Esse site não possui fronteiras de raças, credos, Línguas, gênero ou posição social. Se dedica a publicar e compartilhar conteúdos que promovam a arte em suas múltiplas facetas. Sejam sempre bem vindos!
"Com minha obra, exprimo a
consciência revoltada do planeta”
A obra de Frans Krajcberg
reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua
constante preocupação com a preservação do meio-ambiente.
O artista, ao longo de sua
carreira, mantém-se fiel a uma concepção de arte relacionada diretamente à
pesquisa e utilização de elementos da natureza.
Atualmente Frans Krajcberg
dedica-se mais à fotografia, mas durante sua carreira preocupou-se em denunciar
as queimadas e o desmatamento no território brasileiro, especialmente no Paraná
e na Amazônia. Também denunciou a exploração de minérios em Minas Gerais, além
de defender as tartarugas marinhas que buscam o litoral do município de Nova
Viçosa (onde o artista reside) em seu período de desova e as baleias jubarte
que visitam o mesmo local anualmente.
O trabalho desenvolvido por Frans Krajcberg, além de
ser um olhar bastante poético, especialmente sobre a natureza, propõe uma
reflexão sobre as principais questões ecológicas.
Frans Krajcberg - Biografia
Frans Krajcberg nasceu em 12 de abril de 1921 em
Kozienice, cidade do sudeste da Polônia. Vivia em Czestochowa, cidade ao sul de
sua terra natal, quando começou a Segunda Guerra Mundial.
Por ser judeu, sofreu preconceitos e perseguições realizadas pelos nazistas. É
o terceiro de cinco filhos: dois irmãos e duas irmãs. Sua família foi morta no
Holocausto. Sobre sua infância, afirmou em uma entrevista em Curitiba em 11 de
outubro de 2003
“Em criança, costumava
isolar-me na floresta. Aquele era o único lugar em que podia questionar-me.
Quando criança, sofri demais com o racismo cruel provocado pela religião. Aos
13, comecei a politizar-me e a ter vontade de pintar. Não tínhamos dinheiro para
comprar papel, e isso me marcou bastante.”
Com o início da guerra,
conseguiu refúgio na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, onde
começou a estudar engenharia e artes na Universidade de Leningrado. De 1941 a
1945 foi oficial do exército polonês.
Após o fim da guerra,
desfez-se de suas medalhas na fronteira da antiga Tchecoslováquia e imigrou
para a Alemanha. Lá ingressou na Academia de Belas Artes de Stuttgart. Sobre
seus estudos lá, disse na mesma entrevista de outubro de 2003:
“Lá aprendi tudo sobre a
Bauhaus, sobretudo os grandes movimentos da Arte Moderna. Depois de tudo que
vivera, sentia-me mais perto do expressionismo que do Concretismo, intelectual
demais para mim. Para ajudar os estudantes, Baumeister instituíra um prêmio,
saído de seu próprio bolso. Eu ganhei duas vezes. Ele me aconselhou a ir a
Paris. Deu-me uma carta de recomendação a Léger.”
Livro – Um olhar ecológico
Autor: Vera Patury / Burle
Marx / Frans Krajcberg Em 1948 imigrou para o
Brasil aos 27 anos, incentivado pelo seu amigo e também artista plástico Marc
Chagall. Sem dinheiro e sem saber falar português, dormiu ao relento na praia
do Flamengo, Rio de Janeiro, durante uma semana. Então partiu para São Paulo.
Trabalhou como encarregado da manutenção do MAM (Museu de Arte Moderna) de São
Paulo e também com Mário Zanini, Alfredo Volpi (foi auxiliar deste) e Waldemar
Cordeiro. Expôs duas pinturas na 1ª Bienal Internacional de São Paulo de 1951.
Mudou-se para o Paraná, e
lá trabalhou como engenheiro numa indústria de papel. Entretanto, abandonou o
emprego para se isolar nas matas para pintar. Disse Frans Krajcberg na
entrevista de 2003:
“Detestava os homens.
Fugia deles. Levei anos para entrar em casa de alguma pessoa. Isolava-me
completamente. A natureza deu-me a força, devolveu-me o prazer de sentir, de
pensar e de trabalhar. De sobreviver. Quando estou na natureza, eu penso a
verdade, eu falo a verdade, eu me exijo verdadeiro. Um dia convidaram-me para
ir ao norte do Paraná. As árvores eram como homens calcinados pela guerra. Não
suportei. Troquei minha casa por uma passagem de avião para o Rio.”
Ali no interior do Paraná
Frans Krajcberg testemunhou desmatamentos e queimadas nas florestas. Disse em
uma entrevista recente de janeiro de 2007 para o Planeta Sustentável da Abril:
“Cresci neste mundo
chamado natureza, mas foi no Brasil que ela me provocou um grande impacto. Eu a
compreendi e tomei consciência de que sou parte dela.”
Apontando para uma madeira
queimada, afirmou na entrevista de 2007:
“Desde então, o que faço é
denunciar a violência contra a vida. Esta casca de árvore queimada sou eu.”
A partir daí sua obra de
arte nunca mais se separou de seu engajamento em prol da natureza e de sua
conservação sustentável.
De 1956 a 1958 dividiu um
ateliê com Franz Weissmann no Rio de Janeiro, e lá começou a pintar suas
samambaias, que lembravam o que ele vivera no Paraná. Frans Krajcberg as expôs
na Bienal de São Paulo de 1957 e obteve nesta o prêmio de melhor pintor
brasileiro. Vendeu as telas e se mudou para Paris.
Na capital francesa
tornou-se amigo de Georges Braque (fundador do Cubismo, junto com Pablo
Picasso), e teve contato com as vanguardas do novo Realismo com Pierre Restany.
Durante 6 anos viveu entre Paris e Ibiza, Espanha, onde instalara um ateliê
numa gruta. Nunca deixou de visitar o Rio de Janeiro durante este período. Em
Ibiza começou a fazer suas primeiras “impressões de rochas” e seus “quadros de
terra e pedra”, pesquisando esses materiais até 1967. Na Bienal de 1964 recebeu
o prêmio da cidade de Veneza. Sobre esta época, contou em 2003 em Curitiba:
“Paris estimulava-me, mas
eu me sentia perdido. Tinha parado de pintar. No Rio, a terebentina já me
intoxicava. Fugi para trabalhar. Parti para Ibiza. E pela primeira vez tive
necessidade de sentir a matéria, não a pintura. Fiz impressões de terras e de
pedras. Logo depois comecei a colar a terra diretamente. Isso parecia uma
espécie de taxismo, mas não era. Não é uma tinta jogada (atirada ou lançada).
Não há o gestual pictórico. São impressões, relevos. Pedaços da natureza.”
De volta ao Brasil, em
1964, instala um ateliê em Cata Branca, Minas Gerais. A partir desse momento
ocorre em sua obra a explosão no uso da cor e do próprio espaço. Começa a criar
as “sombras recortadas”, nas quais associa cipós e raízes a madeiras
recortadas. Nos primeiros trabalhos, opõe a geometria dos recortes à
sinuosidade das formas naturais. Destaca-se a importância conferida às projeções
de sombras em suas obras.
