Roberto
Codax é um escritor baiano nascido na pequena cidade de Teofilândia em maio de
1989.
Atualmente mora em Salvador, onde cursa Ciências Sociais pela
Universidade do Estado da Bahia (UNEB). É apaixonado por Ópera, Folk Rock e
filmes do gênero Drama. Também é compositor, poeta e suas principais
influências são Albert Camus, Arthur Schopenhauer e Hermann Hesse. Já
participou de antologias poéticas e atualmente está participando da 5ª edição
do projeto Poesias Encantadas organizada pelo escritor e produtor Guaçuano
Luciano Becalete.
Recentemente foi selecionado num concurso literário para
fazer parte do seleto grupo de autores que integrarão um livro de contos
intitulado Catarse, pela Editora Deuses.
Além destes projetos o autor também
está trabalhando no seu primeiro romance, um livro com bastante influência do
existencialismo, corrente filosófica pela qual o autor tem verdadeira paixão.
Guerreiro
Derrotado
Veja no que
me tornei, antes eu pensava
Que podia
abraçar o mundo inteiro,
Porem tudo
se desfez.
Momentos
felizes são como algodão doce
Dissolve-se
rapidamente.
Sua
sensação de prazer momentâneo
Logo
desaparece dando lugar ao fel.
A inércia
me envolveu totalmente,
Sinto-me
como guerreiro que após ser vencido
Só lhe
resta entregar a espada.
A morte lhe
seria a melhor saída,
No entanto
ele apenas ajoelha
E derrotado
aceita a sua condição de escravo.
Seu espírito
o deixou... Viver nada mais é
Que a simples
condição de estar vivo.
Seu coração
ainda bate porque é algo adverso à sua vontade,
Mas se
pudesse o faria parar.
E assim
segue trabalhando sem saber o porquê,
Alimentando-se
para não morrer e a única coisa que pensa
É em
consumir a si mesmo.
Epílogo do Mártir
A esperança a muito desvanecida
Canários cantam secamente
Esvai-se o ultimo fio de vida
Do bravo guerreiro valente
Grilhões prendem os punhos
Que outrora empunhou a espada
Sem recompensas ou alcunho
Sua causa era vingar a amada
Agora jaz sobre o tronco
E a vida não mais lhe pertence
E aqueles por quem lutou
Seu ideal não mais convence
A lágrima escorre-lhe à fronte
Pelo amor que lhe foi tirado
Em breve cruzará a ponte
Para viver eternamente ao seu lado
Louco, sonhador gentil
Por sonhar tem o sangue derramado
Sob o solo de um reino vil
Aonde as recompensas chegam com mal grado.
O
miserável
Quantos por tua culpa deixaram de existir
E hoje tu não cumpres aquilo pra que veio
És um estorvo sobre o mundo
Nenhum ser puro se manterá igual em teu meio
És um inescrupuloso, sujeito vagabundo
Pensas quantos seres úteis não nasceram
Depois que tu canalha já fecundo
Pensas quantas possibilidades se perderam
Para tu habitares este mundo
Hoje envergonhas tua estirpe, ó imbecil
Deixai tudo o que te deram, não és digno
Tu és tolo, egoísta e quase vil
Não mereces a maneira como te amaram
Pois pensares neste mundo estar vazio
Cuspiste sobre os seios que te amamentaram
Tu és um hipócrita, um ingrato quase vil
Se puderes, por favor, aqui não volte
Não és digno do teto que viveu
Pega as tuas tralhas a reboque
Volta para a solidão que sempre mereceu.
Roberto Codax
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
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