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Entrevista Wuldson Marcelo um dos autores da The King [Editora Multifoco]


Antologia The King

The King chega para enriquecer o gênero nascido para despertar o medo nas pessoas. Nos dois volumes dessa antologia estão presentes quarenta e quatro contos de autores espalhados pelo Brasil. São textos que causam calafrios e inquietação, que tiram o sono e que suscitam aquelas dúvidas que ficam normalmente adormecidas em uma zona de conforto de nossas consciências.

Pessoas normais em situações extremas e inexplicáveis; o suspense sobrenatural que nos faz pensar a respeito do que vem depois da morte; o terror que fica escondido nas entrelinhas e que provoca paranoia; a violência explícita e grotesca de criaturas que habitam o nosso imaginário e que ninguém pode assegurar que não existem; a verdade nua e crua a respeito da perversão humana; The King é um verdadeiro museu de horrores, criado por autores que entendem o que é o medo e que conseguem reproduzir a sua essência em estórias insanas e imprevisíveis.

O que poderia ser mais uma antologia de terror virou um verdadeiro tributo ao gênero. Organizado por Afobório e por Jeremias Soares, tornou-se algo tão grandioso que veio ao mundo em dose dupla. Um livro que servirá de referência. Enfim, item obrigatório para qualquer prateleira.

Os exemplares poderão ser adquiridos com os organizadores, com os autores e diretamente com a Editora.

E-mail dos organizadores: (afoborio@gmail.com) e (jeremias.soares@outlook.com).

 
Fernanda 
Wuldson Marcelo

Fernanda é uma garota, que após o pai fugir com a amante, vive sob o controle e os acessos de moralidade da mãe. Na adolescência, descobre o deboche e o desprezo dos que a cercam, principalmente na escola e na universidade, e, ao mesmo tempo, poderes psíquicos, que a encantam e a perturbam. Porém um evento surpreendente ocasionará uma tragédia. 


Entrevista Wuldson Marcelo um dos autores da Antologia "The King"
 

Wuldson Marcelo é um dos autores da The King. Corintiano apaixonado por literatura e cinema, nascido em mil novecentos e setenta e nove, em Cuiabá, que possui Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea e graduação em Filosofia (ambos pela UFMT). É revisor de textos, colunista da Revista Biografia (http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com.br) e autor do livro de contos Subterfúgios Urbanos (Editora Multifoco-RJ, dois mil e treze). Contato com o autor (wuldsonbergman@hotmail.com).

1. Wuldson Marcelo, como você e a literatura se conheceram?

Nos livros didáticos do ensino fundamental. Quando não tinha mais nada para estudar, minha mãe mandava-me ler os contos, poemas e trechos de romances que serviam para interpretação de textos das próximas aulas. E assim nunca mais parei. E, aos dezessete, comecei a escrever para valer. As primeiras tentativas não foram nem um pouco razoáveis. Creio que depois encontrei o rumo.

2. Por que a profissão de escritor lhe interessou?
 
É a única forma que encontro para dar vida ao que se cala na garganta.

3.Por que participar de uma antologia?

A antologia proporciona a chance de seu texto encontrar ressonância entre textos, constituir um diálogo fomentado apenas pelo texto e que encontra a possibilidade de se deparar com uma produção que indique inovação ou padronização. O importante em uma antologia é esse cruzamento de gostos, de referências que se pode encontrar em autores que concebem a literatura próxima aos experimentos que você está ensejando.

4.Fale um pouco sobre a The King?

A The King é uma antologia que contribui para um passeio pela literatura fantástica. É ótimo exercitar como leituras que você faz, mas que não são as influências mais marcantes na sua literatura, desenvolvem-se em um texto, quando um tema proposto te desafia a uma incursão nesses territórios mais tenebrosos e fantasiosos da literatura. O terror em meus textos é mais realista, fruto da violência urbana ou das emoções incontroláveis.

5.Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?

É um processo de lapidação, no qual frustração e encanto andam juntos. A partir da proposta e de uma boa divulgação, o recebimento de textos nos leva a perceber o quanto a literatura corre pelo mundo e só espera um local, um meio para resplandecer, confundir, dar a conhecer modos de perceber e criar vida.

6.Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?

Complicado. Em Cuiabá, principalmente. É preciso buscar alternativas, tentar ser independente, usar a Internet, ou entrar chutando a porta. Porém, é preciso lutar contra “Jogos Vorazes” e afins, autoajuda e semelhantes, biografias de fenômenos esdrúxulos e similares. Às vezes é uma disputa injusta num país em que não se incentiva a leitura e os livros são caros.

7.Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?

Não. Só se for um fenômeno de vendas. Mas sim, também, se viver significa respirar literatura e tê-la como algo fundamental. Nesse sentido, se vive de literatura.

8.De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?

A internet me ajudou a ser lido, conquistar publicações em sites, revistas e também jornais impressos. E auxilia-me na divulgação dos textos e projetos. É preciso usar a internet a nosso favor, assim abrindo espaço para os livros e para os escritores/amigos com os quais colaboro.

9.Qual a influência de Stephen King em sua literatura?

Eu sou um grande fã do Stephen King, contudo ele não é uma influência em minha literatura. Eu adoro “Carrie”, e por isso arrisquei escrever algo próximo a essa estória chocante e tão envolvente.

10.Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?

Daqui a algum tempo será lançada a coletânea “Beatniks, malditos e marginais em Cuiabá: literatura na ‘Cidade Verde”, que organizo junto com Cinthia Andressa de Lima e Jana Lauxen, para a Multifoco. Pretendo correr atrás da publicação de meu primeiro livro de contos escrito, “Obscuro-shi”. E quero preparar uma antologia de contos sobre mitologia e religiões afro-brasileiras, que organizarei com o escritor Thiago Costa. Além de finalizar o romance “Lígia entre nós”, que está inacabado e precisa de uma bela lapidada.

Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
 

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