Eu posso dormir enquanto os ventos sopram em minha vida? [Beth Landim]
Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso. Algum tempo depois, descobriram que o rapaz era inocente, ele foi solto, e, após muita humilhação resolveu processar seu vizinho caluniador. No tribunal, o caluniador disse ao juiz: Comentários não causam tanto mal… e o Juiz respondeu: – Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel, depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa e amanhã volte para ouvir a sentença!
O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse: – Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem! Não posso fazer isso, meritíssimo! Respondeu o homem. – O vento deve tê-los espalhados por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão! Ao que o juiz respondeu: Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos consertar o mal causado… e, continuou: Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada! Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos, escravos de nossas palavras! No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é… e, outras que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se! Quem ama não vê defeitos… quem odeia não vê qualidades… e quem é amigo… vê as duas coisas! Preste atenção em seus pensamentos, pois eles se tornarão palavras. Preste atenção em suas palavras, pois elas se tornarão atos. Preste atenção em seus atos, pois eles se tornarão hábitos. Preste atenção em seus hábitos, pois eles se tornarão seu caráter. Atenção em seu caráter, pois ele determinará seu destino!
Portanto, antes de Falar… Escute… Antes de Escrever… Pense… Antes de Gastar… Ganhe… Antes de Julgar… Espere… Antes de Orar… Perdoe… Antes de Desistir… Tente…
Perguntamos-nos, então:
Eu posso dormir enquanto os ventos sopram em minha vida?
Vamos tomar as rédeas enquanto é tempo, pois somente nós, seremos os responsáveis diante do nosso tempo que é um presente muito precioso para passar em vão.
Portanto, os verbos escutar, pensar, esperar, perdoar, tentar, amar… devem ser verbos recorrentes em nossa vida, fazendo ecoar em nós a nossa melhor forma de conduzir a nossa caminhada.
Como nos diz Saint-Exupèry: “Os seres são vazios, se não são como janelas ou clarabóias abertas para Deus.”. Que sejamos, efetivamente, essas janelas e clarabóias, sempre abertas, deixando a luz penetrar e ao mesmo tempo, sendo luzes e iluminando as pessoas que conosco dividem as trilhas do caminho… ora atalho, ora trilha, mas sempre caminho…
Com afeto,
Beth Landim
Fonte:
http://fmanha.com.br/blogs/bethlandim/
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