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Beth Carvalho [Cantora Brasileira]

Beth Carvalho-Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1946. Filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho, e irmã de Vânia Santos Leal de Carvalho. Seu contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova.

Em 1964, seu pai foi cassado pelo golpe militar por ter pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou durante a ditadura, Beth passou a dar aulas de violão para 40 alunos. Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho é uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: a numeração dos discos.


Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples, com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela.

Vieram os festivais e Beth participou de quase todos: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP, lançado no ano seguinte.


A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos, como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e três anos depois fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”.

Diz o poeta que todo artista tem de ir onde o povo está. Esses versos, além de grande verdade, definem com rara precisão a atitude de Beth Carvalho diante da vida. Beth é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem, vai mesmo buscar. Pagodeira, conhece a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam.


Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique.

A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de “Madrinha do Pagode”. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como “Diva dos Terreiros” e “Rainha do Samba”.

Em 1979, Beth se casou com Edson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro, que participou da Copa do Mundo de 66 e um grande amante do samba. Em fevereiro de 1981, se torna mãe de uma menina linda, a quem Edson deu o nome de Luana. Hoje, Luana Carvalho é atriz e cantora, e ganha aos poucos o seu merecido espaço. Para Beth, ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida.


Beth Carvalho já fez inúmeras apresentações em cidades ao redor do mundo. Na Europa, representou o Brasil em Atenas, no festival “Olimpíada Mundial da Canção”, cantando em um teatro de arena construído há 400 anos a.C., onde recebeu um busto em homenagem à sua passagem. A cantora também se apresentou em outros países europeus, como: Alemanha (Berlim, Frankfurt e Munique), França (Paris, Nice, Toulouse e Montreux, onde participou do famoso festival em 87, 89 e 2005), Itália (Milão e Pádova), Espanha (Madri), Portugal (em Espinho e Lisboa, no show do jornal comunista “Avante”, para um público de 300 mil pessoas), Áustria (Viena) e Suíça (Zurique).

A cantora se apresentou em palcos nos Estados Unidos, em Nova York (no Carneggie Hall, considerado um dos palcos mais importantes do mundo), Boston (na Universidade de Harvard), São Francisco, Miami, Chicago, Los Angeles e New Jersey. E também levou seu show para os palcos na América do Sul, como Uruguai (Montevidéu e Punta del Este) e Argentina (em Buenos Aires se apresentou no Luna Park, projeto “Sin Fronteiras” da cantora e amiga Mercedes Sosa). Beth ainda se apresentou por algumas cidades africanas, como Johannesburgo, Lobito, Luanda e Soweto.

Beth Carvalho também já levou sua música para Cuba (em Varadero), país com o qual a cantora tem uma forte ligação afetiva. No Japão, embora nunca tenha feito shows, vende milhares de CDs e tem sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto.

Em 1984, Beth foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçú, “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, com o qual a escola foi campeã e subiu para o Grupo Especial. Como o Sambódromo foi inaugurado neste mesmo ano, Beth e a Cabuçú foram as primeiras campeãs do Sambódromo. Dentre todas as homenagens já feitas à grande cantora, Beth considera esta, a maior de todas. E declara: “Não existe no mundo nada mais emocionante do que ser enredo de uma escola de samba. É a maior consagração que um artista pode ter”. Em 1985, Beth foi enredo novamente. Dessa vez, da escola de samba Bohêmios de Inhaúma. Em 2010, foi a vez da escola Imperatriz Dona Leopoldina, de Porto Alegre, ter a “Madrinha do Samba” como enredo. A escola gaúcha foi a campeã do Carnaval 2011.

Em 1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da NASA, Jacqueline Lyra, programou a música para ‘acordar’ o robô em Marte.
Beth Carvalho gravou o 25º disco, “Pagode de Mesa ao Vivo”, em apresentação na gravadora Universal Music. Max Pierre, então diretor artístico da Universal, traduziu o que ela costuma fazer sempre: cantar o samba de raiz em torno das mesas de quintais, terreiros e quadras, nos pagodes que reúnem os melhores partideiros, músicos e poetas do gênero.


Embora mangueirense de coração, Beth foi homenageada pela Velha Guarda da Portela com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que mais gravou seus compositores.

Em junho de 2002, recebeu das mãos de Dona Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira, no Teatro Rival do Rio de Janeiro.
Carioca da gema e amiga de Cuba, foi solicitada pela presidência da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para entregar a Fidel Castro, o título de Cidadão Honorário da cidade.

Seu 26º disco, “Pagode de Mesa 2” (2000), concorreu ao Grammy Latino na categoria “Melhor Disco de Samba”. O 27° foi o CD “Nome Sagrado – Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho”, seu compositor preferido, disco que contou com participação do afilhado Zeca Pagodinho, além de Wilson das Neves e Guilherme de Brito (parceiro mais constante de Nelson). Este projeto foi tirado de uma gravação caseira do arquivo de Beth e vendido em bancas de jornal. A cantora obteve grande repercussão pela ousadia da empreitada e concorreu ao Prêmio TIM de Música como “Melhor Disco de Samba”.
Seu 28° álbum, “Beth Carvalho canta Cartola“ (2003), foi uma compilação idealizada pelo jornalista e grande fã de Beth, Rodrigo Faour. Beth foi a intérprete preferida de Cartola e responsável pela volta desse grande mestre à mídia.


Em 2004, a cantora gravou seu primeiro DVD, “Beth Carvalho, a Madrinha do Samba”, que lhe rendeu um DVD de Platina. O CD, que teve lançamento simultâneo ao DVD, recebeu Disco de Ouro e foi também indicado ao Grammy Latino de 2005, na categoria “Melhor Álbum de Samba”.

Beth Carvalho seguiu em turnê internacional em 2005, que foi fechada com chave de ouro no Festival de Montreux, exatamente 18 anos após sua primeira apresentação na Suíça. Este registro foi lançado em setembro de 2008, em DVD, pela gravadora Eagle, com distribuição na Europa, Japão, EUA e Brasil. A turnê mostrou sua força em números: mais de 10 mil pessoas assistiram ao show em Toulouse (França), platéia lotada no Herbst Theatre.







Fonte:

http://www.bethcarvalho.com/?p=2619

Beth Carvalho 

Todos os direitos autorais reservados a autora.
 

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