Selmo Vasconcellos
*Nasceu em Bangu, bairro do Rio de Janeiro, RJ e reside em Porto Velho, RO desde
1982.
Servidor público estadual da SECEL/Biblioteca Dr. José Pontes Pinto.
*Administrador, editor de cultura, divulgador cultural e escritor ( poesias,
contos e crônicas ).
*Obras publicadas ( poesia e prosa ) :
REVER VERSO INVERSO ( 1991 ),
NICTÊMERO ( 1993 ),
POMO DE DISCÓRDIA ( 1994 ),
RESQUÍCIOS PONDERADOS ( 1996 )
LEONARDO, MEU NETO ( antologia, 2004 ).
Livretos independentes ( poesia ) :
MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas ( 1999 ),
DESABAFOS em memória de ROY ORBISON ( 2003 ),
REVISTA ANTOLÓGICA “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero
Cultural” ( 2004 ).
*Livretos de poesias traduzidos : francês, inglês, alemão, italiano, japonês,
russo,
grego, romeno, macedônico, esperanto e espanhol.
*38 Prêmios Nacionais ( RJ, GO, SP, DF, SE, MG e RO )
*20 Prêmios Internacionais ( EUA, Grécia, Espanha, Canadá e China
).
*Membro de 22 Entidades Culturais ( Brasil, Portugal, EUA, Espanha e Grécia ).
*Participação em
Periódicos Literários ( Brasil, EUA, França, Bélgica, Grécia,
China, Itália, Venezuela, Romênia, Macedônia e Espanha ).
*Editor da página literária impressa e semanal LÍTERO CULTURAL / jornal Alto
Madeira, Porto Velho, RO, desde 15 de agosto de 1991. Cerca de 2600
colaboradores em 37 países.
*BLOGS :
http://antologiamomentoliterocultural.blogspot.com
http://orebate-selmovasconcellos.blogspot.com
POESIAS
MATA
Hoje me mata
Violentamente
Com este machado.
Mas,
Amanha das minhas flores
Te farão uma coroa.
Do meu caule
Sua urna mortuária.
Aí sim,
Irás de encontro
Com a minha raiz.
Eu te esperarei
Lá em baixo.
***
Oh!
Cadáver decomposto, putrefato,
Jaz
inerte para sempre e de fato.
Após
silenciar a voz de muitos outros,
Num
simples gesto, num simples ato.
EU SOU... O CHÃO
Eu
sou o chão
Que
pisam, cospem, dormem,
Às
vezes, plantam flores.
Que
andam, sentam, cimentam,
Às
vezes, ajoelham para Deus.
Que
me atropelam, furam, quebram,
Às
vezes, revolvem.
Que
mancham de sangue quando feridos.
Eu
sou o chão
E
não me reconhecem.
***
Ontem
não foi um dia qualquer
Não
entrei num bar qualquer
Não
tomei uma bebida qualquer
Não
amei uma mulher qualquer
Não
fui um chato qualquer.
E
hoje ?
***
Sempre
que olho no espelho
Virtualmente
vejo criança
Com
fome e sem nome.
Os
governantes quando olham
Realmente
só vêem a barba para fazer
E
a olheira da noite mal dormida.
***
Todo
dia é a mesma coisa,
Sempre
as mesmas palavras,
Mesmos
assuntos,
Repetição,
continuidade
Muda
muito pouco
Muito
pouco mesmo.
***
Atrás
de grades enferrujadas
Partículas
de sangue, suor, lágrimas
Corpos
doloridos, sofridos, maltratados
Pagando
bem caro
Crimes
outrora praticados.
***
Ah!
Como confio nas veneráveis crises :
Conjugal
Asmática
Política
Econômica
Social
Energética
Etecetera
e tal...
***
ATENÇÃO
Povo
babaca
Sou
CANDIDATO
Sou
HONESTO
E
vou te ROUBAR.
***
Vim
Vi
Vendi
Pudera
SOU
VENDILHÃO.
***
Pau-Brasil
Brasil
sem pau
Tudo
em Portugal.
Selmo Vasconcellos
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
2 comentários
Parabéns a Revista Biografia, Selmo merece este reconhecimento, pelo ser humano, pelo amigo, pelo poeta e ativista cultura de sempre. Parabéns! Parabéns! Saudadçoes de poesia!
Eurídice Hespanhol
Sempre admiro o trabalho de vocês e me faço presente de versos em versos como estes...
Um grande abraço
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