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Meia Noite [Túlio Henrique Pereira]

Meia Noite 

Suores diversos impregnados nos lençóis:
O visco da seiva na língua
atrito da saliva no reto

Depois de tanto clímax aparente
incerteza que não se compreende
Solidão que se confude experiência
Quando é carne a se temer o ocre

No cansaço do desejo incipiente
que se tortura o modo e o ser
nas memórias ressecadas, escorridas na parede sobre a cal azulacea

sobre a fronha a repousar o consciente
sob as escadas, sobre quem geme, sob a talha...

Algumas camas mostram rendas...
E na brevidade das chaises
o algoritmo da torneira a respigar:

gota
a
gota
dentro de quem sente. 

Túlio Henrique Pereira [Meia Noite ou Noite e Meia].


Túlio Henrique Pereira é graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), mestre em Memória pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e doutorando em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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