Em viagens à Amazônia e ao
Pantanal do Mato Grosso, fez muita documentação e fotografias de desmatamentos.
Disse:
“As montanhas eram tão
belas que me pus a dançar. Elas passam do negro ao branco, passando por todas
as cores. As ondas convulsivas de vegetação crescendo nos rochedos me
maravilharam, eu fiquei emocionado com a beleza e me indagava como fazer uma
arte tão bela. A gente se sente pobre diante de tanta riqueza. Minha obra é uma
longa luta amorosa com a natureza, eu podia mostrar um fragmento dessa beleza.
E assim fiz. Mas não posso repetir esse gesto até o infinito. Como fazer meu
esse pedaço de madeira? Como exprimir minha emoção? Mudei minha obra sempre que
senti ser preciso. Mudei? Não. Apenas encontrei uma outra natureza. Cada vez
que ia a lugares diferentes, minha obra mudava. Eu recolhia troncos mortos nos
campos mineiros e com eles fiz minhas primeiras esculturas, colocando-os com a
terra. Eu queria lhes dar uma nova vida. Foi minha fase ‘naïve’ e romântica.”
Em 1966 Frans Krajcberg
começa a construir seu ateliê, projetado por Mário Zanini, no município de Nova
Viçosa, sul da Bahia. Deixa de produzir seus quadros de pedra e passa a fazer,
até 1982, seus murais monocromáticos, ou “sombras recortadas”, iniciados em
Paris:
“A ideia me ocorreu em Minas,
mas foi em Paris que fiz minhas primeiras “sombras recortadas”. Eu queria
romper o quadrado, sair da moldura. Tinha mais de uma razão para isso. A
natureza ignora o quadrado: o movimento gira. A monocromia unia os elementos
desassociados. Desejava evitar a policromia natural, pois as madeiras eram
diferentes. Depois comecei a trabalhar sombras projetadas. Trabalhava à noite
com lâmpadas, projetando sombras sobre uma prancha de madeira. ”
Em 1972, passa a residir
em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia. Amplia o trabalho com escultura,
iniciado em Minas Gerais. Intervém em troncos e raízes, entendendo-os como
desenhos no espaço. Essas esculturas fixam-se firmemente no solo ou buscam
libertar-se, direcionando-se para o alto.
A partir de 1978, atua
como ecologista, luta que assume caráter de denúncia em seus trabalhos: “Com
minha obra, exprimo a consciência revoltada do planeta”.Frans Krajcberg viaja
constantemente para a Amazônia e Mato Grosso, e registra por meio da fotografia
os desmatamentos e queimadas em imagens dramáticas. Dessas viagens, retorna com
troncos e raízes calcinados, que utiliza em suas esculturas.
Ainda em 1978 viaja ao Rio
Negro com Pierre Restany, o qual escreve o “Manifesto do Naturalismo Integral”
ou “Manifesto do Rio Negro”, assinado por este, por Frans Krajcberg e por Sepp
Baendereck, que estivera com eles nesta viagem à Amazônia. Afirmou Frans
Krajcberg:
“A natureza amazonense
coloca minha sensibilidade de homem moderno em questão. Ela coloca também em
questão a escala de valores estéticos tradicionalmente reconhecidos. O caos
artístico atual é a conclusão lógica da evolução urbana. Aqui (na Amazônia),
somos confrontados a um mundo de formas e de vibrações, ao mistério de uma
transformação contínua. Devemos saber como tirar o melhor partido.”
Em 1982 faz imensas
cestarias inspiradas no artesanato indígena e em 1985 viaja pelo Mato Grosso
fazendo reportagens fotográficas acerca de incêndios florestais provocados
pelos grandes proprietários de terras da região. Traz consigo palmeiras
ressecadas com as quais fez inúmeros conjuntos esculturais. Em 1986 publica seu
livro de fotografias “Natura”. Em 1987 Walter Salles realizou o filme
“Krajcberg – O Poeta dos Vestígios” para a extinta TV Manchete. Nesta época ele
começa a fazer seus troncos queimados.
“O gesto absoluto seria de
descarregar, tal qual em uma exposição, um caminhão de madeira calcinada,
recolhida no campo. Minha obra é um manifesto. Não escrevo: não sou político.
Devo encontrar a imagem certa. O fogo é a morte, o abismo. O fogo me acompanha
desde sempre”, disse Frans Krajcberg na entrevista de 2003.
Em 1992 realizou a
exposição “Imagens do Fogo” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro à época
da Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Em 1995 expôs sua obra na exposição individual “ A Revolta”, no Jardim Botânico
de Curitiba, que recebeu 800 mil visitantes. Em 1996 foi a vez de Paris receber
suas obras na exposição “Moment d’Ailleurs: photographies de Frans Krajcberg”,
no Parc de la Villette. Do jornal O Estado de São Paulo recebeu, em 1998, o
Prêmio Multicultural Estadão.
Em 2000 foram lançados
dois livros: “Frans Krajcberg Revolta” e “Frans Krajcberg Natura”. E no ano de
2003 foi inaugurado, no Jardim Botânico de Curitiba, o Instituto Frans Krajcberg
de Arte e Meio Ambiente, espaço que passou a abrigar permanentemente obras do
artista e que pretende ser um centro de referência e excelência no que se
refere às discussões travadas entre arte e meio ambiente. Em 2003 Foram feitas
exposições no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo.
Frans Krajcberg também
falou sobre o “Espaço cultural Frans Krajcberg”, inaugurado em 2003, em
Curitiba:
“Não escrevo, encontro
imagens: essa é minha maneira de trabalhar. Meu alfabeto são as imagens vistas
nas obras expostas, que devem, principalmente, ser ponto de partida para uma
reflexão mais abrangente sobre o homem e sua relação com o meio ambiente. Por
isso, esse espaço não se restringe apenas a exposições. Será um local de
encontro, de reflexão, de proposições, de troca livre de ideias, de registro
delas e de difusão do conhecimento alcançado. O planeta exige isso de nós.”
Curiosidades
Livro – Frans Krajcberg –
A tragicidade da natureza pelo olhar da arte Autor: Maria José Justino
O livro se trata de um
estudo da obra do artista naturalizado brasileiro Frans Krajcberg. Nascido em
1921 na Polônia, ele naturalizou-se brasileiro e hoje reside em Nova Viçosa, na
Bahia. Do mangue e da floresta ele retira os materiais com que trabalha. Faz de
sua obra um grito em favor da preservação da natureza. Cipós, troncos de
madeira queimada são a matéria-prima de suas criações, que sempre procuram
despertar a indignação contra as ações devastadoras do homem.
Curitiba possui hoje o
maior espaço dedicado integralmente ao artista, o Espaço Krajcberg está
localizado no Jardim Botânico.
