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Edelson Nagues [Escritor e Poeta Brasileiro ]

Edelson  Nagues. Natural de Rondonópolis/MT, servidor público e revisor de textos, além de escritor e poeta diletante. NAGUES (nome literário de EDELSON RODRIGUES NASCIMENTO), Oficial de Justiça do TJDFT, venceu, recentemente, o X PRÊMIO LIVRARIA ASABEÇA, com o livro de poemas “Águas de Clausura”. 

Formado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, Edelson Nagues também estudou Filosofia (na UFRN, em Natal/RN) e é pós-graduado em Língua Portuguesa pelo UniCeub (Brasília/DF). hoje é uma das importantes vozes da literatura mato-grossense.

O concurso, parte das comemorações do 30º aniversário do Grupo Editorial Scortecci, consistiu na escolha de um livro de poesia por região, a serem publicados pela Scortecci Editora, com lançamento na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto deste ano, e distribuição nacional. Foram mais de 380 livros inscritos no certame literário, de várias cidades brasileiras. 

Foram mais de 380 livros inscritos no certame literário, de várias cidades brasileiras.  O lançamento do livro será realizado na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto deste ano.

O concurso é parte das comemorações do trigésimo aniversário do Grupo Editorial Scotecci e consistiu na escolha de um livro de poesia por região, a serem publicados pela Scortecci Editora. Esta não é a primeira vitória  do escritor, rondonopolitano que vive em Brasília há 15 anos. De 2008 para cá foram mais de 20 premiações em concursos literários nacionais, tanto em poesia como em ficção.
Edelson Nagues possui textos publicados em diversas antologias literárias e em vários sites, blogs e revistas eletrônicas, na internet, e neste ano lançará dois livros. No primeiro semestre, o livro de contos “Demasiado Humano”, pela mesma Editora Scortecci, com lançamentos em São Paulo, Brasília e Cuiabá. No segundo semestre sairá o livro de poesia premiado no concurso da Livraria Asabeça, “Águas de Clausura”.

Projetos

Edelson Nagues possui o projeto para um romance histórico ambientado em Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital do Estado de Mato Grosso. Maduro o suficiente no domínio de seu ofício, o escritor sente-se preparado para esse desafio, que demandará, entre outras atividades, um árduo trabalho de pesquisas.

Prêmios

Dentre as premiações do escritor e poeta mato-grossense, destacam-se: XX Concurso Nacional de Contos “José Cândido de Carvalho” (2011, Campos dos Goytacazes/RJ), XXXIII Concurso “Fellipe d’Oliveira” (2011, Santa Maria/RS), IV Concurso Nacional de Contos do Sesc-Amazonas (2010, Manaus/AM), II Concurso “Claudionor Ribeiro” de Contos (2011, Cachoeiro do Itapemirim/ES), Concurso Novo Milênio de Literatura (Vila Velha/ES, 2010), VI Desafio dos Escritores (Brasília/DF, 2010), Prêmio Literário “Teixeira de Sousa” (Cabo Frio/RJ, 2010), Concurso Nacional de Contos de Porto Seguro/BA (2009), XL Concurso Literário “Escriba” (Piracicaba/SP, 2009) e II Concurso Literário “Rachel de Queiroz” (Brasília/DF, 2008), entre outros.

 
Prêmios Literários
* XII FESTCAMPOS DE POESIA FALADA (2011 - Campos dos Goytacazes/RJ)
lugar - “A borboleta e o muro”;
* XXI CONCURSO NAC. DE CONTOS “JOSÉ CÂNDIDO DE CARVALHO” (2011 - Campos dos Goytacazes/RJ)
lugar - “A alma do blues”;
* 1º CONCURSO LITERÁRIO AMLAC (2011 - Vinhedo/SP)
lugar - “Cinzas do silêncio”;
*PRÊMIO LIVRETO DIGIT-AL 2011 (UNEAL – Univ. Estadual de Alagoas)
Selecionado para a antologia - “Sete faces do acaso”;
* V CONCURSO LITERÁRIO DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP (2011)
Selecionado para a antologia (poesia) - "Contrapontos";
* XXXIII CONCURSO FELLIPE D’OLIVEIRA (2011 – Santa Maria/RS)
lugar na categoria “Poesia” – “Sobre tempo e memória”;
* III FESTIVAL DE POESIA FALADA DE SÃO FIDÉLIS/RJ (2011)
Entre os 20 finalistas – “Contrapontos”;
* III CONCURSO CLAUDIONOR RIBEIRO DE CONTOS
(2011 – Cachoeiro do Itapemirim/ES)
Destaque: “Cinzas do silêncio”;
*IV CONCURSO NACIONAL DE CONTOS DO SESC-AMAZONAS (2010 – Manaus/AM)
lugar – “O ventríloquo”;
* DESAFIO DOS ESCRITORES (2010 – Brasília/DF)
Prêmio de Melhor Poema – “Sobre tempo e memória”;
lugar na classificação geral (Gênero: Poesia Livre – 10 etapas);
* CONCURSO NOVO MILÊNIO DE LITERATURA (2010 – Vila Velha/ES)
lugar na categoria “Contos” – “O sósia”;
* PRÊMIO LITERÁRIO “TEIXEIRA E SOUSA” (2010 – Cabo Frio/RJ)
lugar na categoria “Contos” – “Ao vivo”;
* CONCURSO DE POESIAS “AUGUSTO DOS ANJOS” (2010 – Leopoldina/MG)
Entre os 10 finalistas – “Sobre dores e abandonos”;
* XXII CONCURSO NACIONAL DE CONTOS CIDADE DE ARAÇATUBA (2009 – Araçatuba/SP)
Finalista – “O sósia”;
* XL CONCURSO LITERÁRIO ESCRIBA (2009 – Piracicaba/SP);
Selecionado entre os 20 primeiros, para a antologia de contos – “A caçada”;
* II CONCURSO LITERÁRIO “RACHEL DE QUEIROZ” (2008 – Brasília/DF)
lugar na categoria “Contos” – “Enquanto ela dormia”.

