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(Imagem colhida na internet) |
O Segredo das Hortênsias É Gramado
[Da Série: “Gramado Portal Encantado”, da Escritora Sunna França]
Essa é uma “Crônica/Ode à Gramado” escrita por Sunna França* no último dia 23/11/2023. Gramado é um Município do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil e localiza-se na Serra Gaúcha, mais precisamente na Região das Hortênsias e, nesse último trimestre do ano, vem sendo abalado por fortes chuvas. Segundo a autora, o texto foi escrito “em um momento onde o amor extravasa o trivial e alcança os mundos além alma. Quando as más línguas fazem questão de proferir inverdades (Fake News)”. Sunna declara o "seu amor por esta Terra Sagrada, que se mantém exatamente assim, incólume, blindada pela força da Mãe Natureza, da qual ela, sem nenhuma novidade, sempre foi Templo e milagre”. Convicta, em suas palavras reafirma e convida: “Gramado se mantém mágica, se reconstruindo em meios às formosuras que a cerca e eu, sigo a amando e sendo salva por ela! Visitem-nos”
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Não é segredo para quase ninguém que há dois anos tive que tomar a decisão de transformar Gramado, essa cidade pitoresca e de ares acolhedores, com atmosfera encantadora e uma imagética diáfana imersa na majestade das montanhas serranas, situada nas alturas da Serra Gaúcha, no meu lar. É fato, também, que desde a infância nutri uma paixão pelas montanhas, mas foi em Gramado que descobri um capítulo único na história da Serra Gaúcha e da minha vida, mesmo porque, com o passar dos anos, esse interesse pelas montanhas havia arrefecido, como se dormido em um quarto das coisas especiais dentro em mim. Quando em uma viagem despretensiosa, ao subir a Serra e imediatamente ao chegar em Gramado, despertou num súbito, ao ponto de transformá-la, também, em um livro, de tantos que foram os segredos que passei a acumular e depois a contar sobre elas, a Cidade e a Montanha. Esses segredos resultaram em mais de 500 páginas ‘iniciais’ e na ideia de transformar o que seria um único livro, em 5 livros, todos sobre a mesma temática.
Gramado se apossou de mim no primeiro instante em que adentrei os seus Portais e a Serra Gaúcha possuiu a minha alma no momento exato do que deveria ser considerado apenas a subida de uma ladeira, no primeiro caso histórico de “Para Sempre” e arrebatamento “além Disney” que tenho conhecimento. E tem Fadas sim, em suas dimensões variadas e exatamente por isso, isso aqui não é um conto, mas uma crônica da vida real.
No primeiro livro da minha série, “Gramado Portal Encantado”, “O Segredo das Hortênsias”, escrevi:
“Obra real. Qualquer semelhança com a ficção é mera provocação dos milagres da existência. Nada de coincidência: É a arte extraindo da vida a sua mais perfeita exegese!”
Sobre isso, sobre o meu livro, sobre as pesquisas que fiz ao longo desta quase uma década, após a primeira subida à Serra Gaúcha rumo a Gramado, sobre o que é de mais incrível e encantador que venho pesquisando, vivendo e descobrindo, decidi, há esperançosos 7 anos, escrever tudo o que sei, vejo e vivo sobre a cidade, sua montanha e o que as envolve. Posso dizer mais uma vez e sem medo, que é um “Para Sempre” histórico, pois fará parte dos meus dias de escritora e de mais ‘nova antiga’ gramadense — até porque é assim que a minha alma se sente: como se fosse daqui desde sempre e vivesse transbordando ares montanheses gramadenses.
Sobre tudo e sobretudo, em busca de mais informações embasadamente históricas, para somar às minhas considerações, tanto em meu livro, quanto em demais trabalhos que virão, tenho conversado com algumas pessoas conhecedoras da causa, dentre elas, historiadores da cidade e região. Em uma destas feitas, estive com o Sr. Romeu Rígel, Presidente da AGLA — Academia Gramadense de Letras — que prontamente me encomendou uma crônica com o tema “Por que Gramado é a maior pequena cidade do Brasil?” — essa crônica que, agora, vos escrevo.
