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Amores e Sentimentos: A poesia de Claudia Ferreira [Poeta Brasileira]

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Amores e Sentimentos: A poesia de Claudia Ferreira

A autora Claudia Ferreira encontra na poesia razões para se expressar sem regras’.

Uma mulher forte e sentimental que nasceu no interior de Minas e hoje compartilha seus pensamentos mais íntimos por meio da poesia. Esta é Claudia Ferreira, uma advogada de 40 anos que descobriu na literatura sua maior paixão. 

Claudia nasceu em Diamantina, onde, segundo ela, era ambiente no qual a tristeza local absorvia toda poesia.  Desde então, desenvolveu em si mesma a sensibilidade de perceber o sofrimento e a alegria alheia, aquilo que dava forças ao semelhante ou o enfraquecia. 

Começou a arte de escrever com 8 anos, quando mandava longas cartas para as primas. “Ainda pequena, eu falava diferente. Fazia drama, sofria demais, estendia o assunto, envolvia com outros e assim por diante. Sempre ouvi isso”, declara. 

Nos primeiros versos de poemas escritos ainda na adolescência, a poetisa inspirava-se nos sentimentos, amores, dores, delas e dos outros, pessoas com as quais convivia.  “Considero-me uma fotógrafa de retina. Observo tudo o que está ao meu redor. Vejo os sentimentos nos olhos, no semblante, antes mesmo de me serem revelados pela fala”, explica. 

Atualmente, Claudia Ferreira expressa em seus poemas sentimentos intrínsecos aos seres humanos, como amor, paixão, dor, alegria, tristeza, amor pela família, filhos etc. Ela considera que a dor de amor é clínica, só muda a personagem e que há sempre um tempo para reescrever uma história, um novo começo. Com seu estilo livre de escrever, sem regras ou estilos definidos, Claudia fala uma linguagem universal, transmitindo ao leitor seus pensamentos e sentimentos de forma clara e cadenciada.

A autora já tem um livro independente publicado em 2008. Intitulado ‘No silêncio dos meus olhos’, nele Claudia dá uma mostra da força feminina, sensualidade e sensibilidade em compreender o mundo e as pessoas que a rodeia. 

Hoje, Claudia concilia as carreiras de mãe, advogada de sucesso em São Paulo e poetisa.  “Conheço um mundo onde o que impera é a lei dos homens. Já a poesia me solta, me permite sentir a dor fria, ‘doída’, me moldar, sem formalidades e sem me boicotar”, afirma. 

Este ano, a autora finalizou sua mais recente obra e conta os objetivos de seus poemas no novo livro: “Quero transmitir ao público que apesar de todo avanço e tecnologia, somos seres sentidos e curtidos. Não nascemos teclando. Precisamos olhar nos olhos do outro, tocar, falar e deixar fluir a paixão e o amor, entre casal, entre irmãos, entre amigos”. 

Conheça mais sobre a poetisa Cláudia Ferreira no www.claudiaferreiraescritora.com.br.



Poemas de Claudia Ferreira

Quem Sou

E se queres saber por onde ando,
Conte os dias, conte histórias, crie situações
Corte o cabelo
Clame por alegria e o sol que irradia
Cala-me em teu pensamento
Sou vibrante demais para situações triviais
E tatuada no teu corpo
Envolvo tua mente
E te sufoco dentre minhas pernas.
Silêncio.


Diversidade mulher

Umas não
Umas têm vida de cão
Outras latem na noite
Umas não
Umas têm cama
Têm pão
Outras dormem no chão
Umas lavam
Outras, ultrapassam
Fronteiras diplomáticas
Outras não
Todas sentem as dores
E parem por natureza
Por gosto
Opção
Sem distinção


Homem

Homem
A arte de tocar é sua vocação
A arte de te amar
É minha predileção
A vida de te dar
O amor que não pode passar
Homem
Antes de tudo
Meu silêncio te diz
A sua tortura
Me faz mais feliz
O ritual que exerce seu corpo
É minha oração
Leão
O seu rugir felino
Esvai ferindo meus ouvidos
Onde permanece a torpeza
Do ritmo da sua carne vadia
Me guia
Quero seguir seus passos
Em todos os rastros
Que você deixar
Vou te amar
Na intensidade da luz
Que cobre seu corpo
Numa tarde de verão

Informações e entrevistas com as jornalistas

Patrícia Leris (31) 9132- 2584 – patricialeris@gmail.com
Thais Maia: (31) 8743-1464 – thais.maia@ymail.com

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