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O "CLUBE DOS 27": A MÍSTICA QUE ENVOLVE A MORTE DE BRIAN JONES, JIMI HENDRIX, JANIS JOPLIN, JIM MORRISON, AMY WINEHOUSE E TANTOS OUTROS.

Grafite do Clube dos 27 em Tel Aviv, representando vários membros do clube. Da esquerda para a direita: Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Jean-Michel Basquiat, Kurt Cobain e Amy Winehouse.
O "Clube dos 27": a mística que envolve a morte de Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Amy Winehouse e tantos outros.

O Clube dos 27 é um termo que se refere à crença de que um número, anormalmente, alto de músicos da música popular que morreram aos 27 anos. Em abril de 2021, foi lançado o álbum Lost Tapes of the 27 Club, que foi produzido por inteligência artificial para sintetizar vozes em canções que os músicos do clube não puderam gravar.

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Fenômeno cultural

Começando com as mortes de vários músicos populares de 27 anos entre 1969 e 1971 (tais como Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, e Jim Morrison), morrer aos 27 tornou-se, e continua, um assunto perene na cultura popular, jornalismo de celebridades, e na história da indústria de entretenimento. Este fenómeno cultural, que veio a ficar conhecido como o "Clube dos 27", atribui um significado especial a músicos, artistas, atores, e outras celebridades que morreram com 27 anos, frequentemente pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas ou drogas, ou meios violentos como homicídio ou suicídio, ou acidentes relacionados com transporte. O fenómeno cultural deu crescimento a um mito urbano que as mortes das celebridades são mais comuns aos 27, uma afirmação que tem vindo a ser refutada por pesquisas estatísticas.

Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, e Jim Morrison morreram todos aos 27 anos entre 1969 e 1971. Na altura, a coincidência deu crescimento a algum comentário, mas, segundo o biógrafo de Hendrix e Kurt Cobain, Charles R. Cross, "Não foi até Kurt Cobain tirar a própria vida em 1994 que a ideia do Clube dos 27 chegou ao zeitgeist popular". Cross afirma que o "lançamento do conceito do Clube" pode ser traçado à crescente influência da internet e ao jornalismo sensacionalista de celebridades na cultural popular nos anos que se seguiram à morte de Cobain, como também interpretações da media de uma declaração da mãe de Cobain, Wendy Fradenburg Cobain O'Connor, citada no jornal local de Aberdeen, Washington, The Daily World, e subsequentemente levado mundialmente pela Associated Press: "Agora ele foi-se e juntou-se aquele clube estúpido. Eu disse-lhe para não se juntar aquele clube estúpido".

R. Gary Patterson, cronista de mitos urbanos da música rock, concorda com as interpretações de Cross e alguns jornalistas contemporâneos que a mãe de Cobain se referia a Hendrix, Joplin, e Morrison. Outros ligam a sua fala às então recentes mortes relacionadas com a heroína de jovens músicos de rock de Seattle, tais como Stefanie Sargent de 7 Year Bitch e Andrew Wood de Mother Love Bone. Por outro lado, Eric Segalstad, autor de 'The 27s: The Greatest Myth of Rock & Roll (Os 27s: O Maior Mito do Rock & Roll), afirma que ela se queria referir à morte dos dois tios de Cobain e o seu tio-avô, todos os quais cometeram suicídio. Cross, dispensou "a noção absurda que Kurt Cobain intencionalmente programou a sua morte para que se pudesse juntar ao Clube dos 27", notando que Cobain "quase tinha morrido de uma overdose de drogas em pelo menos duas dezenas de ocasiões no ano anterior à sua morte... [e] fez várias tentativas de suicídio em variadas idades."