No dia conversamos amistosamente sobre o quanto o encanto de Gramado vai além do que as mãos dos homens podem promover, e mesmo adiante das belezas naturais referentes ao clima, região, estações, geografia e geologia. O que não é pouco, é um dado, no entanto e exclusivamente por isto, na ocasião relatei a ele minhas percepções ao vivenciar a moradia nessa cidade encantadora, o quanto entendo que as suas belezas não são provenientes apenas das colinas auspiciosas, vales verdejantes e vegetações exuberantes que a povoa, mas de uma mistura única de fatores que a tornam verdadeiramente excepcional. Ainda naquele dia, quando saía pensativa sobre aquela prosa emblemática e questionadora, fui recepcionada por um sol dourado que parecia querer um tanto mais que “iluminar às ideias”, mas cozinhá-las.
Como é sabido e está escrito aos quatro cantos das minhas redes sociais, a minha vinda, dentre outros fatores ambientais, tem relação direta com o clima frio da cidade que favorece a minha permanência neste planetinha sem ser tão maltratada pelos sintomas degenerativos das doenças raras que sou portadora e que, ao nível do mar, no calor, aceleram. Dito isto... exatamente, eu disse isto aos ares daquele dia, em uma súplica em alto e bom som, repetida aos ecos pela minha filha que me acompanhava e sabe que não saio ao sol, mesmo em ínfimos 20° C, pois posso passar mal com direito a síncopes: — “Gramado de todas as estações em um só dia, socorro!” Como ‘quase’ todo encanto aqui na cidade é automático, foi pedir e veja quem apareceu? A tão mágica, amada e convocada por mim, Cerração. A minha filha Lyris exclamou atônita: — “Minha mãe, olha quem dobrou a esquina agorinha!” Corremos em sua direção e mais uma vez, com braços abertos a ela, à Serra e a magia de Gramado, me peguei colapsada de emoções em plenos pulmões abraçados pela chegada do céu na Terra, cantarolando sobre a cidade e o quanto a amo.
Tiramos fotos, salvamos uma libélula presa em uma vitrine e abraçamos mais uma vez o mundo dos sonhos acordados, pertencentes aos aromas gélidos das flores em Gramado, porque não sei se você sabe, mas eu, como boa sinesteta diagnosticada que sou, sei e afirmo: “Aroma de flor em meio à cerração tem cor e cheiro de sorvete”, é uma delícia! Pense na beleza deliciosa disso permeada pelo cheiro serelepe de casa de chocolate que essa cidade tem, essa caixa de bombons “passeável” que é Gramado e tudo o que nela há. Gente, é viciante! Acorda a nossa criançada interior a todo instante! Viu, que eu disse que isso aqui seria um conto/crônica/Poesia? Se não disse ainda, está dito! Passear por Gramado é ditar poesia com a ponta dos pés, dos dedos, da língua, do nariz, do olhar, da vida! Aliás, a poesia caminha em nós, ao caminharmos. Temos cócegas de belezuras diáfanas e poetizadas!
Dá para perceber o que ainda pode vir nas próximas linhas, hein? Prepara o olhar ao doce, feito colher em panela de brigadeiro empelotado, porque é nele que o devemos sentir: Gramado nos harmoniza o olhar de delícias saborosamente vivenciáveis e viciáveis e, detalhe, não engordáveis, só faz sorrir com sabor. A gente passeia e se farta toda de amores, doçuras e travessuras, com contos e com Fadas. Só isso que te digo! Aquele dia prossegui, em meio a cerração e encantos de cada canto, pensando sobre o quanto o que o professor Romeu disse era verídico, palpável, e até personificado na cidade: Ela realmente é uma entidade mágica. Eu sei! Ele sabe! Você sabe! Turistas de todo o Brasil sabem! Mas tem que haver uma explicação para isso? Não. Não necessariamente uma, mas várias!
