Os
20 filmes mais caros de todos os tempos
Por: Matheus D'Ávila
Todo mundo achou muito
estranho e curioso quando, há aproximadamente um anos e meio atrás, saiu a notícia
sobre a falência da Rhythm and Hues, empresa responsável pelos efeitos visuais
do filme “As Aventuras de Pi” (estamos falando de um filme no qual teve
excelente repercussão e orçamento, minoria nos EUA). Os motivos são meio
óbvios: com a demanda por efeitos e tecnologia cada vez mais abundantes nas
telas, esse mercado se tornou caro e dispendioso, fazendo com que Hollywood
obrigasse tais empresas a competirem entre si e migrando as mesmas para países
que incentivam a indústria com isenção de impostos e outros meios.
Mas não é só nos ramos dos
efeitos especiais que as contas não andam fechando. Os cachês cada vez mais
caros cobrados pelos atores linha A (aqueles que geralmente são responsáveis
por garantir uma boa parcela do público no cinema, fazendo a arrecadação subir)
também tem sido reavaliados. Will Smith, por exemplo, foi cortado de uma
possível sequencia de Independence Day por exigir nada menos que US$50 milhões.
Poucos meses após a
notícia da falência da Rhythm and Hues vir a público, George Lucas e Steven
Spielberg deram um sinal de alerta em uma conferência na Califórnia. Segundo os
próprios diretores, o modelo de engenharia de um blockbuster deve ser
urgentemente reavaliado, já que os custos estão subindo numa proporção que as
próprias bilheterias não conseguem acompanhar.
Além dos motivos já
citados, a queda do DVD (devido ao pirateamento e especialmente ao streaming
que possibilitou que a internet reproduzisse os filmes sem retorno financeiro
algum para os estúdios) fez com que os estúdios reavaliassem o orçamento, já
que no auge da tecnologia, o DVD era responsável por até metade do faturamento,
hoje não representa nem 10%. Ou seja, a conta não fecha, e isso vem preocupando
os estúdios e a indústria cinematográfica para apostar em projetos cada vez
mais arriscado.
Como consequência direta,
os filmes com maiores apoios acabam sendo os que já foram testados
anteriormente (como sequencias, trilogias, e etc) ou adaptações de livros, HQs
ou personagens. Aqui, fizemos uma breve lista dos filmes mais caros do cinema
(ou pelo menos uma tentativa, já que estúdios costumam “esconder” alguns dados
de pagamentos), e o que se pode notar são justamente os apontamentos feitos
aqui. Ninguém mais quer dar um tiro no escuro.
1- Piratas do Caribe – No
fim do mundo (2007) US$332 milhões. Os outros filmes dá série já tinham dado
muito certo em bilheteria. Como é uma formula que já tinha funcionado
anteriormente – em especial o carisma do personagem principal – foi muito
interessante pros estúdios não realizarem tanto corte.
2- Enrolados (2010) US$260
milhões – Não é sempre que a Disney acerta – vide a terrível experiência com
“Marte Precisa de Mães” – mas uma história de princesa é sempre um prato cheio
(e óbvio) pra quem melhor sabe contar histórias de conto de fadas. Bilheteria
também foi garantida.
3- Homem Aranha 3 (2007) – Nó último fôlego
com Tobey no papel principal, já ficava meio claro que a série se encerraria
por ali.
4- John Carter - Entre
Dois Mundos (2012) US$250 milhões. Um filme que ninguém viu. Apesar de ser uma
das grandes apostas de 2012, o lendário personagem não era tão amigável assim
do público, e foi passado despercebido, da nossa lista, talvez seja o exemplo
de maior prejuízo.
5-Harry Potter e o enigma
do Príncipe (2009) US$250 milhões – Numa das séries de filmes de maior sucesso
comercial de todos os tempos, não havia o por quê do estúdio para cortar
gastos. Personagem que já havia sido emplacado há quase 10 anos, já estava mais
que testado, justificando os investimentos.
6- Avatar (2009) US$ 237
milhões – Depois do sucesso de Titanic (que tinha boas possibilidades de ter
sido um fracasso), James Cameron ganhou carta branca pra produção seguinte.
Apesar de duvidoso, o filme rendeu ótimos ganhos pra todo mundo.
7- Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) US$230 milhões. Com
um dos melhores diretores da atualidade – e talvez o que mais saiba manipular
cenas de ações e enredos – ficaria impossível não dar a Nolan uma continuação à
altura. Aqui talvez seja o maior exemplo de gastos justificados, visto que o
filme, apesar de exuberante, se sustenta também com roteiro e atuações.
8- As Crônicas de Nárnia – O Príncipe Caspian (2008) US$225 milhões.
Se as outras franquias advindas da literatura já tinham dado certo, e os
primeiros filmes de Nárnia, apesar de surgirem mais humildemente e sem grande
burburinho, conquistaram pela simplicidade.
9- O Cavaleiro Solitário (2013) US$225. Todo mundo já sabia que essa
empreitada ia custar muito. O filme, durante sua produção, sofreu inúmeros
desfalques e confusões: muito tempo em andamento, muito desentendimento entre
os envolvidos, orçamento estourado diversas vezes – e isso acaba refletindo no
resultado final. Do mesmo diretor de Piratas do Caribe – por isso a aposta alta
da Disney, aqui, o personagem de Johnny Depp não emplacou em nada, dividindo
com John Carter, uma das piores tragédias do cinema (coincidentemente os dois
da Disney). Cavaleiro Solitário colocou em cheque até a própria franquia dos
Piratas do Caribe.
10- O Hobbit (2012) – Senhor dos Anéis. US$225 milhões. Peter Jackson
já havia consolidado a história da Terra Média no capítulo anterior como um
investimento certo. Como o Hobbit ainda não tinha tanta força como a trilogia
principal, os esforços no visual e nos efeitos, teria que, de certa forma,
serem recompensado.
11- O Homem de Aço (2013). US$225 milhões.
12- Piratas do Caribe: O Baú da Morte (2006). US$225 milhões.
13- Os Vingadores (2012). US$220 milhões.
14- MIB: Homens de Preto 3 (2012). US$215 milhões.
15- OZ, Mágico e Poderoso (2013). US$215 milhões.
16- X-Men: O Confronto Final (2006). US$210 milhões.
17-Transformers: A Era da Extinção (2014). US$210 milhões.
18-Battleship: A Batalha dos Mares (2012). US$209 milhões.
19-King Kong (2005). US$207 milhões.
20-Superman: O Retorno (2006). US$204 milhões.
Fonte:
Matheus
D'Ávila: Uma admiração secreta e afetuosa por Spike Jonze,
livros terminados, livros não terminados, livros parados na capa. Simpatia por
Kazuo Ishiguro e Charlie Kaufman e se os dois fossem um só seriam Reparação do
Mcewan. Um amor devoto por Garcia Marquez mas que não me tira o sono, porque
sono é sagrado. Tilda Swinton e Javier
Bardem podiam morar aqui em casa numa boa. Lolita o filme, Lolita o livro,
Lolita a refilmagem são coisas favoritas da minha vida, mas só até amanhã. Acho
a Dakota Fanning fofa e estranha ao mesmo tempo e queria muito que Sofia
Coppola fosse minha colega de escola para que nas tardes que a gente não
tivesse prova pudéssemos assistir nossa trilogia favorita juntos: Amores
Brutos, 21 Gramas e Babel, mas seria na casa dela, claro. E levo na carteira a
fotinha da Anna Chlumsky porque até hoje rezo pra ela ficar melhor depois de
ter visto ela chorando a morte de Macaulay Culkin em Meu Primeiro Amor.
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