Em 2011, dezassete anos depois da morte de Cobain, Amy Winehouse morreu aos 27 anos, levando a um renovado crescimento de atenção dos media ao Clube dos 27. Três anos antes, o assistente pessoal de Winehouse, Alex Haines, disse à imprensa britânica que Winehouse, então com 25, temia que se ia juntar a Jim Morrison, Brian Jones, e Kurt Cobain em morrer aos 27: "Ele achou que se juntaria ao Clube dos 27 de estrelas de rock que morreram com essa idade. Ela disse-me, 'Eu sinto que vou morrer jovem'".


Estudos científicos

Apesar da significância cultural dada às mortes de músicos e celebridades aos 27 anos, a afirmação comum de que elas são estatisticamente mais comuns nesta idade é um mito urbano, refutado por pesquisa científica.

Um estudo por académicos universitários publicados no British Medical Journal em dezembro de 2011 concluiu que não havia aumento no risco de morte para músicos com 27 anos, dizendo que existiam igualmente aumentos pequenos aos 25 e 32. O estudo afirma que músicos jovens adultos têm uma taxa de mortalidade mais alta que a população de jovens adultos geral, presumindo que "fama possa aumentar o risco de morte entre músicos, mas este risco não é limitado à idade 27".

Um artigo de 2014 do The Conversation sugeriu que provas estatísticas mostram que músicos populares têm mais probabilidade de morrer aos 56 anos (2.2% comparado ao 1.3% aos 27).


Na cultura popular

O Clube dos 27 aparece frequentemente pelo nome e referência e cultura popular e meios de comunicação. Várias exibições têm sido dedicadas à ideia, como também romances, filmes, peças de teatro, canções, vídeogames e quadrinhos.


Música 

O nome da canção "27" dos Fall Out Boy do seu álbum de 2008, Folie à Deux, é uma referência ao clube. A letra explora os estilos de vida hedonísticos comuns no rock and roll. Pete Wentz, o principal letrista da banda, escreveu a canção porque sentia que estava a viver um estilo de vida similarmente perigoso.

A canção "28" de John Craigie, que faz parte do seu álbum de 2009, Montana Tale, e do álbum ao vivo de 2018 Opening for Steinbeck, é escrito da perspetiva dos membros do Clube dos 27, Jim Morrison, Janis Joplin, e Kurt Cobain, enquanto cada um contempla a sua respetiva mortalidade e imagina o que poderiam ter feito de diferente "se eu pudesse ter chegado aos vinte e oito".

O tema é referido na canção "27 para Sempre" de Eric Burdon, no seu álbum de 2013, Til Your River Runs Dry.

A banda Letlive tem uma canção chamada "27 Club" no seu álbum de 2013, The Blackest Beautiful.

O álbum de estúdio de 2013 de Magenta, The Twenty Seven Club, faz uma referência direta ao clube. Cada faixa é um tributo a um membro do clube.

A canção de Daughtry, "Love Live Rock & Roll" do seu álbum de 2013, Baptized, faz uma referência ao clube com a letra "têm para sempre 27 – Jimi, Janis, Brian Jones".

O rapper Watsky faz referência ao clube na sua canção de 2014, "All You Can Do", com a letra, "Eu tentei juntar-me ao Clube dos 27; eles expulsaram-me." A canção faz também referência aos membros do clube; Amy Winehouse, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrison, e Brian Jones.

A música de 2015 de Mac Miller, "Brand Name" tem a letra "Para toda a gente que me vende drogas: Não a misturem com essa porcaria; espero não me juntar ao Clube dos 27". Miller morreu aos 26 anos, depois de consumir comprimidos de oxicodona falsificados que continham fentanil.

A música "27 Club" de Ivy Levan, lançada como um single promocional para o seu álbum de 2015 No Good, refere-se ao clube.

A canção "Colors" de Halsey, do seu álbum de estreia em 2015, Badlands, inclui a frase "Eu espero que chegues ao dia em que tenhas 28 anos".

O álbum de 2016 de JPEGMafia, Black Ben Carson, inclui uma música intitulada "The 27 Club", na qual a canção faz referência ao clube. Ele refere-se aos membros Jimi Hendrix, Janis Joplin, e Kurt Cobain.