Tentando sair um pouco do lúdico que me acomete aqui, como numa espécie de hipnose dos sentidos em sinapses ativadas a cada passo — se é que consigo, se é que estar aqui me permite... — Gramado é estrategicamente posicionada. Cada rua, cada praça parece estar em perfeita sintonia com a topografia única da Serra Gaúcha. Essa relação harmoniosa não é apenas geográfica, mas espiritual e reflete a crença xamânica, Budista, Celta e Nórdica — dentre outras — de que as montanhas são sagradas. Ao explorar e pesquisar sobre as belezas da Serra Gaúcha, enovelei-me a uma Gramado não apenas cidade, mas Portal encantado. A aura de mistério e a energia positiva que permeiam suas ruas são como um convite para uma experiência além do comum. Não é apenas uma questão de clima ou topografia, muito menos planejamento arquitetônico, urbano e paisagístico; é a maneira como Gramado se conecta com algo mais profundo, algo que vai além das simples características de demarcação territorial. Ela está sobre um segredo, portanto, ela o é, em sua magnitude de incompreensão e surpresa esfíngica: Os verdadeiros e mais profundos segredos jamais serão totalmente desvendados, ou seremos por eles devorados. No entanto, sempre serão admirados, prescrutados, questionados, avaliados, reconhecidos, cobiçados e... extraordinários! As hortênsias, por exemplo, esse mar anil de sensações benfazejas, símbolo da cidade, você olha para elas e elas te tomam inteiro, você afunda sem afogar e logo percebe o quanto é incrível, perfumado e reconfortante naufragar em azul. Basta uma piscadela, um olhar e voa-se! Sim, elas são um mar de asas índigos do viver, animando e aninhando as nossas írides de destinos! No entanto, o segredo das hortênsias é Gramado, não o contrário. A lenda da Serra Gaúcha é Gramado, não o inverso.
Este metro quadrado é mágico. Por que aqui? Porque a porta, o portal foi estabelecido aqui, como em uma construção de uma casa ou templo. A cidade e suas formas seriam apenas adereços da Montanha Sagrada, se ela não fosse ‘O Endereço’ certo da magia estabelecido no antes. Sendo a Montanha, a casa ou o templo, não cabe a nós, meros visitantes, questionarmos o porquê das suas portas, dos seus Portais, portões e janelas terem sido colocados aqui, ali ou acolá, por seus arquitetos e projetistas. Seguindo, ainda, a esse paralelo da Montanha Sagrada enquanto casa da alma ou templo do espírito, em algum lugar da casa haveria de serem construídos os quartos, a sala, o Hall de entrada — pórticos? — Área de lazer, cozinha... não é mesmo?
Então é fácil de entender que em cada um dos cômodos haverá portas e janelas, correto? E em qual cômodo será estrategicamente colocado o Portal Sagrado da casa, aquele que dá passagem às principais dimensões daquela morada etérea? No altar, lógico! Pois então, Gramado é esse cômodo da Montanha Gaúcha: O Altar Sagrado, onde ficam os Portais! Ou melhor dizendo, de acordo com à quantidade de Portais que tem por aqui, Gramado É Templo na Terra, parte geográfica e estrategicamente essencial da Montanha Mística! Alguém mirou a flecha no incrível e acertou o extraordinário e para completar, ainda plantou hortênsias Feéricas nele, veja que lindeza! E esse destino nem toda cidade ou lugar terá, e está tudo certo, dado as demais funções importantes de uma casa/Montanha. A cozinha Gaúcha, por exemplo, tem que existir: é essencial e serve verdadeiras guloseimas, minha gula proibida por apfelstrudell que o diga!
Na busca por entender por que Gramado é tão imensa em sua pequenez, destacando-se na cultura e turismo da Serra Gaúcha, a nível nacional e internacional, encontrei a resposta não apenas na natureza exuberante, mas na maneira como a cidade soube transcender as expectativas. Essa admiração transformou-se em pesquisa, revelando que, além de sua beleza física, ela é Templo — já que montanhas também são centros espirituais Sagrados — agraciada por sua beleza natural, mas impregnada de espiritualidade e mistério. Seja pela primavera no inverno, como disse o professor Romeu, ou pelas quatro estações num só dia, como vivo dizendo, quer pela harmonia com as colinas, ou pela riqueza espiritual que permeia cada rua, quando em meio a um clamor, a cerração vem nos acolher em pleno dia ensolarado. É um lugar onde a beleza vai além da superfície, onde cada temporada traz consigo uma nova razão para se apaixonar. Assim, Gramado não é apenas uma cidade, mas uma experiência, um convite para explorar o extraordinário em meio ao comum, um Portal para descobrir a beleza que vai além do que os olhos podem ver. Essa experiência desencadeou em mim uma busca ainda mais profunda sobre a Serra Gaúcha e suas ligações com Portais Dimensionais. Descobri que essa região é considerada espiritualmente significativa, além de há tempos saber que várias lendas pelo mundo falam de Portais para outras dimensões nas montanhas.
