Graziela Costa Fonseca [Artista Plástica e Poeta Brasileira]
Poema Graziela Costa Fonseca
ESQUINA TROPICAL -
Esquina tropical
Verdadeira aquarela
Em tons abundantes, variações
De azul, verde, amarelo,
Vermelho, alaranjado, lilás.
Terracota aos tons de areia
Brancos lençóis estendidos,
Ondulantes, serpenteando,
Ao farfalhar dos coqueiros,
Transformando-se em alegria
Cantando como as sereias
Um som que já não se ouvia...
Mãos suaves, acariciantes...
Cheiros do mar,
Maresias, manguezais
Parecendo as Marias,
Rezando em romarias,
Enfeitiçadas, talvez,
Pelo litoral que inebria
Por tudo que é sagrado
Todas essas iguarias,
Tudo veio como um sonho
Liberdade e sabedoria,
Desejo de expressar
O que via e sentia
Em telas, prosa e poesia,
De uma esquina tropical!
SOLIDÃO
A solidão me espreita
Querendo se instalar
Não sei se por despeito
Pensando em me derrubar.
Uso o velho adágio:
“Perturba mas não derruba”
Continuo como sou
Sei como me defende
Alegria é minha arma
Entusiasmo o meu escudo
Com amor se vence tudo
A solidão não terá vez!
LUA PRATEADA
A lua surge radiante
Em noite prateada de luar
Escondendo as estrelas
Sem o brilho delas ofuscar
Afastando a escuridão
Espalhando na imensidão
Deixando o céu límpido e claro
Refletindo sobre o mar
Fazendo surgir entre as ondas
Uma estrelinha do mar.
O AMOR
Quero cantar
E decantar o amor.
Quero sonhar
Em busca do amor.
Quero me deleitar
Sentindo o coração
Palpitar de amor!
Quero compartilhar
Com quem necessita
Desse amor,
Força poderosa,
Centelha Divina
Que nos faz viver
Sentindo a beleza da vida
Pela presença do amor,
Pois só sabemos
O que é a vida
Quando aprendemos
E descobrimos
Verdadeiramente
O que é o amor!
NATURAL – NATUREZA
Segue gratuitamente
Maturi, madureza, maioridade.
Facetas múltiplas:
Alegre, transparente,
Imprevisível, atenta,
Indiferente, contente,
Assídua, dedicada,
Desligada completamente,
Autêntica
Vivendo “livremente”
Sem artifício
De maneira condizente,
Consciente.
Irritando-se normalmente,
Sem mágoas,
Vivendo intensamente
Com atenção,
Mania de arrumação,
Sem nenhuma carência,
Firmeza em atitudes e ações,
Parecendo incoerência...
Tudo guardado em segredo
Muito amor no coração!
MUSA MINHA
Onde andas musa minha?
Deixastes de ser criança
Não queres mais ser menina
Vivendo de esperanças
Sonhando em ser bailarina?
Musa minha, onde andas?
Mudastes o coração?
De endereço a razão?
Onde andas criatura?
Mente clara, sem cobrança,
Meiguice e tanta ternura,
Quero ver-te como criança
Esbanjando alegria,
Em intensa euforia,
Sem disfarce, como escape...
Quero ver tua maneira de ser,
Versejando, pintando e dançando...
Musa minha, onde andarás?
Não me deixes parar de sonhar,
Contigo quero sempre contar
Receber tuas inspirações,
Registrar bons momentos
Que a vida,
Afinal...nos traz!
MUITA LUZ
Preciso de luz,
Anão espaço vazio do coração,
Na compreensão de intenções,
Muita luz!
Na vibração das alegrias,
Na irradiação das harmonias
Amparadas na amizade
E na sinceridade!
Luzes armazenadas em meu peito,
Razão e sentimento de mãos dadas,
Num gesto de irmandade,
Não se deixando envolver
Por emoções exacerbadas
Fomentando desunião!
Quando se cumpre uma missão,
Por mais árdua que seja.
Necessitamos de fé e atenção,
Para apaziguar os ânimos
Com segurança vivenciarmos
A fraternidade conquistada
Em plena maioridade...
Assegurando
E reservando-nos sempre,
Total credibilidade!
Graziela Costa Fonseca
Todos os direitos autorais reservados a autora.
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