Poesias Edelson Nagues 

MUNDOS
                        
I

Solidão – esse é o nome
do mundo a que pertenço.
Entre milhões, solitário,
carrego a vida in progress
e um projeto de morte.
Sem plano de voo que o valha,
entrego-me a tal desdita
como  quem se fizesse escravo.


II

No trajeto, me deparo
com seres também solitários.

Traçamos, então, paralelas
que insistimos trilhar.
Mesmo que olhares, mãos,
gozos e outras ânsias
se cruzem por linhas incertas.

(Pois solidões que se toquem
ainda serão solidões.)


III

De onde vem o solitário?
Qual a linhagem? a essência?
o ponto de interseção?

A resposta, em parte,
acaba por revelar-se
na face de cada um:

o solitário, por certo,
vem de outro mundo
– o de dentro.
O resto é só disfarce.

(Livro Águas de Clausura)


CAUDAL

Singro o rio multifário
das verdades ocultas,
das hordas dissimuladas
desses homens absurdos.

Sinto-me também absurdo,
nestas águas de clausura.
E tanto – sutil paradoxo –,
que me liquefaço, inerme,
pela correnteza atroz.

Para que nasça, de mim,
um ser que resuma tantos,
como parte da carência,
como projeção em outros
tão iguais e tão diferentes
entre si, entre todos. Entre
fios de redes ancestrais,
que submetem ao destempo.

Este rio caudal, que anseia
um mar sereno (horizonte
obliterado): deságue
de seus veios transversais,
repletos de anomalias
em corpos boiando no limbo,
com a carne lacerada
pela negação e o desdém
de seres também anômalos.

Estranho que sou, de mim.
Eles (o espelho que evito)
me cindem e me englobam.
Eles me são. Enquanto sangro,
nas vagas da incompletude.
Às vezes, em versos vãos;
noutras, em orgasmos tristes
(gestos vagos, pela ausência
de um olhar que os ilumine).

Esperança per se:
seres em si e nos outros.
Mãos que assim delineiem
um mar ainda possível.

(Do livro "Águas de Clausura)

 
SOBRE DORES E ABANDONOS
I

Tua dor é a minha morada.
Mas sou bêbado errante,
à procura de um bálsamo.

Estar contigo
é definir meu lugar no mundo.
(Como um animal ferido vislumbrasse sombra
à beira de um rio de águas límpidas,
e numa pedra macia repousasse a cabeça,
à espera do fim.)


II

Não sei quem és.
Nem sei quem sou.
(Busco respostas na poesia,
mas a poesia é inútil.)

Nós dois: o munduniverso.
(Falácia que inventei
como um ponto de fuga
– mas a palavra em si
é também um labirinto.)


III

Por mais que eu percorra desvios,
esquinas, becos, outros corpos,
retorno sempre ao não-lugar
em que te escondes de mim
(e, ensimesmada, de ti).


IV

Resigno-me, tal cordeiro
(eu, que nem sou dado
a essas metáforas tolas),
e me quedo, silente.

Se há saída, não sei.
Aliás, não me interessa.
(Há muito deixei ao acaso
a direção dos meus passos.)


V

O que desejo, enfim,
é dormir o sono tranqüilo e inocente
dos calhordas,
e acordar sem cansaço ou culpa.

Ou ainda, quando insone,
acender um cigarro
(eu, que nem fumo)
e, pela janela do milésimo andar,
entre uma baforada e outra,
ver a cidade diluir-se em luzes e abandonos.
E acompanhar a dança imprecisa
da fumaça
a tecer teu holograma-esfinge,
que se esvai entre meus dedos,
na impossibilidade mesma
do toque.


Fontes:
Diario de Cuiabá
Gazeta Digital

Edelson Nagues
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

2 comentários

geraldo trombin disse...

Grande Edelson... relendo... readmirando... regostando... inspirando...abração...

Unknown disse...

Parabéns Edelson! Sua poesias são belíssimas! Um abraço.