O TEOREMA KATHERINE, DE JOHN GREEN
Este post foi elaborado por Angélica Pina, publicitária e colaboradora do blog Universo dos Leitores
Colin Singleton está arrasado porque levou um fora de sua namorada, Katherine. A questão é que ele já passou por isso dezenove vezes. Isso mesmo: essa namorada era chamada de Katherine XIX, pois todas as namoradas que ele teve em sua vida também se chamavam Katherine e em todos os seus relacionamentos foram elas que colocaram um ponto final.
Como se isso não bastasse, Colin está deprimido pelo fato de ter acabado de se formar no colégio e não ter conseguido alcançar o status de gênio, que ele almeja desde a infância, quando foi descoberto que ele era um garoto prodígio. Seu pai é seu grande incentivador e desde muito pequeno o rapaz passa a maior parte do seu dia estudando idiomas, fazendo anagramas com tudo que ouve, decorando tudo que lê e desejando fazer algo importante que o levasse a ser famoso e reconhecido, o que o levou a sofrer bullying, ser chamado de nerd e não conseguir fazer amigos. Aliás, seu único amigo é Hassan, que, para consolar Colin, propõe que eles façam uma viagem sem destino.
Os dois amigos caem na estrada e vão parar na cidade de Gutshot, local onde vão fazer amigos, arrumar emprego e, principalmente, onde Colin finalmente terá seu “momento eureca” e decidirá montar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que vai permitir através de cálculos e gráficos prever quanto um relacionamento irá durar e quem será o “Terminante” e o “Terminado” da relação. Para ele, depois disso ele resolveria seus dois problemas: conseguiria Katherine XIX de volta e seria reconhecido como gênio. O problema é que construir o Teorema não será tão fácil quanto parece e algumas pessoas e acontecimentos irão mudar os pensamentos de Colin no decorrer da história.
Quem já conhece o autor John Green, reconhece semelhanças em seus livros: personagens e assuntos complexos, com histórias bastante verossímeis que fazem com que os leitores se identifiquem e até mesmo se apaixonem, além de uma linguagem rica que contém tanto gírias adolescentes quanto famosas citações e referências históricas.
O Teorema Katherine é narrado em terceira pessoa e, ao final, possui um apêndice com um amigo do autor explicando toda a matemática que foi usada por Colin na tentativa de construir seu teorema, mas Green, com seu bom humor e sinceridade, alerta que o apêndice é opcional e que quem não gosta de matemática pode não gostar da leitura ou não entender nada.
Alguns jovens e adolescentes, que costumam ser o principal público de John Green, talvez não se empolguem tanto com este livro justamente pelo fato de detestar tudo que seja considerado nerd e envolva cálculos, mas o livro possui uma história divertida e inteligente, que leva a reflexão e questionamentos.
Alguns trechos interessantes:
“(...) e quis cair no choro, mas em vez disso sentiu apenas uma dor no plexo solar. Chorar é algo a mais: é você mais as lágrimas. Mas o sentimento que Colin carregava era um macabro choro ao contrário. Era você menos alguma coisa.”
“Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?”
“Não acho que nossos pedaços perdidos caibam mais dentro de nós depois que eles se perdem.”
“Ele gostava de todos os livros, porque adorava o simples ato de ler, a magia de transformar os rabiscos de uma página em palavras dentro da cabeça.”
“Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário? Que estranho acreditar que um Deus lhe deu a vida e, ao mesmo tempo, achar que a vida não espera de você nada mais que ficar vendo TV.”
“Se tem uma coisa que eu sei nessa vida, é que algumas pessoas você só consegue amar e amar e amar, não importa o que aconteça.”
Fotografias de fãs:
Encontramos no Google Imagens algumas fotos super delicadas tiradas por fãs. Resolvemos compartilhar com vocês, vejam só:
E vocês, já leram o livro? O que acharam? Opinem e participem conosco!
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