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Conversando sobre Arte entrevistado David Magila [Marcio De Oliveira Fonseca]

Conversando sobre Arte entrevistado David Magila 

 
Quem é David Magila? 
 Sou nascido em São Caetano do Sul - SP, de família de descentes de Lituanos e Poloneses, fui formado em cursos de desenho clássico e aquarela no Liceu de Artes e Oficios em SP e graduei como Bacharel de Artes Plásticas no Instituto de Artes da UNESP no campus São Paulo, além de cursos extra-curriculares na ECA-USP. 

Como foi sua formação artística? 

Minha formação artística foi basicamente em cursos no Liceu de Artes e Oficios onde exercitei por muitos anos o ensino da "arte clássica" como desenho em grafite, pastel seco e pintura em aquarela. Logo entrei na academia e frequentei a graduação do Instituto de Artes da UNESP em São Paulo onde pude aprofundar mais as práticas e técnicas de atelier. 

Que artistas influenciam seu pensamento?
Existem muitos artistas que acabam influenciando a obra de outros artistas, mas acredito que hoje exista um acumulo de informações visuais que acrescentam na influência visual de todos que não limita somente ao campo das artes. Porém, tenho meus artistas preferidos como Richard Diebenkorn, Nuno Ramos, Gordon Matta-Clark, Atelier Van Lieshout, entre muitos outros. 

Como você descreve sua obra? 

Acredito que a arte tem função. Podemos dizer que a arte tem a funcionalidade de representar o mundo antes da união da matéria com o entorno. Os meus trablhos são feitos a partir de imagens fotografadas em lugares próximos ao mar como portos antigos ou marinas abandonadas. Estas imagens são transformadas em desenhos, pinturas, esculturas e se transformam em outros significados sendo requalificados no sentido de potências iconográficas. Mas não busco uma supervalorização da imagem fiel ou uma pintura realista. A fotografia entra como construção estética e leva a discussão para a autenticidade entre a imagem e a matéria 

É possível viver de arte no Brasil? 

A questão mercadológica da arte no Brasil é uma temática que cada vez mais tem sido pauta para muitas discussões. O mercado de galerias e instituições ligadas as artes visuais tem se aperfeiçoado e se profissionalizado no sentido de que a obra de arte torna-se representativa como valor de mercado seguro e rentável ao longo dos anos. Obviamente que o mercado de arte funciona para o mercado e não baliza a qualidade de uma obra de arte. São assuntos completamente distintos.

Qual o significado do prêmio do Itamaraty para sua carreira? 

Acho que as premiações são um ótimo incentivo para qualquer artista que deseja continuar o trabalho de maneira séria e objetiva. Acredito que os prêmios somam para que o trabalho artístico possa continuar de maneira soberana e focada. 

Além dos estudos sobre arte que outros estímulos influenciam em seu trabalho? 

Existem muitos estímulos visuais que influenciam o meu trabalho, em uma escala hierárquica acredito que a arquitetura esteja em primeiro plano, pois em meus trabalhos questões como espacialidade e estrutura de lugares e objetos estão intimamente aparentes tanto nas pinturas como nos desenhos e esculturas. Mas também a literatura, o cinema, a música...Tenho usado muito ferramentas em 3D para construir e entender formas. 

O que é necessário para um artista ser representado por uma galeria? 

É sempre difícil saber ao certo o que é ou não necessário para um artista ser representado por uma galeria. Creio que a obra de arte hoje é entendida de várias formas e por muitas vezes ela torna-se um objeto de muito valor comercial e neste sentido, as galerias tornam-se um caminho comercial para muitos artistas. 

Você vive e trabalha em São Paulo, como expandir sua vizualização para outros estados? 

Eu gosto muito de apresentar os trabalhos para o público. Acho que este trânsito é necessário para o meu trabalho e acredito que a obra traz este diálogo com o público. Hoje existem diversos editais para exposições, residências artísticas e outras maneiras para que o trabalho possa ir a outros estados e países. 

O material produzido no Brasil para arte já é de boa qualidade? 

O mercado da arte no Brasil é crescente e vejo que os materiais produzidos ficam a desejar no sentido de um refinamento de qualidade fazendo que muitos artistas optam por utilizar materiais importados.
Você pode ter uma pintura com materiais de primeira qualidade porém pouco representativa no sentido de um posicionamento artístico para a peça, ao mesmo tempo em que um pedaço simples de papel pode ter muito mais valor como objeto artístico. Acho que isso é uma variável no sentido da intenção de se fazer arte ou não e neste caso materiais de boa qualidade ou não deixam de ter importância. 

Como se tornar um ícone em arte? 

Não tenho ideia de como se tornar um. 

Quais são seus planos e sonhos para o futuro? 

O plano para o futuro é trabalhar muito. Acredito nas artes visuais como uma das formas de olhar o mundo de forma instigante. Por isso acho que tenha muito a ser feito ainda.
 










Site: 
www.davidmagila.com


Marcio Fonseca, 1943. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Responsável pelos blogs art&arte marciofo,ocacadordeobjetos.blogspot.com e imagemsemanal juntamente com Brenda. Professor Adjunto Fac Med UFRJ e médico inativo; Estudou pintura e história da Arte com Katie van Sherpenberg e Arte contemporânea com Nelson Leirner.

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