Trecho p. 13
A obra de Frans Krajcberg,
particularmente as esculturas-objetos, ou escultura expandida (Krauss), alarga
a representação, incorporando a natureza à consciência, a temporalidade e a
contingência à escultura. E isso não ocorre por meio da pesquisa teórica –
Frans Krajcberg nunca foi um intelectual -, mas de forma mais simples e
empírica. Em Paris e no Brasil, colhe seu alimento, mas preferencialmente como
um autodidata. Recorrendo a uma porta entreaberta ao imaginário, o artista nos
faz, por meio de suas obras, olhar a natureza destruída e ver o homem. Torna
visível aquilo que já estava aderente ao invisível: “Não escrevo, encontro
imagens: essa é minha maneira de trabalhar. Meu alfabeto são as imagens”.
Acompanhando ou refazendo os rastros da destruição da natureza pelo homem,
portanto de si mesmo, torna-se um crítico da ordem social e um homem
profundamente ético. O que faz não é artepela arte, é arte pelo homem, pelo
meio ambiente, pela vida. De certo modo, esse artista revive a poética
romântica, na medida em que vê a natureza nuançada, como matéria ativa,
dialética, espiritual. Ou, então, cansado dos excessos absolutistas – materiais
ou espirituais -, reabre uma fenda na realidade, reencontrando nela a presença
bruta, pois o universo antecede a reflexão e é preciso disponibilidade e
empatia para atingi-lo. A natureza não é para ele apenas superfície ou
aparência, mas experiência vital. Ela volta a ser senhora ou mãe de todas as
coisas. Assim como Picasso levou ao limite o Pintor e seu Modelo (as mulheres,
Velásquez, Delacroix, Coubert e Manet), Frans Krajcberg faz algo parecido: o
escultor e seu modelo (natureza) exercitando a mesma estrutura repetitiva,
esgotando o seu modelo na repetição diferencial da natureza. O artista ainda
não se revela um Prometeu, aquele que deve retornar com o fogo da vida, visto
entender que ele próprio é um ser infinitamente pequeno no útero dela, mas sua
arte é fragmento e alimento desse fogo.
Livro – Frans Krajcberg
Autor: Felipe Scovino /
Fernando Bini /Frans Krajcberg
Esta obra que homenageia o
artista brasileiro Frans Krajcberg , reconhecido internacionalmente por seu
incansável trabalhopor a natureza , buscou aliar a quaidade artistica a mínimo
impacto ambiental possível. Para isso, todo papel utilizado na impressão do
livro é oriundo de folrest as renováveis e controladas, a tinta da impressão
não utliza sorventes químicos e a empressão em pirografia na capa e na luva
sequer utilizada tinta. O tecido utlizado na lombrada do livro é justa com
trampa 100% natural e a sobrecapa transparnte feita com material reciclado de
garrafas pet. Prova de desenvolvimento económico sustentavel e consiente,
embora exija ás vezes escolhes mais demoradas ou quse artesanais, geram uma
riqueza incalculável á manutenção da natureza e da vida mais apropiada para
esta obra.
No mundo em que os
recursos naturais são avaliados pelo seu caráter econômico, ‘Um Olhar
Ecológico’ convida o leitor a vê-lo por um outro ângulo: a beleza. Nele, Frans
Krajcberg, Vera Patury e Burle Marx revelam o incomensurável valor estético
presente em cada aspecto da natureza, imperceptível muitas vezes aos olhos
viciados pelos efeitos da destruição. As obras destes artistas representam uma
atitude de reverência a natureza, chamando atenção para a insensata disposição
do homem em maltratar o seu patrimônio natural.
O Jardim Botânico e a
Floresta da Tijuca são exemplos retratados neste livro do espírito precursor e
ecológico de D. João VI e D. Pedro II. Há 200 anos, a Família Real já dava
sinais de preocupação nesse sentido, sendo responsável pela introdução de uma
consciência ambiental no país.
Repensar o papel da
ecologia no âmbito da nossa história, relacioná-la às artes e analisar o
momento ecológico atual são questões que se ampliam neste livro.
Livro – Frans Krajcberg:
Natura
Autor: Frans Krajcberg
Frans Krajcberg
(Kozienice, 12 de abril de 1921) é um pintor, escultor, gravador e fotógrafo,
nascido na Polônia e naturalizado brasileiro.
Frans Krajcberg estudou
engenharia e artes na Universidade de Leningrado, prosseguindo seus estudos na
Academia de Belas Artes de Stuttgart.
Tendo perdido a família na
Segunda Guerra Mundial, chegou ao Brasil em 1948, vindo a participar da
primeira Bienal de São Paulo, em 1951. Durante a década de 1950 o seu trabalho
era abstrato.
“Com minha obra, exprimo a
consciência revoltada do planeta”
A obra de Frans Krajcberg
reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua
constante preocupação com a preservação do meio-ambiente.
O artista, ao longo de sua
carreira, mantém-se fiel a uma concepção de arte relacionada diretamente à
pesquisa e utilização de elementos da natureza.
Atualmente Frans Krajcberg
dedica-se mais à fotografia, mas durante sua carreira preocupou-se em denunciar
as queimadas e o desmatamento no território brasileiro, especialmente no Paraná
e na Amazônia. Também denunciou a exploração de minérios em Minas Gerais, além
de defender as tartarugas marinhas que buscam o litoral do município de Nova
Viçosa (onde o artista reside) em seu período de desova e as baleias jubarte
que visitam o mesmo local anualmente.
O trabalho desenvolvido
por Frans Krajcberg, além de ser um olhar bastante poético, especialmente sobre
a natureza, propõe uma reflexão sobre as principais questões ecológicas.
Depoimentos
“Em criança, costumava
isolar-me na floresta. Ainda não tinha consciência nem me emocionava a
natureza. Não sei se sonhava ou se eu (…) Aquele era o único lugar em que podia
questionar-me. Quando criança, sofri demais com o racismo cruel provocado pela
religião – fanáticos que não admitiam nada. Perguntava-me em que lugar eu tinha
nascido, por lá e não em outro país onde me detestassem menos. Por que nasci,
naquela cidade onde não tinha os mesmos direitos que os outros? Minha mãe era
uma militante, constantemente encarcerada. Eu participava de tudo isso; tinha
uma verdadeira adoração por minha mãe. Aos 13 anos, comecei a politizar-me e a
ter vontade de pintar. Não tínhamos dinheiro para o papel e isso me marcou
bastante. (…) Construí minha casa na floresta. Um gato selvagem me adotou. Eu
colecionava orquídeas. Tive certamente a maior coleção de orquídeas do Brasil.
Mas o sol era sempre vermelho e o céu nunca azul. Havia fumaça dia e noite. Um
dia convidaram-me para ir ao norte do Paraná. As árvores eram como os homens
calcinados pela guerra. Não suportei. Troquei minha casa por uma passagem de
avião para o Rio. (…) Em Paris, falava-se sobretudo do tachismo. E assisti à
morte do tachismo. Paris estimulava-me, mas eu me sentia perdido. Tinha parado
de pintar. No Rio, a terebentina já me intoxicava. Fugi para trabalhar. Parti
para Ibiza. E pela primeira vez tive a necessidade de sentir a matéria, não a pintura.
Fiz impressões de terras e de pedras. Logo depois comecei a colar a terra diretamente.
