As dores introduzidas na alma causam-nos tristezas, e ao senti-las, perdemos a capacidade de nos expressar; tornamo-nos precipitados, desatentos e também direcionamos instabilidades a quem amamos.
A reflexão para muitos é ação sem forma, peso ou medida definida; no entanto, quando incorporada no dia-a-dia, inicialmente pode até nos causar grandes impactos. E isso, por não entendermos que para entender e aceitar o que somos, devemos inicialmente separar a ilusão da realidade; reconhecer e assumir as variáveis das instabilidades comportamentais e gradualmente eliminar as bactérias promotoras das nossas fraquezas, muitas vezes confundidas com sensibilidade.
Quando descrevemos as dores sentidas no corpo físico, o fazemos de forma precisa, e todos, por menor que seja a capacidade de compreensão, entenderão o nosso sofrimento; porém, existem outras dores que se apresentam em forma de sensação, elas nos atingem agudamente e por maior que seja o esforço para descrevê-las não conseguimos expressá-las; no desespero perdemos a capacidade de nos compreender e nos aceitar.
As depressões, os medos, as compulsões, os complexos e as angústias são patologias da alma e nos causam males mais intensos que os males sentidos no corpo físico.
Não devemos esquecer que tudo o que pensamos concretizamos; independente de ser positivo ou negativo, os efeitos apresentar-se-ão a curto, médio ou longo prazo.
Refletir é mergulhar nas causas e identifica-las, mas nunca como enfermidades, e sim, como desafios a serem superados. Essas causas poderão emergir como telas abstratas, e aos poucos, à medida que limpamos o subconsciente e o inconsciente, no consciente firmaremos a visão cristalina do que fomos, do que somos e irremediavelmente do que seremos.
Entenderemos, e gradualmente obteremos a obra maior; a compreensão de que tudo que se refere às dores vinculadas à alma são consequências, sinalizando-nos que não estão sendo tratadas devidamente; agravam-se e transformam-se em distúrbios que nos dificultam o autoconhecimento.
Não devemos nos valer dos falsos mecanismos de defesa, subterfúgios que uma vez infiltrados, levam-nos à acreditar que através da ilusão nos será possível eliminá-los.
É importante deixar os pensamentos, ideias e desejos aparentemente inconscientes fluírem. Assim, identificaremos as infiltrações alojadas, que sufocam o conteúdo original; com este procedimento, as tendências desconhecidas, porém, gravadas no diário mental, tornar-se-ão valioso material de trabalho, que nos permitirá definir o que realmente podemos vir a ser, e se desejarmos ir mais longe, teremos o agradável encontro com a própria verdade, entenderemos que a felicidade dependerá do estado que o nosso espirito se encontrar.
Nada será definitivo; portanto, para iniciarmos as reformulações desejadas às reflexões devem ser conscientes, exigirão coragem e principalmente determinação.
Para delinear o nosso bem - estar, devemos selecionar o que julgamos essencial, sem esquecer o periférico; isto, não nos levará a exaustão!
Nos momentos em que nos negamos a oportunidade de refletir, já podemos nos considerar vencidos; devemos suplantar as sugestões que nos induzem as fugas e evitar a recorrente auto - piedade.
Refletir não é somente pensar, mas acima de tudo analisar detalhadamente se existem ou criamos situações que acreditamos serem intransponíveis.
Ao dar-nos o direito de refletir sobre um determinado assunto que nos é incomodo, já estamos oferecendo-nos o direito da liberdade e de vivê-la intensamente, distanciando-nos dos tormentos das obsessões.
Não existem ações sem reações.
As mudanças, podemos não compreende-las no inicio, mas, após a leitura e interpretação do nosso diário mental, passaremos a entender que não sofremos, mas que voluntariamente nos impomos impiedosamente ao flagelo consciente e desnecessário.
A verdadeira e única base da reformulação comportamental do homem, começa na reestruturação da consciência.
Maria Anita Guedes, Escritora, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta, nasceu na Bahia, tem 07 obras publicadas e participações em Antologias. Reside em Portugal, é filiada ao SINTE (Sindicato dos Terapeutas) – nº 30611, no SBAT (Sociedade Brasileira de Autores) – nº 32364, na UBE (União Brasileira de Escritores) – nº 4186, membro nº 2 do EEIJG (Espaço da Espiritualidade Independente Jorge Guedes). Iniciou as atividades em 1999, desde então vem conquistando credibilidade junto a comunidade médica e espiritualista. Desenvolve pesquisa na área comportamental, energética, psicografia e aprimora métodos que estimulam a auto estima, a concentração, a atenção e focaliza-se especialmente a reestruturação psíquica com métodos que impulsionam os indivíduos a motivação pessoal e profissional. Maria Anita Guedes trabalha em: Portugal, Brasil, França, Alemanha e Israel. Site: Anita Guedes.
Todos os direitos autorais Reservados a autora.
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Nenhum comentário
Postar um comentário