Em meus estudos sobre montanhas sagradas, como o Everest no Nepal, sempre me fascinou a ideia de que esses lugares eram portadores de uma energia única e, aqui em Gramado, essa sensação se intensifica. Ao longo dos anos, mergulhei nos escritos de John Muir e suas reflexões sobre montanhas como lugares de poder e mistério. Ele, assim como eu, parece encarar esses relatos de Portais Dimensionais com um misto de fé e fascínio, trazendo à tona, em suas obras, a possibilidade de que montanhas, como as da Serra Gaúcha, possam, de fato, ser portas para outras realidades e que isso lhes atribui certas características peculiares, como espécies de digitais: Respeito à cultura ancestral, caráter místico ou misterioso e belezas exuberantes, são algumas delas.
Minhas experiências pessoais, somadas ao meu entendimento de lugares considerados sagrados em todo o mundo, como as Montanhas Rochosas ou os Montes Urais, consolidaram a convicção de que Gramado está estrategicamente localizada em um ponto espiritual e energético da Serra Gaúcha. Uma verdadeira teia de Portais que se entrelaça com as histórias de pessoas que alegam ter vislumbrado dimensões além do tangível. A cidade parece colher os benefícios desse alinhamento espiritual e energético. Sua natureza próspera, paisagens escarpadas e diversidade de biomas são testemunhos vivos de uma ligação profunda com a montanha que a abraça, numa simbiose entre os esforços humanos e as energias que emanam da própria Serra Gaúcha. Há paralelos fascinantes em outros lugares do mundo, como o Monte Kailash no Tibete, por exemplo, que é considerado sagrado por diversas religiões e sua energia espiritual é venerada há séculos. Assim, como penso sobre Gramado, acreditam que a montanha é um ponto de conexão com o divino.
Após dois anos de convivência íntima com a cidade e suas colinas, testemunhei como a intervenção humana, quando guiada pelo respeito à natureza e pela preservação, pode potencializar a energia única desses lugares, bem como o contrário pode ser catastrófico. Presenciei jardins floridos germinarem no outono e inverno, em sincronia com o pulsar da Serra Gaúcha e o cuidado ambiental moldando a cidade de forma a refletir a beleza que a rodeia. A verdade sobre os Portais Dimensionais em Gramado pode ser envolta em mistério, mas é na intersecção entre a geografia, a ciência, a espiritualidade e a experiência pessoal que encontrei respostas que transcendem o ordinário. À medida que Gramado se transforma, carregando consigo a rica herança das montanhas e do seu povo acolhedor e hospitaleiro, acredito que há um potencial inexplorado aguardando aqueles que escolheram chamar essa cidade de lar, ou, como eu, além de lar, de Templo, de Altar, de milagre.
Gramado, 23 de Novembro de 2023.
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Sunna França. Escritora. Especialista e Mestre em Energias e técnicas de cura e no trato de energia de lugares e de pessoas. Atua como Naturoterapeuta Multidimensional Multioracular Integrativa, Geobióloga e radiestesista. Trabalha online e presencial como Mentora Sinestésica com Mesas Radiônicas, estrategista de líderes, oráculos, Apometría, alquimia e física quântica e Registros Akáshicos, utilizando seu método Fadaterapias, que é a união de mais de quarenta técnicas que usou para se manter viva ao nível do mar e usa ainda hoje para sua manutenção, incluindo florais, ervas, cores, música, artes. velas, alquimia, geometria sagrada, energias telúricas, energia dos quatro elementos, energias sinestésicas, energias dimensionais e feéricas com técnicas que desenvolveu como Sacerdotisa Druida (título que, em sua religião, é genuinamente dado a alguns poucos que além de estudarem assuntos específicos por décadas, tem vivências profundas, como morrer e voltar de novo algumas vezes na mesma vida) e que se intensificam em Gramado, cidade que a continua salvando a vida. É Teóloga, Taróloga, Polímata, Pianista clássica, Artista Plástica, designer de interiores, Personal Stylist, Ilustradora, cursou, também, faculdade de Direito, Publicidade e Propaganda e moda.
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