Isso parecia
uma espécie de tachismo, mas não era. Não é uma tinta jogada (atirada ou
lançada). Não há o gestual pictórico. São impressões, relevos. Pedaços da
natureza. Logo não pude mais trabalhar em Paris. Onde encontrar minhas terras?
Mais tarde, quando troquei Ibiza por Minas levava madeiras do Brasil a Paris,
até 1967. Mas sempre me faltava um pedaço. Depois, comecei a achar falso esse
processo de levar madeira de Minas para trabalhá-la em Paris. (…) Eu gostava da
insolência dos Novos Realistas e de sua liberdade. Eles queriam deixar de lado
a máquina formal do abstracionismo sem recair na figuração. Eles queriam
abandonar o gesto meramente pictórico. Eles queriam mostrar a natureza das
cidades. Os cartazes descolados de Hains, as máquinas de Tinguely, as
acumulações industriais de Arman, as compressões de César eram a natureza das
cidades. Mas nas cidades há também luzes e movimentos. E por isso a op art me
interessou. O artista não deve apenas ir ao encontro à natureza, mas participar
de sua época. (…) Queria captar a natureza em seu sofrimento. Comecei a
fotografar para ver melhor, mais perto, além do olhar. Descobri a cor, as
terras de pigmentos puros, cores que são matérias. Há centenas delas ocre,
cinza, marrom, verde, uma gama imensa de vermelhos. Desde 1964, todas as minhas
cores vêm de Minas Gerais e tenho uma boa reserva de Nova Viçosa. (…) Eu
recolhia troncos mortos nos campos mineiros e com eles fiz minhas primeiras
esculturas, colocando-as com a terra. Eu queria lhes dar uma nova vida. Foi
minha fase naïve e romântica. (…) A natureza amazonense coloca minha
sensibilidade de homem moderno em questão. Ela coloca também em questão a
escala dos valores estéticos tradicionalmente reconhecidos. (…) Se Mondrian
passou da árvore ao quadrado, ele apenas aproveitou uma das possibilidades da
árvore. Agora, nós devemos quebrar o quadrado para reencontrar a árvore. A
Natureza Integral pode dar um novo significado aos valores individuais de
sensibilidade e criatividade”. Frans Krajcberg
Críticas
Utiliza-se dos elementos
naturais da mesma forma como o poeta das palavras. E, da mesma maneira como na
poesia, traz à luz expressões já existentes, porém não percebidas. Serve como
mensageiro de uma linguagem cifrada que lhe ditam o mar sobre a areia, o vento
sobre as árvores, os troncos dentro da terra, revelando uma natureza antes
apenas pressentida dentro dos cânones estéticos aos quais estamos habituados
(…). Mesmo que suas esculturas e gravuras não contenham nenhuma alusão ao fato
de ser a arte um fenômeno social, estritamente vinculada aos processos da
civilização, elas permanecem íntegras, únicas e independentes, transcendem toda
a reflexão que se queira fazer acerca da problemática contemporânea. Porque
possuem a ‘verdade permanente’ que encontramos em raros exemplos da arte
universal”.
Sheila Leirner
“Frans Krajcberg faz parte
desta raça de homens que são raros, automarginalizados, muito individualistas,
mas também muito generosos na sua solidão. A vida foi rude para ele e as provas
da última guerra o marcaram para sempre. A floresta brasileira foi ao mesmo
tempo o meio, o teatro e o agente de uma verdadeira renovação humana – a
redenção de Frans Krajcberg pela arte”.
Pierre Restany
“A obra realizada por
Frans Krajcberg, ao longo de meio século, baseada no íntimo relacionamento com
a natureza, é mais do que um projeto estético. É uma ética. É a invenção de um
destino através da reinvenção da natureza. Ao fazer de sua obra uma espécie de
memória da natureza, que ele faz irromper no seio da cultura, quer anular uma
outra memória: seu próprio passado. Moldou seu destino conforme as exigências
de um relacionamento com a natureza que adquire um caráter messiânico. Uma luta
titânica que vem travando no interior mesmo da natureza, no coração vulcânico
da matéria natural, em nome de uma revolta individual que tinha muito a ver com
sua solidão mas que adquiriu, com o tempo, uma dimensão universal e planetária,
quando encarada no plano mais ambicioso de uma política e ética ecológicas”.
Frederico Morais
Entrevista com o artista
Frans Krajcberg publicada em 22/7/2009
Como a arte pode servir à
ecologia?
A arte, como a conhecemos
hoje, é feita para o mercado. Não se fala mais em estilo, linguagem, mas apenas
em valor. Então, penso que precisamos enxergar uma nova realidade. As artes
plásticas nem sequer abriram a porta para o século 21. É missão da arte
acompanhar a evolução do homem. O que temos hoje? Uma revolução
tecnocientífica, um vazio político absoluto e, pela primeira vez na história,
uma preocupação com a saúde do planeta. Esse é um tema urgente do século 21,
mas até agora esquecido pela arte. A única linguagem sintonizada com ele é a
fotografia, justo ela que, por décadas, foi considerada arte menor. É a
fotografia que está nos apresentando a degradação ambiental da Terra. É algo
que o cinema, por exemplo, não fez. Nem a pintura. O fim do século 20 foi
escandaloso. Em termos de destruição do ambiente em si ou da postura omissa da
arte diante do tema? No século 20, a arte não acompanhou a barbaridade
praticada pelo homem contra o homem. Apenas um grande artista, com uma grande
obra, retratou a Segunda Guerra Mundial: Picasso, com Guernica. Só. É
escandaloso notar como o mercado dominou e conteve toda a expressão artística.
De que maneira a arte pode
servir à conservação ambiental ou a outros temas contemporâneos? Para isso, ela
deve necessariamente chocar?
A arte não precisa chocar,
e sim acompanhar a evolução do homem, das questões que nos cercam. Se ela não
se preocupa em acompanhar o homem, está apenas servindo ao comércio. Meu
desejo, porém, sempre foi fugir do homem. Eu não suportava mais viver depois da
guerra. Foi muito brutal para mim. Fiquei sozinho no mundo. Toda a minha
família foi morta. Não tenho parente, não tenho ninguém. Como oficial do
Exército, lutei durante quatro anos e meio. Quando cheguei à Polônia com o
Exército russo, libertei um campo de concentração cheio de húngaros. Entrando
no campo, vi três montanhas de lixo: eram homens empilhados para serem queimados
no crematório. Depois, viajando pela Amazônia no alto rio Juruena, no Mato
Grosso, observei nuvens de urubus. Aproximei-me com o barco, entrei na :
oresta, fechei os olhos e fiz uma foto. Eu jamais havia visto cena tão bárbara:
seis índios pendurados numa árvore, com centenas de urubus ao redor. Fiz a foto
com os olhos fechados. Então, com tudo isso que aconteceu diante de mim, que
tipo de arte me resta fazer? Pintar flores para senhoras? Ou mostrar essa
barbaridade, essa destruição, de modo a alertar sobre a salvação de uma
floresta, a Amazônia, de que o planeta tanto precisa? Ela está sendo destruída
como fizeram com a Mata Atlântica.
O que mais lhe atrai na
Mata Atlântica?
