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Ivan de Albuquerque [Diretor de Teatro e Ator Brasileiro]

Ivan de Albuquerque nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no ano de 1932, seu nome completo é Ivan de Campos Albuquerque, era ator e diretor de teatro, morreu em 2001 no Rio de Janeiro.
Ivan começou como ator no O Tablado e posteriormente formou-se como diretor na FBT (Fundação Brasileira de Teatro),em 1958, formou juntamente com seu amigo Rubens Corrêa, vindo a trabalhar com ele por mais de trinta anos. 

Os dois fundaram Teatro do Rio em 1959, instalado no antigo teatro São Jorge. No ano de 1962, Ivan ganhou todos os prêmios de melhor diretor daquele ano, e em 1964 iniciou a construção, juntamente de Rubens Corrêa, do Teatro Ipanema que terminou em 1968.
No Teatro do Rio, estreou como diretor, em 1959, com "Oscar", de Claude Magnier. Em 1961, Ivan de Albuquerque acompanhou o trabalho de Ziembinski em dois espetáculos da companhia, "Espectros", de Henrik Ibsen, e "O Círculo Vicioso", de Somerset Maugham.

Em 1962, a encenação de "A Invasão", de Dias Gomes, lhe valeu todos os prêmios de melhor diretor do ano, distinguindo-se pela elaborada circulação do numeroso elenco no cenário de Anísio Medeiros.
Em 1964, com Rubens Corrêa, Ivan de Albuquerque iniciou a construção do Teatro Ipanema. No mesmo ano, foi para São Paulo trabalhar como ator no Teatro Oficina sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, em "Andorra", de Max Frisch.

Em 1968, o lançamento da nova casa de espetáculos, criou para Ivan novas perspectivas no caminho da investigação de linguagem, com "O Jardim das Cerejeiras", de Anton Tchekhov, que lhe conferiu o Prêmio Molière de melhor diretor.

Em 1970, abriu o teatro para o talento de Isabel Câmara, integrante da nova geração de dramaturgos paulistas, com "As Moças", único texto da autora.

Ainda em 1970, é dado um passo radical em busca de uma forma inovadora, provocante e poética do espetáculo, com "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", de Fernando Arrabal, cuja encenação comportou um grau de transgressão inédito na trajetória do diretor e nos desempenhos dos dois intérpretes, Rubens Corrêa e José Wilker, com expressão corporal coordenada por Klauss Vianna, orientação pioneira na área do teatro.
O espetáculo, consagrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, valeu ao diretor os prêmios Molière e Governador do Estado de São Paulo.

Trabalhou como ator sob a direção de Rubens Corrêa em "Hoje É Dia de Rock", de José Vicente, 1971, o maior sucesso do grupo e um fenômeno na história do teatro.

Abriu-se, então, em sua carreira um hiato provocado pela perplexidade diante do autoritarismo político que atingiu toda a produção artística brasileira. Depois de quatro anos de recolhimento para meditação e estudos, Ivan de Albquerque reapareceu no Teatro Ipanema, em 1977, dirigindo outra peça de José Vicente, "A Chave das Minas", em que conduziu a companhia a um mergulho radical no teatro ritualístico, que se prenuncia desde espetáculos anteriores.




Em 1981, levou o Troféu Mambembe de melhor direção por "O Beijo da Mulher Aranha", de Manuel Puig. Em 1986, a montagem de "Artaud!", colagens de textos de Antonin Artaud, levou ao minúsculo espaço do porão do teatro uma linguagem feita com economia de meios e, ao mesmo tempo, essencialmente teatral. O diretor criou um espetáculo de impacto, com a exuberante interpretação de Rubens Corrêa, que três anos depois ainda foi apresentado para a platéia assumidamente reduzida (50 lugares) a que se dirigia.


Nos anos 80, o diretor e a equipe do Teatro Ipanema tiveram dificuldade de adaptar seu trabalho às exigências do mercado e às expectativas do público. A partir do fim dos anos 80, tornaram-se raras as aparições em cena do diretor.


Ivan de Albuquerque atuou também, como ator, no cinema e na TV.



Helena (1987)
Atuação

1953- O Boi e o Burro no Caminho de Belém, texto e direção de Maria Clara Machado
1955- O Baile dos Ladrões, de Jean Anouilh, direção de Geraldo Queirós
1955- A História de Tobias e de Sara, de Paul Claudel, direção de Eros Martim
1956- Chapeuzinho Vermelho, texto e direção de Maria Clara Machado
1956- O Macaco da Vizinha, de Joaquim Manuel de Macedo, direção de Napoleão Moniz Freire
1958- O Jubileu, de Anton Tchecov, direção de Rubens Corrêa
1958- Os Cegos, de Michel de Ghelderode, direção de Rubens Corrêa
1961- Círculo Vicioso, de Somerset Maugham, direção de Ziembinski
1964- Andorra, de Max Frisch, direção de José Celso Martinez Corrêa
1966- As Interferências, texto e direção de Maria Clara Machado
1967- Black out, de Frederick Knott, direção de Antunes Filho
1969- O Assalto, de José Vicente, direção de Fauzi Arap
1971- Hoje É Dia de Rock, de José Vicente, direção de Rubens Corrêa
1977- A Chave das Minas, de José Vicente, direção de Ivan de Albuquerque
1979- Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, direção de Ivan de Albuquerque
1980- Assunto de Família, de Domingos de Oliveira, direção de Paulo José



Ivan também atuou como ator da TV, Cinema . Alguns de seus papéis são:

• O Tempo e o Vento (1985).
• Helena (1987).
• Vale Tudo (1987).
• Abolição (1988).
• República (1989).
• O Portador (1991).
• Amazônia (1991).
• O Trapalhão e a Luz Azul (1999).
• Orfeu (1999).



Direção

1958- Escurial, de Michel de Ghelderode
1959- A Ratoeira, de Agatha Christie
1959- Oscar, de Claude Magnier
1960- Prodígio do Mundo Ocidental, de John Millington Synge
1960- Living-room, de Graham Greene
1962- A Invasão, de Dias Gomes
1963- A Escada, de Jorge Andrade
1963- Amor em Três Dimensões, de Murray Schisgal
1964- Diário de um Louco, de Nikolai Gogol
1966- O Piquenique no Front, de Fernando Arrabal
1968- O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchecov
1970- As Moças, de Isabel Câmara
1970- O Arquiteto e o Imperador da Assíria, de Fernando Arrabal
1970- Dias Felizes, de Samuel Beckett
1970- Oh! Que Belos Dias, de Samuel Beckett
1977- A Chave das Minas, de José Vicente
1979- Prometeu Acorrentado, de Ésquilo
1980- Homem é Homem, de Bertold Brecht
1981- O Beijo da Mulher Aranha, de Manuel Puig
1982- Quero, de Manuel Puig
1983- Quase 84, de Fauzi Arap
1986- Artaud!, de Antonin Artaud
1987- George Dandin, de Molière



Segundo o crítico Yan Michalski: "Um dos mais completos encenadores brasileiros [...], Ivan de Albuquerque também é um dos que conseguem equilibrar harmoniosamente um artesanato sólido e seguro e uma aguda capacidade de análise de textos com uma generosa abertura para linguagens novas e experimentais".

No dia 28 de outubro de 2001, aos 69 anos, morre vítima de um câncer no intestino.



Fonte:
www.itaucultural.org.br; Site IMDB. jornal "O Globo".
http://famosos.culturamix.com
MICHALSKI, Yan. Ivan de Albuquerque. In:. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989
Registro fotográfico autoria desconhecida

Ivan de Albuquerque
Todos os direitos autorais reservados.

 

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