Bakhtin Desmascarado — História de um Mentiroso, de uma Fraude, de um Delírio Coletivo
Há um livro explosivo na praça, que ainda estou lendo, impressionado: “Bakhtin Desmascarado — História de um Mentiroso, de uma Fraude, de um Delírio Coletivo” (Parábola, 509 páginas, tradução de Marcos Marcionilo), de Jean-Paul Bronckart e Cristian Bota.
O livro tem um tom de cruzada e de guerrilha contra Mikhail M. Bakhtin e defesa radical de Valentín N. Volóshinov e Pavel Nikolaievitch Medvedev. Bronckart e Bota discutem aqueles que ficaram conhecidos como “textos disputados”. Publicados como “de” Volóshinov e Medvedev, seriam “de” Bakhtin.
Bronckart e Bota dizem que, ao se aproximar de Volóshinov e Medvedev, Bakhtin mudou a linha de seus estudos. Assim, embora apontados como “discípulos” de Bakhtin, este é que teria se inspirado nas ideias dos estudiosos.
Numa desmitificação brutal, Bronckart e Bota afirmam que Bakhtin era “plagiário” A principal obra de Medvedev, “O Método Formal nos Estudos Literários — Introdução Crítica a uma Poética Sociológica” (Contexto, 272 páginas, tradução de Sheila Vieira de Camargo Grillo e Ekaterina Volkova Américo), tem sido apresentada, por alguns críticos, como “de” Bakhtin. Na verdade, sustentam Bronckart e Bota, é mesmo de Medvedev. Os “aliados” de Bakhtin chegaram a caluniar Medvedev, apresentando-o como “carreirista”, “cínico” e “mulherengo”, com o objetivo de “diminui-lo”.
“Marxismo e Filosofia da Linguagem” (publicado no Brasil, pela Hucitec, como de Bakhtin) e “Freudismo”, também indicados como “de” Bakhtin, são de Volóshinov. A “fraude” teria sido cometida por Bakhtin com o apoio de aliados. Bakhtin teria copiado até conceitos de algumas obras de Volóshinov. Mesmo o livro “Os Problemas da Obra de Dostoivski”, segundo Bronckart e Bota, pode não ser de Bakhtin.
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