Política Cultural [Luiz Carlos Amorim ]
imagem-google |
Dia destes, li um artigo sobre política cultural e tive que concordar com alguns pontos levantados pelo autor. Por exemplo: a cada novo governo que toma posse nos estados, no nosso e na maioria deles, faz-se planos e mais planos para a cultura. Discute-se muito e chega-se à conclusão de que “desta vez vai funcionar”.
Já estamos no quarto semestre do novo governo em nosso estado, e as coisas não foram muito diferentes: muito se falou em cultura, mas de concreto, nada ainda. O CIC – Centro Integrado de Cultura, onde funciona a FCC, o maior teatro da capital, e outras entidades culturais, está em reforma há quatro anos e as datas de entrega continuam sendo adiadas, apesar dos muitos milhões de dinheiro público gastos lá. Um teatro de quase mil lugares fechado por quatro anos anos, sendo que só recentemente foi iniciada a reforma prometida. Estamos esperando que a coisa ande e que responsabilidades sejam apuradas.
Esperamos, também, nova edição do Prêmio Cruz e Sousa e o segundo Edital para compra de livros de autores catarinenses para distribuição às bibliotecas municipais, prometido para o ano retrasado, mas que não saiu. Trata-se de uma lei que há quase vinte anos não vinha sendo cumprida e que teve, finalmente, um edital na gestão de Anita Pires. E precisamos de mais integração da capital com a cultura de todo o Estado, mais atenção da Secretaria de Cultura e da FCC a todas as manifestações culturais catarinenses, de qualquer cidade catarinense. Será que as coisas andarão melhor, neste novo governo?
Precisamos de uma secretaria estadual exclusiva para a Cultura, não é de hoje, para que a cultura catarinense, espremida entre o turismo e o esporte, não continue relegada a último plano.
Na verdade, precisamos muito de uma política cultural atuante, que não fique só nas promessas. Não basta que se estude, que se discuta, que se planeje, que se faça leis que não são cumpridas. Temos, em SC, boas iniciativas que funcionaram, como o Prêmio Cruz e Sousa de Literatura, que concede os maiores prêmios em dinheiro do país, além da publicação dos livros, de âmbito nacional.
Prêmios que poderiam ser menores, talvez, para que se pudesse viabilizar outros projetos. Uma boa política cultural não seria dividir os recursos de maneira que mais projetos culturais fossem contemplados e que um público maior fosse agraciado, beneficiado? O Conselho Estadual de Cultura foi empossado recentemente, vamos fazê-lo funcionar.
Nenhum comentário
Postar um comentário