“A MULHER QUE NÃO PRESTAVA”-Tati Bernardi
Começando pela ilustração da capa, de início já me veio uma curiosidade do que se tratava exatamente o livro.
E em poucos dias me deliciei e ri muito com os contos que Tati escreve, contos que realmente aconteceram e que inclusive ela não poupa os palavreados e fala sem “papas na língua”, tendo uma grande necessidade de escrever aquilo que ela gostaria de ter falado na hora do ocorrido.
O interessante são algumas frases, que até selecionei numa caderneta, cujas palavras se encaixaram em seus devidos lugares, como: “Ter alguma consciência, alguma idade e alguma experiência me tornaram exigente”. (p.80) E essa frase é bem sugestiva para pessoas que se tornaram críticas com o decorrer da vida, o que é bom, pois é preciso ter sabedoria em muitos atos que praticamos, principalmente quando mais velhos ficamos, quando responsabilidades vão aparecendo e nos deparamos com a dúvida de qual seria a atitude correta para ser tomada em certas ocasiões e, indivíduos autocríticos são também bem vistos na sociedade já que levam uma vida equilibrada.
Por outro lado, percebendo o seu lado cômico, confesso que gostei muito do texto “Seja ela quem for” em que no último parágrafo encontra-se “Eu resolvi fazer esta história e mandar a Marília tomar no meio do olho do cu dela. Seja ela quem for”; é muito divertida e Tati foi bem extravagante nesse conto, criativa em publicar fatos de sua vida pessoal.
Enfim, achei o livro muito bom para entretenimento, adorei conhecer essa autora brasileira e saber que há também outros livros dela, e complementando o que disse Washington Olivetto na “orelha” do livro, espero que muitas pessoas “que se identificam com seu ótimo senso de mau humor, gostam do jeito que ela pensa ou gostariam de ser como ela é”, continuam não apenas lendo seus livros, como também se tornando autocríticos em sua comunidade para não deixar pessoas que estão no poder passarem por cima das outras.
Fernanda Lopes
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