dos Escritores; da confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ; da Associação Poetas Del Mundo; participa de vários concursos de poesias, contos, publicações em jornais e revistas estaduais, nacionais e internacionais sempre conseguindo ser evidenciado pelos seus trabalhos louváveis. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS.
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