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Museu da Imagem e do Som e Rádio Nacional do Rio firmam parceria sobre acervo da emissora [Revista Biografia]

Museu da Imagem e do Som e Rádio Nacional do Rio firmam parceria sobre acervo da emissora

Akemi Nitahara
 Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Rádio Nacional e o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS) vão dispor, a partir de agora, do acervo completo digitalizado dos discos de acetato, usados até a década de 1970 para gravar os programas transmitidos ao vivo pela emissora. O acordo de cooperação assinado no dia  (05/06) pelo presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, e pela presidenta do MIS, Rosa Maria Araújo, garante a troca desses acervos digitalizados. 

O gerente regional das rádios EBC no Rio de Janeiro, Cristiano Menezes, disse que o acordo vai resgatar um recorte muito significativo do acervo da Rádio Nacional, grande parte dele doado ao MIS. “Esses discos de acetato foram doados para o Museu da Imagem e do Som de uma forma aleatória, sem critério. Grande parte deles continha trechos de programas que também estavam nos discos que ficaram na Rádio Nacional. As duas entidades então digitalizaram seus respectivos acetatos, e hoje o MIS e a Nacional estão trocando o conteúdo digitalizado das partes que cada uma retinha. Com isso, as duas entidades compõem o conjunto da obra no que diz respeito ao conteúdo digitalizado dos acetatos do acervo da Rádio Nacional”.

O material completo compreende os registros da emissora desde o final dos anos 1930 até o início dos anos 1970, com programas de auditório, musicais, humorísticos, narrações esportivas e radionovelas. A Rádio Nacional dispõe de cerca de 4.500 discos de acetato, enquanto o MIS guarda pouco mais de 5 mil deles. Cada um comporta meia hora de gravação, 15 minutos de cada lado.

Segundo a diretora técnica operacional do MIS, Célia Costa, o acordo é importante também para o museu, já que o acervo da Rádio Nacional é o mais procurado pelos pesquisadores ao lado da série Depoimentos para a Posteridade. “A importância é total, é enorme, o MIS é uma instituição que guarda a memória carioca em audiovisual. E a Rádio Nacional teve uma importância enorme nacionalmente, mas estava no Rio. Então é um acordo de enorme importância, nossa ideia é que a gente faça outras trocas no futuro”.

Por enquanto, o conteúdo não está disponível na internet, mas pode ser consultado tanto na Rádio Nacional como no MIS. As duas entidades planejam dispor o material online, mas ainda sem previsão. Está nos planos da EBC, também, montar o Museu do Rádio no histórico edifício de A Noite, na Praça Mauá. Quando isso ocorrer, o funcionário da emissora responsável pelo arquivo desde 1980, Alberto Luiz da Silva Santos, verá seu sonho realizado.

“Isto já está sendo um sonho, você unificar os programas, porque tinha uma parte no MIS e outra parte na Rádio Nacional. E hoje o sonho está sendo concretizado. Estamos conseguindo unificar a história da emissora. Para mim, é um sonho ver a Nacional com o seu museu, com tudo digitalizado, com um departamento de pesquisa para as pessoas usarem, porque nosso acervo é muito procurado”.

O acervo da Rádio Nacional no MIS conta com 38.731 discos de acetato, sendo 5.171 de programas radiofônicos e 1.873 gravações musicais inéditas. A maioria, 31.510, é gravações de 78 rotações, além de sete discos de efeitos sonoros. Quanto aos documentos, são 28.500 partituras, sendo 26 mil manuscritas. Há também 1.302 roteiros de programas.


 Revista Biografia

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