A mata fechada tem galhos
bonitos, retorcidos, formas variadas. Tanta riqueza me ajuda a ver a escultura,
antes mesmo de eu a esculpir. A floresta mais linda do planeta é a Mata
Atlântica do sul da Bahia, do Espírito Santo e um pedaço de Minas Gerais. São
pequenas porções de uma floresta única, hoje vitimada pelo fogo, cercada de
plantações de eucalipto. O mundo discute a falta de água. Mas, quanto mais
eucalipto se planta, menos água o mundo vai ter. Não há mais diversidade de
árvores na Bahia. A cada dia diminui a Mata Atlântica baiana. É por isso também
que eu quero ir embora de Nova Viçosa, que se tornou um lugar insuportável. Fui
envenenado pela cozinheira e, quando vim me tratar em São Paulo, me roubaram
tudo no sítio. Os ladrões continuam livres. A polícia de lá não me defende.
O senhor extrai beleza
daquilo que parece morto, acabado. É como se nos dissesse que é possível
renascer, sempre. No futuro, essa será a grande mensagem de sua obra?
Como posso gritar? Se
grito na rua, vão me levar ao hospital como doido. Eu gostaria de mostrar uma
fotografia com as três montanhas de corpos dos campos de concentração, mas não
tenho essa foto, ou botar a imagem da árvore com os índios nessa exposição que fiz
em São Paulo. Mas isso não consigo. Então, eu trouxe comigo pedaços de árvore,
que o fogo deixou, unidos em escultura. É o único grito que posso dar, para
mostrar minha revolta contra uma sociedade que só sabe exibir a brutalidade do
homem com a vida. Está na hora de parar com isso.
Exposições Individuais
1945
Stuttgart (Alemanha) –
Individual, no Centro de Refugiados
1951
São Paulo SP – Individual,
na Galeria Domus
1952
São Paulo SP – Individual,
no MAM/SP
1954
Curitiba PR – Individual,
na Biblioteca Municipal
1955
Monte Alegre PR –
Individual, no Hotel Monte Alegre
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Petite Galerie
1956
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria GEA
São Paulo SP – Individual,
no MAM/SP
1960
Paris (França) –
Individual, na Galerie du XX Siècle
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Bonino
1962
Milão (Itália) –
Individual, na Galleria del Naviglio
Oslo (Noruega) –
Individual, na Galeria 27
Paris (França) –
Individual, na Galerie du XX Siécle
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Petite Galerie
São Paulo SP – Individual,
na Galeria São Luís
1963
Ibiza (Espanha) –
Individual, na Galeria Ivan Spence
Roma (Itália) –
Individual, na Galeria Casa do Brasil
Roma (Itália) –
Individual, na Galeria d’Arte della Casa do Brasil
1964
Belo Horizonte MG –
Individual, no Museu de Arte da Pampulha
Paris (França) –
Individual, na Galerie La Hune
Rio de Janeiro RJ – Individual, na Petite
Galeri
e
Rio de Janeiro RJ –
Individual, no MAM/RJ
1966
Paris (França) –
Individual, na Galerie Debret
Paris (França) –
Individual, na Galerie J
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Relevo
1967
Atlanta (Estados Unidos) –
Individual, na Illien Gallery
Salvador (Bahia) –
Individual, na Galeria Querino
1968
Paris (França) –
Individual, na Galerie Maywald
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Barcinski
1969
Adenhauer (Holanda) –
Individual, no Museu Philips
Jerusalém (Israel) –
Individual, no The Israel Museum of Art
1970
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Petite Galerie
1972
Paris (França) –
Individual, no Espaçe Pierre Cardin
São Paulo SP – Individual,
na Galeria Múltipla de Arte – prêmio melhor exposição
São Paulo SP – Individual,
na Galeria Ralph Camargo
1973
Paris (França) –
Individual, na Galerie du XX Siécle
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Maison de France
1974
Rio de Janeiro RJ –
Individual, no MAM/RJ
1975
Paris (França) –
Individual, no Centre Georges Pompidou
Paris (França) –
Individual, no Centre National d’Art Contemporain
1976
Brasília DF – Individual,
na Fundação Cultural do Distrito Federal
Caen (França) –
Individual, no Musée National de Beaux-Arts
São Paulo SP – Individual,
na Galeria Arte Global
1978
Vitória ES – Individual,
na Galeria Homero Massena
1979
São Paulo SP – Individual,
na Skultura Galeria de Arte
1980
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Gravura Brasileira
Rio de Janeiro RJ -Individual,
na Petite Galerie
1981
Curitiba PR – Individual,
na Sala Miguel Bakun
Curitiba PR -Individual,
no Solar do Rosário
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Jean Boghici
São Paulo SP – Krajcberg,
na Skultura Galeria de Arte
1983
Estocolmo (Suécia) –
Individual, na Cupido Bildkonst
1984
Rio de Janeiro RJ – Frans
Krajcberg: fotografias, no MAM/RJ
1986
Fortaleza CE – Individual,
na Arte Galeria
Paris (França) –
Individual, na Galerie Charles Sablon
Rio de Janeiro RJ –
Krajcberg: esculturas, na Galeria Thomas Cohn
Rio de Janeiro RJ –
Krajcberg: fotografias, na Petite Galerie
Rio de Janeiro RJ –
Krajcberg: relevos, na GB ARTe
São Paulo SP – Individual,
na Galeria Arco
1988
Boulogne-sur-Mer (França)
– Individual, no Centre Cultural Boulogne Bittencourt
Vitória ES – Individual,
na Galeria Usina
1989
Crest (França) –
Individual, na Fondation Stahly
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Thomas Cohn
1990
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet
1992
Rio de Janeiro RJ –
Imagens do Fogo, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ –
Individual, na Galeria Thomas Cohn
Salvador BA – Imagens do
Fogo, no MAM/BA
1994
Paris (França) –
Individual, na Galerie Charles Sablon
1995
Curitiba PR – A Revolta,
no Jardim Botânico
Curitiba PR – A Revolta,
no Museu Metropolitano de Arte
Rio de Janeiro RJ – Nas
Trilhas da Grande Mãe: novas imagens da vida e da morte, na Fundação Casa
França-Brasil
1996
Paris (França) – Moment
d’Ailleurs: photographies de Frans Krajcberg, no Grande Halle de la Villete
1998
Belo Horizonte MG – Frans
Krajcberg: ressonâncias, no Itaú Cultural
Seul (Coréia do Sul) –
Imagens da Revolta
2003
São Paulo SP – Paisagens
Ressurgidas, no CCBB
2008
São Paulo SP – Frans
Krajcberg: natura, no MAM/SP
Exposições Coletivas
1950
São Paulo SP – Artistas
Brasileiros Modernos, no Theatro Municipal
São Paulo SP – Exposição
da O. D. A. , no IAB/SP
1951
São Paulo SP – 1ª Bienal
Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
São Paulo SP – 1º Salão
Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1952
São Paulo SP – 2º Salão
Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1953
São Paulo SP – 2ª Bienal
Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954
São Paulo SP – 3º Salão
Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia – prêmio aquisição
São Paulo SP – Arte
Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
1955
São Paulo SP – 3ª Bienal
Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
São Paulo SP – 4º Salão
Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
São Paulo SP – 5º Salão
Paulista de Arte Moderna – medalha de bronze
1956
Rio de Janeiro RJ –
Coletiva, com Milton Dacosta e Maria Leontina, na Petite Galerie
1957
Buenos Aires (Argentina) –
Arte Moderna do Brasil
Lima (Peru) – Arte Moderna
do Brasil
Rio de Janeiro RJ – 6º
Salão Nacional de Arte Moderna – isenção de júri
Rosário (Argentina) – Arte
Moderna do Brasil
Santiago (Chile) – Arte
Moderna do Brasil
São Paulo SP – 4ª Bienal
Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho – prêmio
melhor pintor brasileiro
São Paulo SP – 6º Salão
Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia – prêmio aquisição
