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Janis Joplin por ela mesma [Laila Perdigão]

Janis Joplin por ela mesma

A editora Martin Claret realizou uma coleção de livros clippings sobre celebridades e mitos que mudaram, em sua década, o modo da sociedade pensar. Personalidades que fizeram a diferença e que deixaram seu legado para todas as gerações seguintes. Entre seus mais de 15 títulos este, organizado por Atanásio Cosme (presidente do fã clube da cantora no Brasil) à história da texana Janis Joplin.

Janis Lyn Joplin nasceu dia 19 de janeiro de 1943 na cidade de Port Arthur, Texas. Desde pequena Janis mostrava seu gênio forte que a pequena cidade não conseguiria abrigar. Joplin começou a se sentir incômoda, não fazia o perfil que a sociedade julgava correto para uma “dama do sul”, ela ficou gorda, com espinhas e sem a delicadeza exigida a senhoritas. Se sentindo “um peixe fora d’água” Janis se voltou para o jazz, blues e claro, muita leitura, de política a filosofia, aos doze anos se revelou a favor da integração racional, que na época era um tabu e uma ideologia absurda

Com sua voz rouca, seus cabelos ásperos, seu estilo beatnik e sua performance única no palco essa texana conquistou São Francisco, Texas, o mundo. Nesse livro vemos Janis por muitos ângulos, conseguimos sentir sua vulnerabilidade, sua esperança no amor, sua sexualidade á flor da pele, seu vicio em drogas que iam e vinham, em alguns momentos percebemos que sua fragilidade talvez tenha a matado antes mesmo das drogas.

Muitos amigos e músicos que passaram pela vida da cantora vivenciando seus autos e baixos e especialistas de sua música foram escolhidos para expõe sua opinião, contar um pouco do que viveram com Janis, o leitor consegui entrar em sua intimidade.


A nós, fãs brasileiros, não poderia faltar a passagem de Joplin pelo Brasil, no carnaval de 1970, onde ela conheceu o cantor Serguei, que “reza a lenda” transou com a cantora. Esta não é uma parte muito explorada no livro, mas dá para ter aquele gostinho por saber que Janis Joplin já pisou nos calçadões da cidade maravilhosa, Rio de Janeiro.



Quanto enfim decidia se livrar das drogas,  encontrou sua banda ideal, iria casar, sua vida chegou ao fim: “Janis morreu no dia 04 de outubro de 1970, menos de três semanas após a morte de Jimi Hendrix, em Hollywood, no Landmark Hotel, onde estava hospedada durante as gravações” de seu último cd.  Janis é “encontrada no chão, os lábios ensanguentados, com o nariz quebrado e tinha US$4,50 na mão. A autópsia final concluiu: ‘Morte involuntária causada por dose excessiva de heroína’. Tinha então 27 anos”.


Janis: “meteórica, cósmica e inesquecível”.  Durante a leitura me peguei arrepiada com a tamanha sensibilidade de Janis, em outros momentos lendo e ouvindo suas músicas eu me sentia na vida dela, conseguia visualizar o que era exporto no texto sem ter que fechar os olhos, foi uma leitura tocante, fácil e deliciosa. Talvez eu tenha algo de Janis em mim. 

Laila Perdigão. Jornalista (registro 0015582MG), apaixonada por música e colaboradora do blog Universo dos Leitores  e colunista da Revista Biografia

Um comentário

Jane Eyre Uchôa disse...

Tive um namorado que dizia que eu era a cara Janis Joplin, que tinha o cabelos igual o dela, que tinha corpo igual ao dela e era deliciosamente impulsiva igual a ela. Eu no entanto nem conhecia tal pessoa por que quando ela morreu eu ainda estava no ventre da minha mãe, nasci em 16/12/70 e não poderia conhecer a cantora. Mas com as comparações fui atrás de ouvi-la e me encantei com sua voz tão diferente, só não era melosa como a minha, mas tinha um tom triste, o tom de quem se refugia em drogas de fato. Nunca esqueci essa comparação, para ele que foi fã na juventude olhava pra mim e via Janis, que na verdade dela eu só tenho a impulsividade. Belo texto querida, gostei.