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Fonte da imagem: Reprodução/Huffington |
6 coisas que talvez você não saiba sobre Charles Darwin
Você imaginaria que um dos maiores nomes da ciência dos
últimos tempos tinha um gosto por comidas exóticas e não gostava de sua
aparência?
Por Fabrízia Ribeiro
Charles Darwin, o naturalista cujo trabalho sobre a
teoria da evolução fundou a biologia moderna, é um dos maiores cientistas que
já viveu. Apesar da figura de Darwin ser adorada por alguns e ignorada por
outros, o que nenhum de nós pode negar é a tamanha influência e legado que o
pensador nos deixou.
No último dia 12 de fevereiro, um dos maiores nomes da
ciência dos últimos tempos completaria 205 anos. Em homenagem ao aniversário de
Charles Darwin, confira algumas curiosidades sobre a vida e o trabalho do
pesquisador, conforme a seleção feita pelo site List Verse:
1) Darwin era ridicularizado por ser religioso
Apesar de quase não falar sobre suas crenças pessoais,
Darwin se declarava agnóstico nos seus últimos anos de vida. No entanto,
durante suas viagens, o naturalista era conhecido por sua religiosidade. Em sua
autobiografia, o cientista conta que era ridicularizado pelos marinheiros a
bordo do HMS Beagle por acreditar que a Bíblia era fundamental quando se falava
em moralidade.
Mesmo não frequentando qualquer tipo de culto
religioso, o jovem Darwin tinha convicção sobre a existência de Deus e a
imortalidade da alma. Em sua passagem pelo Brasil, o pesquisador ficou tão
impressionado com as belezas naturais que chegou a afirmar que essa seria uma
manifestação da grandeza divina. Por manter essas crenças, o pensador teve
dificuldades no início de sua conversão ao agnosticismo.
Fonte da imagem: Reprodução/Vermillion Library
2) Darwin cultivava um paladar exótico
O cientista não só tinha um paladar pra lá de esquisito
como também fazia parte de um grupo chamado “Glutton Club” (Clube dos Comilões,
em tradução livre), em que os membros se reuniam para provar pratos exóticos
que ainda eram desconhecidos do paladar humano.
Quando teve a chance de embarcar no HMS Beagle, o jovem
naturalista aproveitou a viagem para reforçar seu gosto e provar tatus, pumas,
tartarugas, novas espécies de pássaros e até mesmo um roedor desconhecido, que
ele descreveu como a melhor carne que já havia provado. Para celebrar o gosto
excêntrico do cientista, seus admiradores comemoram anualmente com um jantar
chamado “Phylum Feast”, onde são servidos os pratos mais esquisitos que você
pode imaginar.
3) Darwin fez uma lista de prós e contras sobre o
casamento
O fato de Charles Darwin ter se casado com sua prima,
Emma Wedgewood, é bastante conhecido. Porém, o que poucos sabem é que o
cientista pensou muito antes de realmente assumir esse compromisso. Receoso com
as obrigações do matrimônio, o pesquisador fez uma lista com os prós e contra
de se ter uma relação duradoura. Até aí, tudo bem. O engraçado é notar o tipo
de informação que o naturalista considerava positiva ou negativa com relação ao
casamento.
Entre os pontos favoráveis, Darwin elencou os filhos
(caso fossem da vontade de Deus) e a companhia constante de “uma pessoa que
pudesse amar e com quem pudesse brincar” que, curiosamente, ele considerava
“melhor que um cachorro”. Por outro lado, a solteirice interessava ao jovem
Darwin, já que casado ele não teria “liberdade para ir onde quisesse”, não
poderia “conversar com outros intelectuais nos clubes” e também não poderia
mais “ler nos fins de tarde”.
Mesmo com essa lista, digamos, engraçada, Darwin e
Wedgewood se casaram, tiveram dez filhos e ficaram juntos por 43 anos até a
morte do cientista.
Fonte da imagem: Reprodução/DNA Consultants
4) Darwin investigou um terremoto
Darwin passou pela terrível experiência de acompanhar
os acontecimentos que sucederam um terremoto de 8,8 pontos na escala Richter
que aconteceu no Chile em 1835. No total, o tremor durou dois minutos, mas foi
preciso apenas seis segundos para destruir a cidade inteira. O pesquisador
estava viajando com o HMS Beagle e, assim que chegou ao local, começou
imediatamente a investigar a origem do terremoto.
Ele descreveu a situação como “o espetáculo mais
horrível e interessante que ele já havia presenciado”. O jovem fez anotações
sobre os efeitos do desastre, particularmente das alterações que haviam
ocorrido na geografia do local. Além disso, ele recolheu o depoimento dos
moradores para reconstruir os eventos anteriores ao terremoto. Depois de
semanas de investigação, Darwin concluiu que o desastre havia sido causado por
uma cadeia de vulcões que ficava próximo à região e havia entrado em erupção
logo antes de tudo acontecer.
5) Darwin nunca negou sua teoria
Durante a segunda metade do século 19, quando Darwin já
era popular por seu trabalho científico, a figura de Elizabeth Hope começava a
ganhar destaque entre os evangélicos. Mesmo sendo bastante improvável que o
cientista e a evangelista tivessem se encontrado, um artigo publicado no jornal
batista Boston Watchman Examiner em 1915 reuniu as duas personalidades. A
notícia detalhava como Darwin havia convidado Hope e confessado a ela seu
arrependimento por ter desenvolvido a teoria da evolução.
Logicamente, a ideia de que Darwin havia negado sua
teoria fez sucesso entre os criacionistas, que usaram essa história como
resposta aos evolucionistas. Mas o boato foi desmentido em pouco tempo, já que
o naturalista afirmava repetidamente em sua autobiografia que havia se
dissociado do cristianismo e se aproximado do agnosticismo. A esposa de Darwin
nunca comentou sobre essa possível conversão, lembrando apenas que as últimas
palavras do marido foram “lembre-se da ótima esposa que você foi para mim”, além
de revelar que não estava com medo de morrer.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
6) Darwin não gostava de sua aparência
Além de constatar que o pesquisador sofria de uma série
de doenças físicas, alguns biógrafos apontam que Darwin tinha problemas com sua
autoestima e apresentava uma saúde mental instável. Acreditando que era feio, o
cientista se mostrava extremamente crítico com sua aparência. O naturalista
precisava da afirmação dos outros constantemente e chegou a recitar um mantra
várias vezes por dia para aliviar seus pensamentos obsessivos.
Apesar de ser um homem brilhante, Darwin também deixou
cartas que revelavam que ele era atormentado por esses pensamentos. De acordo
com essas cartas, ele sofria mais durante a noite: “Não consegui dormir e
qualquer coisa que eu tivesse feito durante o dia me assombrava à noite com a
mais vívida repetição”. O naturalista também temia passar suas inúmeras doenças
para seus filhos.
Fonte List Verse
MegaCurioso
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