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5 monografias sobre Bauman e a modernidade líquida [Vinicius Siqueira]

Zygmunt Bauman
5 monografias sobre Bauman e a modernidade líquida 

por Vinicius Siqueira
publicado no site colunastortas

A popularidade de Zygmunt Bauman parece estar em franca ascendência. Após sua aposentadoria, o autor começou a escrever freneticamente (mais até do que em seus anos de academia) e forneceu ao mundo uma leitura um pouco diferente da realidade social – o que aumentou a quantidade de trabalhos sobre Bauman e a modernidade líquida em programas de pós-graduação pelo mundo.

O autor passou a analisar a pós-modernidade sob o prisma da liquidez, como uma época em que nada é feito para realmente durar – um ponto no espaço e no tempo em que a fixidez das relações é trocada pela descartabilidade da simples conexão, elaborando o conceito de modernidade líquida. Em Bauman, a modernidade líquida não é a mesma coisa que pós-modernidade, pois a modernidade ainda não teria acabado, ela teria apenas se transformado internamente para uma versão consumista, ultraindividualista e despolitizada. 
 
Abaixo, listamos 5 teses, dissertações e monografias científicas que poderão ajudar a compreender a obra de Bauman e a modernidade líquida. 
 
5 trabalhos acadêmicos sobre Bauman e a modernidade líquida 
 
1 – Uma excursão pelo contemporâneo a partir do conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman – Wuldson Marcelo Leite Souza




Uma excursão pelo contemporâneo a partir do conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman

Nesta dissertação de mestrado, Wuldson Marcelo Leite Souza pretende analisar a contemporaneidade sob o prisma do conceito de modernidade líquida de Bauman. Seu trabalho é dividido entre uma análise do conceito de Bauman para modernidade líquida, uma análise sobre a globalização e suas consequências e termina por investigar a noção de fragilidade dos laços humanos.

“Para Bauman, a época atual é propícia para colocar a modernidade em avaliação. É um tempo de reflexão na qual a credibilidade e a validade das conquistas e falhas modernas podem ser debatidas, descartadas, revalidadas. Mas a era atual se mostra fluída, leve; há pouco espaço (ou mesmo intenção) para estabelecer rotinas; os poderes globais agem para desmantelar os laços efetivos/nacionais/sociais para proporcionar um aumento de fluxo de pessoas (porém nem todas têm passagem pelas fronteiras que separam a dura realidade do sonho de uma vida menos árdua) e capital em circulação”.

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2 – A sociologia da modernidade líquida de Zygmunt Bauman: ciência pós-moderna e divulgação científica – Cleto Junior Pinto de Abreu


A sociologia da modernidade líquida de Zygmunt Bauman: ciência pós-moderna e divulgação científica

A sociologia de Bauman passa por uma análise que podemos chamar de “sociologia da ciência” nesta dissertação. Cleto de Abreu visualiza o trabalho do autor polonês como localizado em um momento histórico em que o senso comum e a ciência perdem suas diferenciações mais visíveis. Seus livros passaram a ser best-sellers, coisa inusitada para um sociólogo, e sua obra aqui é vista em relação ao campo da cultura de massa.

“Como resultado, a sociologia da modernidade líquida, a despeito de sua pretensão científica, aproximar-se-ia das práticas de vulgarização da ciência, fenômeno mais amplo e difuso nos diversos domínios disciplinares e que encontraria no esquema teórico de Bauman sua expressão no campo sociológico”.

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3 – Desreferencialização: educação e escola na modernidade líquida – Martin Kuhn



Desreferencialização: educação e escola na modernidade líquida

Martin Kuhn resolveu abordar em sua monografia as dificuldades da construção de uma identidade no ambiente escolar que a desreferencialização da vida na modernidade líquida proporciona. Diante deste panorama, se faz necessário pensar na educação e na construção da identidade dentro do contexto escolar que fuja das necessidades puramente de mercado.

“Pensar a educação escolar em tempos que a identidade é marcada pela transitoriedade, pela fluidez é, sem dúvida, o desafio. Se ao longo da modernidade se compreendida a identidade como pertença a uma comunidade, um indivíduo integrado, enraizado na cultura, e se a educação era entendia, como nos diz Bauman, um produto a ser apropriado e conservado, então os conteúdos, os conhecimentos, as regras, os valores, a disciplina, os comportamentos rígidos e tempos cronometrados eram a base da escola e, portanto, da formação de identidades. Portanto, isso diz de um projeto.

Diferentemente, a sociedade líquido-moderna caracteriza-se pela cultura do “desencaixe”, não há mais identidades fixas. A educação, nestes termos, se caracteriza substancialmente pela imprevisibilidade das transformações contemporâneas”.

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4 – Novas Formas de lidar com o Processo da Separação Conjugal na Modernidade Líquida – Cristiane Santos de Souza Nogueira


Novas Formas de lidar com o Processo da Separação Conjugal na Modernidade Líquida

Por meio de entrevistas semidirigidas a jovens adultos separados, Cristiane Nogueira analisou a forma como os casais lidam com a separação tomando como base os estudos da contemporaneidade de Zygmunt Bauman e o conceito de modernidade líquida. A pesquisadora percebeu, em sua dissertação, que os processos de individualização se sobressaem em relação aos planos em conjuntos dos casais, gerando frustração na vida a dois – o trabalho também analisa todo o processo de separação, como a crise, a decisão, a iniciativa e a concretização da separação.

“Os relacionamentos contemporâneos só se mantêm enquanto proporcionam satisfação suficiente para ambos os cônjuges, e diante de uma crise conjugal, a solução mais rápida é a separação, no intuito de se ver livre do sofrimento”.

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5 – Lugares para amizade na sociedade contemporânea: caminhos educativos a partir da obra de Zygmunt Bauman – Rafael Bianchi Silva




Lugares para amizade na sociedade contemporânea: caminhos educativos a partir da obra de Zygmunt Bauman

Encontrar os lugares possíveis para o desenvolvimento da amizade é o objetivo de Rafael Silva, que, partindo da diferenciação entre “sociedade administrada”, ou seja, a modernidade sólida, movida pelo paradigma disciplinar, e a “sociedade líquido-moderna”, a dita “modernidade sem ilusões”, nossa sociedade líquida, em que o individualismo e o afastamento do espaço público se tornam regra juntamente com o imperativo do consumo. 

“Observou-se que na obra de Bauman, as dificuldades de conviver com o outro se materializam no conceito de “estranho”, que por sua vez, marca o afastamento da Diferença. O diagnóstico realizado pelo autor também nos leva a um debate acerca das relações mediadas pela tecnologia e o desenvolvimento de comunidades virtuais que mostram e mantém a fragilidade vincular de nosso momento atual”. 

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