São Paulo SP – Prêmio
Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959
Leverkusen (Alemanha) –
Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
Londres (Inglaterra) – Coletiva,
com Piza e Paulo Chaves, na Drian Gallery
Munique (Alemanha) –
Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus
São Paulo SP – 40 Artistas
do Brasil, na Galeria São Luís
Viena (Áustria) – Primeira
Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960
Hamburgo (Alemanha) –
Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
Lisboa (Portugal) –
Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
Madri (Espanha) – Primeira
Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
Paris (França) – Primeira
Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
Utrecht (Holanda) –
Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1961
Nova York (Estados Unidos)
– Coletiva, na Galeria Rose Fried
Paris (França) – O Relevo,
na Galerie du XX Siécle
Paris (França) – Salon
Comparaisons
Rio de Janeiro RJ – 1º O
Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
São Paulo SP – 6ª Bienal
Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962
Colorado (Estados Unidos)
– Nova Arte do Brasil
Minneapolis (Estados
Unidos) – Nova Arte do Brasil, no Walker Art Center
Paris (França) – Artistas
da América, no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris
Paris (França) – École de
Paris, na Galerie Charpentier
Paris (França) –
Exposition d’Art Latino Americain à Paris, no Musée d’Art Moderne de la Ville
de Paris
San Francisco (Estados
Unidos) – Nova Arte do Brasil
São Paulo SP – Seleção de
Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP
St. Louis (Estados Unidos)
– Nova Arte do Brasil
1963
Paris (França) – 7
Artistes Brésiliens de L’Ecole de Paris, na Galerie du XX Siécle
Rio de Janeiro RJ – 1º
Resumo de Arte JB, no Jornal do Brasil
São Paulo SP – 7ª Bienal
Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964
Londres (Inglaterra) –
Aventura em Ibiza, na Leicester Gallery
Londres (Inglaterra) –
Coletiva, no Center for Advanced Creative Studies
Veneza (Itália) – 32ª
Bienal de Veneza – prêmio Cidade de Veneza
1965
Cannes (França) –
Pintores, Escultores, Gravadores Brasileiros, na Galerie Cavalero
Lisboa (Portugal) – Salon
Comparaisons
Paris (França) –
Exposition d’Art Latino Americain à Paris, no Musée d’Art Moderne de la Ville
de Paris
Paris (França) – Salon
Comparaisons
Praga (Tchecoslováquia,
atual República Tcheca) – Salon Comparaisons
Rio de Janeiro RJ – 3º
Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
São Paulo SP – 8ª Bienal
Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1966
Rio de Janeiro RJ – 4º
Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
Salvador BA – 1ª Bienal
Nacional de Artes Plásticas – sala especial
1967
Paris (França) – Formas e
Lugares, na Galerie Maywald
1968
Paris (França) – Exposição
do Branco, na Galerie La Hune
Paris (França) – Salão da
Jovem Escultura
Paris (França) – Salon
Comparaisons
Saint-Paul de Vence
(França) – Arte Viva, na Fundação Maeght
1969
Montreal (Canadá) – Art et
Matière
Paris (França) – 25º Salão
de Maio, no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris
Paris (França) – Salão de
Maio
Rio de Janeiro RJ – 7º
Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1970
Ingelheim am Reim
(Alemanha) – Brasilianische Tage
Menton (França) – 8ª
Bienal de Menton
Rio de Janeiro RJ –
Exposição, na Petite Galerie
1971
Paris (França) – Pinturas
e Objetos, no Musée Galliera
Rio de Janeiro RJ – 9º
Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1972
São Paulo SP – 4º Panorama
de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
São Paulo SP –
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria Collectio
1973
Paris (França) – Sete
Artistas Brasileiros, na Galerie du XX Siécle
Rio de Janeiro RJ –
Vanguarda Internacional, na Galeria Ibeu Copacabana
1974
St. Etienne (França) – Minimal Art, no Musée d’Art et
d’Industrie
1977
Belo Horizonte MG – 5º
Salão Global de Inverno, na Fundação Palácio das Artes
Brasília DF – 5º Salão
Global de Inverno
Rio de Janeiro RJ – 2º
Arte Agora: visão da terra, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ – 5º
Salão Global de Inverno, no MNBA
Rio de Janeiro RJ –
Escultura ao Ar Livre, na Galeria de Arte Sesc Tijuca
São Paulo SP – 14ª Bienal
Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
São Paulo SP – 5º Salão
Global de Inverno, no Masp
1978
São Paulo SP – As Bienais
e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979
São Paulo SP – 15ª Bienal
Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1980
Rio de Janeiro RJ –
Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici
1981
Belo Horizonte MG –
Destaques Hilton de Gravura, no Palácio das Artes
Brasília DF – Destaques
Hilton de Gravura, na ECT Galeria de Arte
Curitiba PR – Destaques
Hilton de Gravura, na Casa da Gravura Solar do Barão
Florianópolis SC –
Destaques Hilton de Gravura, no Masc
Guarujá SP – Escultura ao
Ar Livre, no Hotel Jequitimar
Porto Alegre RS –
Destaques Hilton de Gravura, no Margs
Recife PE – Destaques
Hilton de Gravura, no MAM/PE
Rio de Janeiro RJ –
Destaques Hilton de Gravura, no MAM/RJ
Salvador BA – Destaques
Hilton de Gravura, no Teatro Castro Alves
São Paulo SP – Destaques
Hilton de Gravura, no MAM/SP
1982
Lisboa (Portugal) – Brasil
60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna
José de Azeredo Perdigão
Londres (Reino Unido) –
Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art
Gallery
1983
Estocolmo (Suécia) – Inter
First Exposition
Montevidéu (Uruguai) – 1ª
Bienal de Grabado Iberoamericano, no Museo de Arte Contemporânea – premiado
Paris (França) – Feira
Internacional de Arte Contemporânea
1984
Estocolmo (Suécia) – Inter
First Exposition
Havana (Cuba) – 1ª Bienal
de Havana, no Museo Nacional de Bellas Artes
Londres (Inglaterra) – Inter Contemporary Art Fair
Madri (Espanha) – Arte
Contemporânea, na Galeria Arco
Paris (França) – Face à
Máquina, na Galerie Belechasse
Rio de Janeiro RJ –
Madeira, Matéria de Arte, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ –
Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
São Paulo SP – Coleção
Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
São Paulo SP – Tradição e
Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985
Rio de Janeiro RJ – 8º Salão
Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ –
Encontros, na Petite Galerie
Rio de Janeiro RJ –
Exposição Comemorativa, na Galeria Bonino
Rio de Janeiro RJ – Seis
Décadas de Arte Moderna: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial
1986
Fortaleza CE – 1ª
Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, na Fundação Demócrito Rocha
Rio de Janeiro RJ – JK e
os Anos 50: uma visão da cultura e do cotidiano, na Galeria Investiarte
1987
Paris (França) – Coletiva,
reunindo trabalhos sobre papel, na Galerie Charles Sablon
Paris (França) –
Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d’Art Moderne de la Ville
de Paris
Rio de Janeiro RJ – Ao
Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
São Paulo SP – Trabalhando
com o Suporte: pintura, recorte e objeto e obras de nove artistas brasileiros,
na Documenta Galeria de Arte
1988
Nova York (Estados Unidos)
– Brazil Projects, no P. S. 1
São Paulo SP – 19º
Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
São Paulo SP –
Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
