Gotas de orvalho [Maria J. Fortuna]
Estou grata pela minha lucidez e completamente apaixonada pela Arte em suas múltiplas formas! Aí está a motivação para não mais procurar com atalhos inúteis. A Arte é para mim, um grande lago bendito, onde mergulho todos os dias e me sinto em estado de Graça! Um projeto de vida. Tenha as dores que tiver. Mesmo em dias mais frios e noites mais escuras.
As flores murcham ainda mais depressa sem o reconhecimento das gotas orvalhadas que nos ressuscitam a cada dia. Não há tempo a perder na preocupação com as plásticas, botox , maquiagens, etc. Não mais... Muitos dos nossos parentes e amigos já se foram. Estamos caminhando para além das aparências. Não há tempo para seduzir ninguém com os encantos da primavera. Esta passa a morar na gestação de cada obra. O procriar sedutor dá lugar à criatividade e à gestação nas artes, das quais me sinto permanentemente grávida. É tempo de ruminar, mastigar e engolir lições de sabedoria. De beber lentamente um cálice de vinho. De degustar as coisas da alma. Com isso nossa linguagem se torna mais serena, a tolerância maior. Assim como o controle dos impulsos pela clareza das consequências, pois o sol e a chuva do tempo continuam dia e noite. Bem como os dias nublados. Como também o rosário de perdas e ganhos, erros e acertos que nos fazem humanos.
Enquanto tivermos consciência crítica no caminho do autoconhecimento, beberemos desse orvalho com o melhor de nós mesmos. Lembrando sempre o eterno fluir do aprendizado de cada hora das coisas que nos cercam! Para isso é importante ter amigos. Caminhar junto, pois lhes digo que todas essas coisas acontecem no exercício do amor.
Ingressei na REBRA, onde recebi incentivo e divulgação do meu trabalho e resgatei alguns textos que foram escritos no desenrolar da minha existência, aos quais não dei muito valor na época em que foram produzidos. Recomecei a escrever poesias, crônicas e livros infanto-juvenis.
Publiquei cinco obras infanto-juvenis, ao longo dos últimos anos: O menino do velocípede, A incrível estória de amor de Mimo e Dedé , ilustrados pela autora, ambos esgotados. O anjinho que queria ser gente, que está na 2ª edição e O pardalzinho desconfiado, com ilustrações de Josias Marinho. Os dois últimos pela Mazza Edições de Belo Horizonte. Em 2008, foi lançada em Portugal outra obra de minha autoria por essa Editora: A sementinha que não queria brotar, com ilustrações de Regina Miranda. Este livro foi adotado pela Prefeitura de Belo Horizonte para as crianças da rede escolar.
Participei de duas Antologias a convite da Editora Rosane Zanini: "A cidade em nós" - em três línguas (2010)," Um dia em minha cidade"(2012). Ambas com crônica. Neste último ano, participei da Antologia: "L´indiscutable talento des Écrivaines Brésiliennes" pela REBRA, com poesia.
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