Roselis Batistar - [Poeta Brasileira]
Ni pidió al angel una botica de remedios
Pues en sus piel había aceite
Y en sus pies había plumas
Qie eligieron el lecho azul
Donde su cuerpo renació.
México, 20-04-2010
TEU NOME CORPOREO
E verde a borda do teu nome,
Azulado o centro de gravidade do teu apelido
E drasticamente poroso o meio amarronzado de tuas pisadas.
Es um dinossauro herbivoro
E um felino no olfato.
Nao ha em teu prato nenhum osso
Nem ousas molhar tua lingua
Nas cataratas dos olhos pardos.
Devaneei teu nome:
Sai correndo pra fora daquele sonho,
Vi teu vulto que se assomava
E sorrateiramente se instalava
Em uma caixinha de musica.
Nao és fera, és mosqueteiro
No pictograma falso de um homem
Na velar sonora e atrevida
De um nome ambiguo em seu yod inicial!
Mas nao faz mal!
Volta às bordas verdes deste bandolim,
Ao azul centrado de uma nova sina.
Da a volta na esquina de um ideograma
Para criar o ouropel dos nossos nomes.
(Agosto 2009)
A CANETA DE MEU PAI
(Ao jornalista Oduvaldo O.Batista, in memoriam)
A caneta foi tua,
Brilhosa perpendicularidade de tuas ideias
De teus escritos.
ComO um mito ficou,
Simbolo metalico e fino
Da finesse do teu estilo.
A caneta ficou
No fundo de uma gaveta bagunçada
Aguardando a identidade olvidada
Pela indiferença de tuas galinhas de arribaçao
Aterrizando indiferentes
Diariamente
Para pinicar o milho esmagado do fuba.
A PLUMA QUE VIAJOU A CUBA
TEM ANSIAS POR SAIR
DO ANONIMATO LUGUBRE DAS CATACUMBAS
ABERTAS EM SEU PROPRIO LAR,
O LAR DE UM DEUS SOLAR...
A CANETA QUE FOI TUA EM TUA LAPELA
REMOÇA SOB UM POLEGAR
RENASCE ENFIM PARA O AMOR DAS VESTES
-TUAS CRIAÇOES EM RETOS DE PROTESTO;
A CANETA ERA O TEU CRAVO
UMA ESPÉCIE DE CAPELA
PRONTA SEMPRE AO ATENDIMENTO
DAS DONZELAS JA MADURAS
OU DAS MAIS VERDES DEIDADES;
CAVALHEIRO COMO UM DUQUE
PREENCHESTE O AR DAS FOLHAS
DO PAPEL DE JORNAL VELHO
CREPITANDO DOZE SINAIS.
NAO HA “AI” NA PENA BELA
DOUTO ESCUDO COLETIVO;
RESSUSCITANDO, PAI, ESTAS
NUM MASTRO DE CARAVELA
COMO O MARINHEIRO QUE FOSTE
ALHEIO A QUALQUER COBIÇA
ARTILHEIRO CERTEIRO NO ALVO
DE TODAS AS INJUSTIÇAS!
ESTAS VIVO, ODUVALDO, EM PAPÉIS NOVOS
TEUS DIZERES EM MEUS ESCRITOS
TUA VOZ EM NOSSOS USOS
QUANDO APONTAVAS O ABUSO DOS SUINOS,
QUANDO DENUNCIAVAS A LASCIVIA DOS URUBUS!!!
ENCONTREI TEU LAPIS
TUA LUZ
TEU CRAVO RUBRO
TUA ARMA DE CANHAO DENUNCIADOR;
ESTAS VIVO COMO O SOL DO ANOITECER
NESTE RAIO QUE CONFIGURA TUA PALAVRA
NESTE TORPEDO QUE É A VIA INESGOTAVEL
DE UM GUERREIRO LUTADOR
(JUNHO 2009-10-06)
POEMAS DO REGRESSO E DO RENASCIMENTO
-Cores de Guerra e de Paz-
Nao havia cinza no caleidoscopio
Nem cor de opio.
So ónix, so carvao, so hematita
-esta negra pedra nordestina-
E na busca das cores rubras da trincheira
A guerreira sai para o vale ensolarado
Celebrando o rubi que jaz cansado
E que descansa às margens
Entre os seixos brancos do riacho!
Nova vida se anuncia
No caleidoscopio da magia
Na pausa aos estilhaços de corais
Que mesmo aquaticos
Queimavam mais
que qualquer napalm.
Cede o silvo daquele odio
Ao sorriso de um roseiral espreguiçado
Pelos sigilos que o acabrunhavam tanto!
E o arco-iris que da a paz do pranto
Que reluz com o fulgente raio
Com o fulgor da vida
Na paisagem rejuvenescida de qualquer começo.
(México, 3-04-2010)
SENCILLEZ II
Sí , estoy preocupada como hada retrazada
Sin su varilla anacarada y mágica
Al pendiente de mis seres tan pequeños
Quedos pajarillos sin las migajas de mis brazos.
No tengo tiempo para tí ni para el alma
Te dejo la hoja, el cuaderno , la acuarela
Esperando alcanzar la vitrina en el salón de tus libélulas
Para ver allí el oasis refrescante de mis tardes.
Roselis Batistar
Todos os Direitos Autorais Reservados a Autora.
Um comentário
Cara Professora Roselis:
Valho-me de um chavão machista ("o que é bonito é para se [sic] mostrar"), a fim de dizer-lhe o seguinte: "o discurso bem elaborado é para mostrar". Acredito, com todas as minhas forças, nisso: o discurso bem construído orienta, sinaliza o Norte aos desavisados de tudo, àqueles que, tomando o rumo certo, jamais cessarão de seguir em frente.
João Adalberto Campato Jr.
Postar um comentário