Gosto de risos fáceis, de
abraços sinceros e de gente doida e feliz
Por Prof. Marcel Camargo
Artigo publicado no site
ResiliênciaMag
Gosto mesmo é das pessoas
doidas pela verdade, loucas para ajudar, malucas pelo bem estar do todo, pelo
contentamento natural, sentindo-se bem quando quem caminha junto também está
bem, sem inveja, sem mesquinharia alguma.
A sociedade nos dita regras
e normas de convivência, como se existissem manuais de como se portar perante
os outros, como se houvesse homogeneidade naquilo que podemos ou não fazer,
naquilo que devemos sempre sentir, em tudo o que é errado, inconveniente, e no
que é o correto. Esquecem-se de que sentimentos não vêm com manuais, muito
menos caráter. Esquecem-se de que não são as regras de etiqueta, mas sim o
nosso comportamento com o próximo, que nos define a essência humana.
Existem pessoas extremamente
polidas, bem vestidas, com um currículo acadêmico impecável, mas que não
cumprimentam ninguém por onde passam. Existem indivíduos que vivem em missas e
cultos religiosos, que ditam de memória qualquer versículo bíblico, que
participam ativamente dos eventos das paróquias, mas que só sabem fofocar e
criticar a vida dos outros. Não podemos confundir apenas o que vemos
superficialmente com o que cada um possui dentro de si.
Por outro lado, há pessoas
que são solidárias, acolhedoras, agradáveis, éticas, que nos abraçam com
verdade, que nos orientam com propriedade, que nos ouvem em silêncio
reconfortante, sem precisar se mostrar, brilhar, sem afetações. São os sorrisos
mais sinceros e curativos que existem. Pessoas que nos curam a alma, que nos
resgatam dos escombros emocionais, que nos guiam para longe do nosso pior, que
são felizes e por isso não aborrecem ninguém.
São aquelas pessoas doidas,
simplesmente porque não se ajustam às convenções impostas, caso tenham que
perder aquilo que as define, caso tenham que se anular para se adequar à
suposta normalidade de uma sociedade hipócrita, cujos discursos, em sua
maioria, cheiram a mofo. Na verdade, são doidas pela verdade, são loucas para
ajudar, são malucas pelo bem do todo, pelo contentamento natural, sentindo-se
bem quando quem caminha junto também está bem, sem inveja, sem mesquinharia
alguma.
Se prestarmos atenção em
tudo o que estamos perdendo, por conta de ficarmos dando importância a coisas
inúteis, a momentos que devem ser deletados sumariamente e a pessoas
desprezíveis, perceberíamos que falta muito pouco para sermos realmente mais
felizes e tranquilos. Falta apenas caminhar junto das pessoas certas, guardando
no coração somente o que nos fez melhores e nos desviando daquilo que não serve
para nada, mas nada mesmo. É assim que deve ser e é de nós que isso depende, de
mim e de você.
Prof. Marcel Camargo
Graduado em Letras e Mestre
em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como
Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É
apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.
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Um comentário
Excelente artigo pela verdade transcrita! Parabéns ao Mestre que tão bem nos fala. Amei! Concordo plenamente, pois essa é minha bandeira de vida.
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