Seul (Coréia do Sul) –
Mestres da Escultura Contemporânea, na Hundai Gallery
1989
Lisboa (Portugal) – Seis
Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, no Centro de Arte
Moderna José de Azeredo Perdigão
Rio de Janeiro RJ – Ontem,
Hoje, Amanhã, na Galeria de Arte Centro Empresarial Rio
São Paulo SP – 20ª Bienal
Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1990
Middlebury (Estados
Unidos) – Espírito e Natureza: visões de interdependência, no Middlebury
College
1991
São Paulo SP – A Mata, no
MAC/USP
São Paulo SP – Baendereck
– Krajcberg, no Banco Real
1992
Curitiba PR – 10ª Mostra
da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura
Nova York (Estados Unidos)
– Exposição, no MoMA Paris (França) – Latin American Artists of the
Twentieth Century, no Centre Georges Pompidou
Rio de Janeiro RJ – 1ª A
Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
Rio de Janeiro RJ –
Escultura 92: sete expressões, no Espaço RB1
Rio de Janeiro RJ –
Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB
Salvador BA – Exposição,
no MAM/BA
São Paulo SP – Branco
Dominante, na Escritório de Arte São Paulo
Sevilha (Espanha) – Latin
American Artists of the Twentieth Century, na Estación Plaza de Armas
Zurique (Suíça) –
Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993
Colônia (Alemanha) – Latin American Artists of the
Twentieth Century, no Kunsthalle Cologne
Niterói RJ – 2ª A Caminho
de Niterói: Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
Nova York (Estados Unidos) – Latin American Artists of
the Twentieth Century, no MoMA
Rio de Janeiro RJ –
Brasil: 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
São Paulo SP – A Arte
Brasileira no Mundo. Uma Trajetória: 24 artistas brasileiros, na Dan Galeria
1994
São Paulo SP – Arte
Moderna Brasileira: uma seleção da Coleção Roberto Marinho, no Masp
São Paulo SP – Gravuras:
sutilezas e mistérios, técnicas de impressão, na Pinacoteca do Estado
São Paulo SP – Os Novos
Viajantes, no Sesc Pompéia
São Paulo SP – Poética da
Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi
1995
Rio de Janeiro RJ – Arte
Moderna Brasileira e Decoração, no Rio Design Center
1996
Brasília DF – Quatro
Mestres Escultores Brasileiros Contemporâneos, no Ministério das Relações
Exteriores. Palácio do Itamaraty
Niterói RJ – Arte
Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
Paris (França) – Villette-Amazone: manifeste pour
l’environnement au 21ème siècle, no Grand Halle de la Villette
Rio de Janeiro RJ – 1ª
Brahma Reciclarte, no Jardim Botânico
São Paulo SP – Arte
Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
São Paulo SP – Brasil: um
refúgio nos trópicos, no CCSP
1997
Niterói RJ – Entre
Esculturas e Objetos, no MAC-Niterói
São Paulo SP – Diversidade
da Escultura Contemporânea Brasileira, na Avenida Paulista
São Paulo SP – Escultura
Brasileira: perfil de uma identidade, no Espaço Cultural Safra
São Paulo SP – Nove
Artistas de Origem Judaica, na Galeria Municipal
São Paulo SP –
Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural
Washington D. C. (Estados
Unidos) – Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, no Centro Cultural do
BID
1998
Belo Horizonte MG –
Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural
Brasília DF – Tridimensionalidade
na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Galeria
Middlebury (Estados
Unidos) – A Imaginação Artística e os Valores Ecológicos, no Middlebury College
Museum of Art
Niterói RJ – Espelho da
Bienal, no MAC-Niterói
Paris (França) – Coletiva
Inaugural do Musée de Montparnasse
Paris (França) – Être
Nature, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain
Penápolis SP –
Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural
São Paulo SP – Amazônicas,
no Itaú Cultural
São Paulo SP –
Canibáliafetiva, na A Estufa
São Paulo SP – O Moderno e
o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM/RJ, no
Masp
São Paulo SP – São Paulo:
50, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade
1999
Paris (França) – Les
Champs de la Sculpture, no Champs-Elysées
Rio de Janeiro RJ –
Amazonas, no Espaço Cultural dos Correios
Rio de Janeiro RJ – Mostra
Rio Gravura: Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes,
no MNBA
2000
Lisboa (Portugal) – Século
20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
Niterói RJ – Coleção
Sattamini: dos materiais às diferenças internas, no MAC-Niterói
Rio de Janeiro RJ –
Brasilidades, no Centro Cultural Light
São Paulo SP – Brasil +
500 Mostra do Redescobrimento. Arte Contemporânea, na Fundação Bienal
2001
Porto Alegre RS – Coleção
Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea, no Margs
São Paulo SP – Trajetória
da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002
Niterói RJ – Acervo em
Papel, no MAC-Niterói
Rio de Janeiro RJ –
Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
São Paulo SP – Modernismo:
da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2003
Niterói RJ – Apropriações,
no MAC-Niterói
Rio de Janeiro RJ – Ordem
x Liberdade, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ –
Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto
Cultural da Caixa
São Paulo SP – Arte e
Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
São Paulo SP – Escultores
– Esculturas, na Pinakotheke
2004
Rio de Janeiro RJ – O
Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial
São Paulo SP – Abstração
como Linguagem: perfil de um acervo, na Pinakotheke
São Paulo SP – Gabinete de
Papel, no CCSP
2005
São Paulo SP – O Século de
um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no MAM/SP
2007
São Paulo SP – Itaú
Comtemporâneo: arte no Brasil, no Itaú Cultural
Cronologia
1940
Estuda engenharia e
ingressa na Academia de Arte na cidade de Leningrado, atual São Petersburgo,
Rússia
1941/1945
É combatente da 1ª Armada
Polonesa Anders e oficial da 2ª Armada Polonesa Vanda Vassilevsua
1945
Em Kozienice, na Polônia,
toda sua família é morta durante a Segunda Guerra Mundial, vítima do regime
nazista
1946/1947
Vive na Alemanha e estuda
na Academia de Belas Artes de Stuttgart, onde é aluno de Willi Baumeister (1889
– 1955)
1947
Vai para Paris com carta
de recomendação de Willi Baumeister a Fernand Léger (1881 – 1955), onde permanece
por seis meses e residindo na casa de Marc Chagall (1887 – 1985)
1948
Chega no Brasil e apos uma
passagem pelo Rio de Janeiro vai para São Paulo, onde trabalha como operário no
Museu de Arte Moderna – MAM/SP e na Osirarte com Alfredo Volpi (1896 – 1988) e
Mario Zanini (1907 – 1971), entre outros. Realiza cenários para o grupo
folclórico A Tropicana
1951
Trabalha na montagem da 1ª
Bienal Internacional de São Paulo
Freqüenta os ateliês da
Família Artística Paulista
1952/1956
Muda-se para o Paraná,
onde trabalha como engenheiro na indústria de papel Klabin; mais tarde abandona
o emprego e isola-se na floresta
1956/1958
Volta para o Rio de
Janeiro e divide ateliê com Franz Weissmann (1911 – 2005)
1958/1964
Alterna residência entre
Paris e Rio de Janeiro
1959
Realiza a primeira viagem
à Amazônia
1959/1960
Vive em uma gruta próxima
ao mar em Ibiza, na Espanha, fazendo gravuras em pedras e terra
1964
É obrigado a abandonar a
pintura por causa de intoxicação com tinta
Monta ateliê no sopé do
Pico do Itabirito em Cata Branca, Minas Gerais, trabalha com pedras e blocos de
manganês; realiza as primeiras esculturas com troncos mortos e utiliza
pigmentos naturais da região.
