Aldo Moraes [Músico e Escritor Brasileiro}
Olhar; o romance Casassanta, Poemas do amanhecer e o livro infantil O Sonho do Arco Íris.
Sua obra é ampla, abrangendo Duas Sinfonias, Concerto para violão e orquestra, música de câmara e solos para diversos instrumentos, Três coleções de choros e valsas e diversas canções líricas para piano e voz.
Menção Honrosa no Concurso da Academia Mozarteum, na Áustria, em 1994, por Livro dos sonhos-piano e orquestra;
Ballade pour Peter Mieg, publicada na Revista da Fundação Peter Mieg, Suíça, em 2002;
Voto de louvor concedido pela Assembléia Legislativa do Paraná em 16/11/2004;
Quarto Lugar no XXV Concurso Internacional de Poesia, em 2008, com os poemas À Tom Jobim, Canto e Para Koelreutter II;
Menção Honrosa no Concurso Nacional de Literatura, promovido pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias,sediada no Rio de Janeiro, com o tema Euclides da Cunha (agosto/2009).
Criou em 1998, o Instituto Cultural Arte Brasil e desenvolve projetos artísticos, culturais e sociais. Foi Secretário de Cultura de Londrina.
Informações e contatos:
Aldo Moraes 0xx43 3334-3562 e 8417-7239
infoartebrasil@yahoo.com.br
Porcelana vã
Utensílio inconstante
Se é pelo chá, por que não os bules de alumínio?
Com seus brilhos.
Indefesa prontidão
Indefesa e sem álibi
Com o acréscimo do crime não cometido.
A não ser as rosas desenhadas na sua casca.
E que sorriem, mesmo sem respiração.
(Aldo Moraes)
Lê ‘óbvio
Lê’xcêntrico
Lê’minski
(Aldo Moraes)
Ver chover é um nada
E dobra-o indefeso lápis
Como faz com o obscuro.
O sítio, o armadilhado
Encruzilhado poder, inspiração Que não causa sentimento
Sofrimento ou bem algum.
Mas se curva a pena
Como a água por fazer
Brota a vida de uma cena
No papel de um só prazer.
Mas que papel, esse?
Que revela, tanto acende
Que é palha, é fogo e é
Fogueira que consente?
E que vida é esta,
Que quando não chora
Poesia, desembesta numa chama,
Que não se via
E há muito não se ardia?
Que tinta, que papel,
Quem dá a garantia( ? )
Pois permita inferno ou céu
Noite branda, tarde ou dia.
E esta vida, do nada
(papel manchado de ilusão )
ao nada, será, vai voltar
O que é o poema?
Para que foi feito o papel?
Para a ilusão das métricas-livres-decassílabos?
Para a afirmação da língua?
Ou a escravidão dos homens?
Ou ambas-todas?
Ambas coisa –coladas,de um lado claro véu que nada oculta e que se chama realidade vista.
Realidade apreendida.
E que o instante, o papel e o homem nu transformam em poesia.
Batem lhe à porta na esperança de um devaneio
Um meio, uma desbusca qualquer.
-Concisa, matemática, rebelde, indecente, oriental até.
Nem querermos de ilusão
Terra, ar e fogo e chuva.
O papel que dobra a mão
E tira versos da própria curva.
(Aldo Moraes)
Aldo Moraes
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
Nenhum comentário
Postar um comentário