A música de 2016 de Frank Ocean, "Nights", tem a letra "Nenhum isqueiro branco até foder o meu 28º", referindo-se ao mito do isqueiro branco associado aos membros do clube dos 27.

Adore Delano lançou uma música chamada "27 Club" no seu álbum de estúdio de 2017 Whatever, com a letra repetida "Todas as lendas morrem aos vinte e sete". Delano tinha 27 anos na altura do lançamento.

Em 2017, as MonaLisa Twins lançaram "Club 27", uma canção no seu álbum "Orange", sobre o Clube dos 27.

Juice Wrld referiu-se ao clube na sua canção de 2018, "Legends", onde diz "O que é o Clube dos 27? Não vamos passar dos 21". A música foi dedicada a XXXTentacion, que foi morto aos 20, e Lil Peep, que morreu de overdose aos 21.

The Pretty Reckless lançaram uma canção intitulada "Rock and Roll Heaven" no seu álbum de estúdio de 2021, Death by Rock and Roll. A canção é sobre o clube e menciona na letra Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. A vocalista Taylor Momsen escreveu a canção após entrar num estado depressivo pelas mortes do seu produtor Kato Khandwala e Chris Cornell. A banda de Momsen abriu o concerto na noite da morte de Cornell.

A música "Dark Side", de Blind Channel, a entrada finlandesa para o Festival Eurovisão da Canção 2021, incluiu a letra "Como o Clube dos 27, tiro na cabeça, nós não queremos crescer".


Vídeogames

No vídeo-jogo de 2016 Hitman, uma das missões no jogo, 27 Club, envolve matar um músico indie que está a celebrar o seu 27º aniversário.


Quadrinhos

O enredo central do mangá Shiori Experience, publicado pela primeira vez em 2013 por Yuko Osada, é um ritual demoníaco no qual uma pessoa faz contacto com o espírito de um músico do Clube dos 27. Em troca, eles têm de se tornar numa lenda de calibre semelhante até ao seu 28º aniversário para evitar a morte. A série apresenta personagens assombradas pelos membros do clube, incluindo Jimi Hendrix, Kurt Cobain, e Janis Joplin.

O cartoonista Luke McGarry criou o quadrinho "O Clube dos 27" para a MAD Magazine, estreando em 2018. A banda desenhada apresenta Jimi Hendrix, Janis Joplin, Brian Jones, Robert Johnson, Amy Winehouse, Jim Morrison, e Kurt Cobain como estrelas pop paranormais que descem do céu do Rock & Roll para salvar o planeta com a ajuda do médium mortal Keith Richards


Membros identificados

Por o Clube dos 27 ser inteiramente conceitual, não existem membros oficiais. As tabelas abaixo listam indivíduos explicitamente descritos como "membros" do Clube dos 27 por jornalistas e escritores, em vários livros e publicações.

Algumas mortes ligadas ao Clube dos 27 precedem a sua emergência como um fenómeno cultural. O músico de blues Robert Johnson, que morreu em 1938, é um dos músicos populares mais antigos incluído por várias fontes.

Apesar da associação original do clube com mortes de músicos populares, fontes posteriores começaram a ligar atores, artistas, atletas, e outras celebridades ao Clube dos 27. Rolling Stone incluiu o ator televisivo Jonathan Brandis, que cometeu suicídio em 2003, à lista de membros do Clube dos 27. Anton Yelchin, que tocou numa banda de rock punk mas ficou mais conhecido como ator de cinema, também foi descrito como um membro do clube na sua morte em 2016. Jean-Michel Basquiat também foi ligado ao clube apesar de ser conhecido maioritariamente como pintor, com a sua carreira musical a ser relativamente curta e obscura. 


Músicos normalmente incluídos no Clube dos 27



Supostos membros do Clube dos 27







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(com informações do Wikipédia)

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