1971
Instala ateliê em Nova
Viçosa, sul da Bahia, no sítio Natura; sua moradia é suspensa sobre um enorme
tronco de árvore
1976
Viaja novamente à Amazônia
com o pintor Sepp Baendereck (1920 – 1988)
1978
Elabora o Manifesto do
Naturalismo Integral ou Manifesto do Rio Negro em conjunto com o crítico Pierre
Restany (1930 – 2003) e o pintor Sepp Baendereck
1981
Publica o livro A Cidade
de São Luiz do Maranhão, com fotografias de sua autoria
1985/1987
Documenta,
fotograficamente, os desmatamentos na região do Pantanal Mato-Grossense. Em
1987, o cineasta Walter Salles Junior o acompanha, realizando documentário
sobre o artista.
1986
Publica o livro de
fotografias Natura
1988
Lançamento de vídeo
Krajcberg, o Poeta dos Vestígios, de Walter Salles Jr.
1989
Participa com outros
artistas e intelectuais do movimento Médicos sem Fronteiras na Romênia.
1990
Participa do Congresso
Internacional de Ecologia em Moscou (Rússia)
1994
É constituída a Fundação
Krajcberg, reunindo o Centro de Arte Natureza e o Centro de Estudos do Meio
Ambiente em Vitória, Espírito Santo
1997
É lançado o vídeo Visita a
Krajcberg, dirigido por Roberto Moreira e produzido pelo Itaú Cultural em São
Paulo
1998
Recebe o Prêmio
Multicultural Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.
Livros
FRANS KRAJCBERG
Formato: Livro
Autor: SCOVINO, FELIPE
Editora: ARAUCO EDITORA
Assunto: ARTES
FRANS KRAJCBERG – A OBRA
QUE NAO QUEREMOS VER
+ CADERNO ATELIE
Formato: Livro
Coleção: ARTE A PRIMEIRA
VISTA
Autor: SANT’ANNA, RENATA
Autor: PRATES, VALQUIRIA
Editora: PAULINAS-
Assunto: INFANTO-JUVENIS –
ARTES E OFÍCIOS
FRANS KRAJCBERG
Formato: Livro
Coleção: ARTE &
CONTEXTO
Autor: VENTRELLA, ROSELI
Autor: BARTOLOZZO, SILVIA
Editora: MODERNA EDITORA
Assunto: INFANTO-JUVENIS –
ARTES E OFÍCIOS
FRANS KRAJCBERG
TRAGICIDADE DA NATUREZA
PELO OLHAR DA ARTE
Formato: Livro
Autor: JUSTINO, MARIA JOSE
Editora: TRAVESSA EDITORES
Assunto: ARTES
NATUREZA DE KRAJCBERG
Formato: Livro
Autor: KRAJCBERG, FRANS
Editora: GB ARTE
Assunto: ARTES
KRAJCBERG
TEXTOS EM PORT/ING/FRANCES
Formato: Livro
Fotógrafo: KRAJCBERG,
FRANS
Texto/Notas: MELLO, THIAGO
DE
Editora: FRANCISCO ALVES
Assunto: FOTOGRAFIA
ENCONTRO COM KRAJCBERG
Formato: Livro
Autor: VIEIRA, ROSANE
ACEDO
Autor: LIMA, MARIA CECILIA
DE CAMARGO ARANHA
Editora: FORMATO
Assunto: INFANTO-JUVENIS –
LITERATURA INFANTIL
Vídeos
Disputado por vários
outros estados e mesmo pelo exterior, o acervo de obras e o sítio do artista
plástico e ambientalista Frans Krajcberg ganhou destino certo: a Bahia. A
escritura de doação foi assinada pelo artista e pelo governador Jaques Wagner,
durante abertura do Seminário Nordeste: Água, Desenvolvimento e
Sustentabilidade, no Fiesta Bahia Hotel
Frans Krajcberg [Pintor, Escultor, Gravador ,Fotógrafo_ Artista Plástico Polonês naturalizado Brasileiro]
Reviewed by Ivana
on
setembro 20, 2013
Rating: 5
Por que ainda produzimos literatura? Cassio Pantaleoni Dia desses, um jornalista amigo meu me perguntou sobre o sentido ...
Wikipedia
Resultados da pesquisa
Literatura sem fronteiras
Termos de Uso e Compromisso
Informamos que os links para filmes antigos, discografias, documentários, coletâneas e livros aqui apresentados estão hospedados na internet sem vínculo ao site. Aqueles que forem baixados, devem permanecer por no máximo 24 horas em posse de qualquer pessoa. O usuário ao baixar qualquer arquivo estará de acordo com os termos aqui descritos e será responsável pela permanência do mesmo em seu computador, sabendo de sua permanência máxima. Os donos, webmasters, usuários e qualquer outra pessoa que tenha relacionamento com a produção deste blog não tem responsabilidade alguma sobre os arquivos que o usuário venha a baixar. Você não pode usar este site para distribuir ou arquivar (com permanência superior à 24 horas) nenhum material do qual você não tenha os direitos legais de uso. É de inteira responsabilidade tua cumprir estas regras. COMPRE O MATERIAL ORIGINAL DO ARTISTA, VÁ AO SHOW E PRESTIGIE O TRABALHO DO MESMO.
3 comentários
Prova viva da força individual, para e pelo coletivo.
11:22
Maravilhosa biografia.
Tive o prazer de estar em contato com sua arte no art rio 2018 na Marina da Glória/ RJ ontem.
Postar um comentário